Bispos

Bispo Diocesano

Dom Luiz Antonio Cipolini

No dia 8 de maio de 2013, o Papa Francisco nomeou o então Padre Luiz Antonio Cipolini, da Diocese de São João da Boa Vista, para assumir o governo da Diocese de Marília. Sua sagração episcocal deu-se no dia 7 de julho de 2013, e sua posse deu-se no dia 4 de agosto do mesmo ano.

Dom Luiz Antonio Cipolini nasceu em Caconde (SP), na diocese de São João da Boa Vista, em 8 de julho de 1962. Completou seus estudos em Filosofia (1980-1982) e Teologia (1982-1986) pelo Centro de Estudos Arquidiocesano de Ribeirão Preto. Ele, em seguida, obteve seu mestrado em Teologia Moral no Alfonsianum de Roma (1992-1994)

Foi ordenado sacerdote em 15 de agosto de 1986 sendo incardinado ao clero de São João da Boa Vista Boa Vista, onde ocupou as seguintes funções:

  • em Mogi Guaçu foi vigário paroquial da paróquia de Nossa Senhora do Rosário (1986-1987) e pároco da paróquia de Nossa Senhora Aparecida (1988-1992);
  • Pároco da Paróquia de Santana, na cidade de Vargem Grande do Sul (1994-2002);
  • Reitor do Seminário Diocesano de Teologia (2002-2005);
  • Professor de Ética no Centro Universitário de Administração, em São João da Boa Vista;
  • De 2006 a 2013 ele foi professor e diretor do Instituto de Filosofia e pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em São João da Boa Vista.

Em 4 de agosto de 2013, Dom Luiz Antonio Cipolini tomou posse como Bispo Diocesano de Marília.

Bispo Emérito

Dom Osvaldo Giuntini

Dom Osvaldo Giuntini nasceu em São Paulo, em 24 de outubro de 1936, e cursou o 1º e o 2º graus na capital paulista e em São Roque, no Seminário Metropolitano Imaculado Coração de Maria. De 1956 a 1963 estudou filosofia e teologia no Seminário Central da Imaculada Conceição, no Ipiranga, e na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção.

A vocação de Dom Osvaldo teve início quando criança, no primeiro ano da escola. Sendo de família religiosa, depois de fazer a primeira comunhão e de ser orientado para a prática religiosa, sentiu o chamado de Deus, por volta de 1947. “Terminei a quarta série do primário e pedi ao meu pároco, da Paróquia São José de Belém, em São Paulo, que me orientasse para ingressar no seminário”, declarou Dom Osvaldo.
Sua ordenação sacerdotal ocorreu em 8 de dezembro de 1963. O ministério foi exercido primeiramente na capital paulista e, em seguida, foi pároco das cidades de Salto e Itu. Após a criação da diocese de Jundiaí, Dom Osvaldo foi nomeado pároco da Catedral de Nossa Senhora do Desterro, chanceler do bispado e, posteriormente, Vigário Geral da diocese.
Em 1975, o Papa Paulo VI concedeu-lhe o título de Monsenhor. Seis anos depois, Dom Osvaldo foi para Roma com o objetivo de fazer um curso de atualização em Direito Matrimonial.
No ano seguinte, em 1982, o então Monsenhor recebeu a nomeação de bispo auxiliar. A sagração episcopal ocorreu em Jundiaí, no dia 12 de setembro do mesmo ano. O lema escolhido para o seu episcopado foi “Dou-vos a minha vida” (Vitam meam do vobis). Dom Osvaldo veio a Marília como bispo auxiliar do então bispo diocesano, Dom Frei Daniel Tomasella, e assumiu as visitas pastorais e a coordenação da pastoral diocesana.

Dom Osvaldo Giuntini permaneceu por cinco anos como bispo auxiliar. Em 1987, a pedido de Dom Frei Daniel, Dom Osvaldo foi nomeado bispo coadjutor, com direito à sucessão.
Cinco anos depois, em decorrência da renúncia do bispo diocesano, Dom Osvaldo tomou posse como bispo da diocese de Marília, em 9 de dezembro de 1992. Como bispo diocesano, Dom Osvaldo deu continuidade às iniciativas anteriores, tendo a assessoria dos diversos conselhos diocesanos.
Dentre os momentos importantes da diocese, durante seu bispado, está a inauguração do novo prédio do Seminário Diocesano São Pio X, em 1º de maio de 1996, e a Revisão Ampla da Pastoral na diocese, a partir da qual surgiram propostas para a Ação Evangelizadora das comunidades, pastorais, movimentos e associações.
Outro momento importante que motivou a diocese e todos os cristãos foi a celebração dos 2.000 anos do nascimento de Jesus Cristo e a comemoração do Jubileu de Ouro da Diocese de Marília.

Aos 8 de maio de 2013, o Papa Francisco aceitou a renúncia de Dom Osvaldo para o governo da Diocese de Marília em conformidade com o cânon 401§ 1º do Código de Direito Canônico, passando a ser Bispo Emérito.

2º Bispo Diocesano

Dom Frei Daniel Tomasella, OFMCap

Dom Frei Daniel Tomasella, OFMCap, nasceu em Conchas (SP), na região da Sorocabana, a 190 quilômetros da capital, no dia 18 de julho de 1923. Foi ordenado sacerdote em 22 de junho de 1947. No dia 6 de setembro de 1969 foi nomeado bispo auxiliar de Marília e recebeu a ordenação episcopal no dia 8 de dezembro de 1969, na Igreja Imaculada Conceição, em São Paulo. Tomou posse do cargo na Catedral de São Bento aos 20 de dezembro de 1969. Em 23 de abril de 1975, tornou-se bispo diocesano de Marília.

Dom Frei.Daniel.entrou muito jovem no Seminário..Com seis anos e meio, ingressou costumava dizer que queria serpadre e frade capuchinho, como era um primo seu, do qual ele sempre ouvia falar, mas não conhecia. O primo se chamava Frei Eugênio (já falecido aos 80 anos de idade). Sua família era muito religiosa e Dom Frei Daniel teve o incentivo do pai. Aos 10 anos e meio de idade, ingressou no Seminário Seráfico dos Frades Menores Capuchinhos, em Piracicaba, logo após concluir o 4º ano primário. Depois do Noviciado, Dom Frei Daniel fez a profissão religiosa em 20 de janeiro de 1942. Cursou filosofia em Mococa e teologia em São Paulo.

Após a ordenação sacerdotal, em 22 de junho de 1947, foi para Roma com o objetivo de fazer estudos especializados, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Permaneceu lá por 5 anos, já como padre, no Colégio Internacional dos Capuchinhos de Roma. Fez mais dois anos de teologia, recebendo o título de mestre. Cursou também, por mais três anos, o Pontifício Instituto Bíblico, especializando-se em Sagrada Escritura. Dom Frei Daniel terminou seus estudos em junho de 1952.

Voltou, então, ao Brasil para lecionar teologia no Estudantado de Teologia, em São Paulo, sendo eleito provincial em dezembro de 1965 e reeleito em janeiro de 1969. Quando estava completando o quarto ano como provincial, foi nomeado bispo auxiliar de Dom Hugo Bressane de Araújo, bispo da diocese de Marília.
A ordenação episcopal ocorreu no dia 8 de dezembro de 1969 e, no dia 20 de dezembro, Dom Frei Daniel chegou à diocese. O lema que escolheu para seu episcopado foi “Como aquele que serve” (Sicut qui ministrat).
Dom Frei Daniel foi escolhido pelo Papa Paulo VI. “Eu era provincial dos Capuchinhos do Estado de São Paulo e nunca imaginei que seria bispo”, revelou o atual bispo emérito da diocese de Marília.
Como bispo auxiliar, Dom Frei Daniel fez a divisão da diocese em três Regiões Pastorais, cuidou da atualização teológica e da formação permanente de presbíteros e de agentes, centralizou em Marília a formação filosófica e teológica dos seminaristas da Província Eclesiástica de Botucatu, dentre outras ações.
Quatro meses antes de tomar posse como bispo diocesano, em janeiro de 1975, Dom Frei Daniel foi nomeado Administrador Apostólico Sede Plena, o que significa que, mesmo havendo um bispo, o outro bispo assume o lugar dele, com todas as responsabilidades. Após a posse de Dom Frei Daniel como bispo diocesano, em 23 de abril de 1975, Dom Hugo Bressane de Araújo, que estava com 76 anos de idade, renunciou ao cargo e passou a ser bispo emérito da diocese.
Após alguns anos de trabalho como bispo diocesano, Dom Frei Daniel Tomasella passou a ter problemas de saúde, que lhe atingiram a voz e a garganta. Sendo assim, em 1980, o bispo consultou o Núncio Apostólico sobre a possibilidade de se nomear um bispo auxiliar para a diocese. Em 1982 foi nomeado bispo auxiliar Dom Osvaldo Giuntini, vindo de Jundiaí (SP).

Com 69 anos de idade, Dom Frei Daniel pediu renúncia do cargo de bispo diocesano. A renúncia foi aceita no dia 9 de dezembro de 1992 e no mesmo dia Dom Osvaldo tomou posse como bispo diocesano, já que era bispo coadjutor desde 1987.
Mesmo sendo bispo emérito, Dom Frei Daniel continuou trabalhando na Cúria Diocesana até dias antes de sua morte, em 20 de setembro de 2003. O segundo bispo da diocese de Marília faleceu em decorrência de um enfisema pulmonar.

A missa exequial, ocorrida na Catedral Basílica de São Bento, contou com a presença de dez bispos, vindos de outras dioceses do Estado, e de cerca de 80 sacerdotes, dentre eles o irmão do bispo emérito, Frei Ivo Tomasella, e seus primos, também clérigos, Frei Fulgêncio e Frei Agostinho. Após ser velado, o corpo de Dom Frei Daniel seguiu em cortejo em torno da praça da catedral. O sepultamento ocorreu na cripta da Catedral Basílica.

1º Bispo Diocesano

Dom Hugo Bressane de Araujo

Dom Hugo Bressane de Araújo nasceu na cidade de Machado (MG), no dia 4 de setembro de 1898, e foi ordenado presbítero no dia 11 de fevereiro de 1923, em Campanha (MG). Já no ano seguinte, foi nomeado cônego do Colendo Cabido daquela diocese. No dia 27 de outubro de 1932, foi nomeado Prelado Doméstico do Papa Pio XI. Teve brilhante atuação nos movimentos da Ação Católica.
Eleito bispo de Bonfim (BA) em 19 de setembro de 1935, com apenas 37 anos, recebeu a ordenação episcopal em 16 de fevereiro do ano seguinte. Para o seu episcopado, escolheu o lema “Quem perseverar até o fim, será salvo”.

A diocese de Bonfim abrangia, então, uma área de 127 mil quilômetros quadrados, dez vezes maior que a diocese de Marília. Fundou lá a primeira Escola Normal e de Catequistas.

Foi transferido para a diocese de Guaxupé (MG) em 19 de setembro de 1940. Lá, realizou o primeiro sínodo diocesano e construiu a catedral, uma das maiores do Brasil. Foi promovido a arcebispo titular de Cotrada em 3 de setembro de 1951 e nomeado coadjutor, com direito à sucessão, do arcebispo de Belo Horizonte.

Veio para Marília em 1954, primeiramente como administrador apostólico, tomando posse no dia 21 de março daquele ano. Dom Hugo foi nomeado bispo diocesano em 7 de outubro, tendo conservado o título de arcebispo.

Dom Hugo construiu o Seminário Menor São Pio X, erigiu numerosas paróquias, chamou religiosos e religiosas para o trabalho apostólico da diocese e visitou diversas capelas e escolas. Em sua vida episcopal, ordenou 27 presbíteros.

Entre as benemerências que lhe são devidas, estão ainda nove cartas pastorais e inúmeras cartas circulares sobre os mais diversos assuntos. Publicou cinco folhetos com preciosas notícias históricas, além de uma obra literária de vulto, intitulada “O aspecto religioso da obra de Machado de Assis”.

Tomou parte no Concílio Plenário Brasileiro, em 1939, e em todas as sessões do Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965. A partir de 24 de julho de 1961, passou a ser assistente do Sólio Pontifício, nomeado pelo Santo Padre o Papa João XXIII.

Recebeu como bispo auxiliar Dom Frei Daniel Tomasella, em 20 de dezembro de 1969. Dom Frei Daniel tornou-se o seu sucessor, como bispo diocesano, em 23 de abril de 1975.

Dom Hugo permaneceu na diocese de Marília, como bispo emérito, até 9 de junho de 1988, quando faleceu, três meses antes de completar 90 anos de idade. O corpo de Dom Hugo Bressane de Araújo está sepultado no jazigo da Basílica Catedral de São Bento.