Criação e Caminhada Atual

A Criação da Diocese

A diocese de Marília foi criada em 16 de fevereiro de 1952, através da bula “Ad Episcoporum Munus”, tendo sido desmembrada da diocese de Lins. O decreto de criação foi assinado pelo Papa Pio XII. Para determinar os seus limites territoriais, foram utilizadas as divisas naturais da região. Assim sendo, a diocese de Marília foi formada pelos municípios localizados entre o Rio Aguapeí, ou Rio Feio, e o Rio do Peixe.

A instalação da diocese, que se localiza no Estado de São Paulo, ocorreu no dia 12 de outubro do mesmo ano. Após isso, a diocese permaneceu sob os cuidados do bispo diocesano de Lins, Dom Henrique Gelain, que foi empossado administrador apostólico e recebeu da Nunciatura Apostólica a subdelegação para executar a bula de criação.

Desde a sua criação até os dias de hoje, já compuseram o clero da diocese de Marília diversos padres diocesanos e religiosos, de diversas congregações e nacionalidades. A maioria dos sacerdotes residentes na diocese, nas primeiras décadas de sua existência, constavam de religiosos ou diocesanos vindos de outros países.

Dentre os religiosos, que já passaram pela diocese de Marília, estão os jesuítas — que estiveram à frente da Paróquia São Judas Tadeu, de Tupã —, os salesianos — que residiram em Lucélia e Tupã —, e os capuchinhos — que administraram a Paróquia São Miguel Arcanjo, de Marília, e a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Pompéia.

O espírito missionário e evangelizador trouxe à diocese presbíteros de outras nacionalidades, como, por exemplo, padres canadenses, irlandeses e alemães. Em 1976, em razão dos 15 anos da presença dos padres canadenses na diocese, o arcebispo de Otawa, Canadá, veio ao Brasil para fazer uma visita à região. Também muitos padres espanhóis passaram pela diocese, como o Pe. João Carlos Manrique Arnáiz, SM, que em 2011 retornou à Espanha após várias décadas de trabalho nas paróquias da diocese.

Atualmente, a maioria dos padres que atendem as paróquias são diocesanos. Trinta padres residentes na diocese são de congregações religiosas. A diocese ainda conta com a presença de padres estrangeiros em algumas paróquias. Dentre eles, está o Pe. Fernando Cano-Manuel Abárzuza, SM, vindo da Espanha. O número total de sacerdotes da diocese de Marília passa dos 80. Nesse número, estão incluídos cinco padres de outras dioceses que trabalham nos dois Seminários Maiores existentes em Marília. Os padres diocesanos na diocese são atualmente 40; com os 30 religiosos, temos o número de 70 padres residentes na diocese e nela atuando.

 

O Primeiro Bispo

O primeiro pastor — Dois anos depois da criação, em 21 de março de 1954, chegou à diocese Dom Hugo Bressane de Araújo, que também foi administrador apostólico. Em dezembro do mesmo ano, Dom Hugo foi empossado como o primeiro bispo diocesano da diocese de Marília. Durante o seu mandato, Dom Hugo decretou a criação de 27 novas paróquias na diocese. A paróquia mais antiga é a de São Bento, criada em 1929, que passou a ser a Catedral da diocese. Em 1975, a pedido de Dom Hugo Bressane de Araújo, o Papa Paulo VI concedeu à Catedral de São Bento o título honorífico de Basílica Menor.

No período da criação, a escolha da sede da diocese ficou entre as cidades de Marília e Tupã. Em razão do maior crescimento que vinha ocorrendo em Marília, esta cidade foi a escolhida. Três anos após sua posse, Dom Hugo pediu ao Papa Pio XII que São Pedro, o “Príncipe dos Apóstolos”, fosse declarado o padroeiro da diocese, em homenagem à cidade de Tupã, cuja Matriz tem o mesmo padroeiro.

 

A chegada de Dom Daniel

A chegada de Dom Daniel — Em 1969, Dom Hugo, aos 71 anos de idade, pediu à Santa Sé um bispo auxiliar. O nome escolhido pelo Papa Paulo VI foi o do Frei Daniel Tomasella, frade capuchinho, nomeado bispo auxiliar em 6 de setembro de 1969. A ordenação episcopal ocorreu em 8 de dezembro do mesmo ano, na igreja Imaculada Conceição, em São Paulo. Dom Frei Daniel Tomasella tomou posse como bispo auxiliar (com direito à sucessão) doze dias após a sua ordenação.

Em suas primeiras reuniões com o clero, Dom Frei Daniel dividiu a diocese em três Regiões Pastorais e, em cada uma delas, colocou um coordenador de pastoral. As sedes das três Regiões são, até hoje, as cidades de Marília, na Região I; Tupã, na Região II; e Dracena, na Região Pastoral III.

No mês de janeiro de 1975, Dom Frei Daniel foi nomeado bispo coadjutor da diocese, a pedido de Dom Hugo. O bispo diocesano foi atendido pelo Santo Padre, que também nomeou Dom Frei Daniel como administrador apostólico “Sede Plena”. A posse foi marcada para o dia 10 de fevereiro do mesmo ano. Ainda em 1975, Dom Hugo Bressane pediu renúncia do cargo de bispo diocesano e passou a ser o primeiro bispo emérito da diocese, permanecendo até junho de 1988, quando faleceu.

A posse de Dom Daniel como bispo diocesano ocorreu no dia 23 de abril de 1975. Após isso, uma de suas primeiras ações foi a nomeação de vigários episcopais para as três Regiões Pastorais da diocese. A partir da nomeação, os vigários episcopais receberam os títulos de monsenhores e passaram a ser membros natos do Conselho Presbiteral da diocese. Hoje não há mais a norma de chamar os Vigários Episcopais de Monsenhores; são chamados de Reverendíssimos Padres. Durante o mandato de Dom Daniel, a diocese de Marília comemorou o seu jubileu de prata. Para a ocasião, foi elaborado um livro comemorativo sobre os 25 anos de caminhada, elaborado pelo então Vigário Geral, Monsenhor João Baptista Tóffoli.

 

A chegada de Dom Osvaldo

A chegada de Dom Osvaldo – Em 1980, devido a um problema de saúde, Dom Frei Daniel solicitou um bispo para o auxiliar nos trabalhos pastorais da diocese.

A solicitação foi atendida somente em 1982. O escolhido foi Dom Osvaldo Giuntini, que tomou posse como bispo auxiliar em 19 de setembro de 1982. Dom Frei Daniel confiou a Dom Osvaldo a função de coordenador diocesano de pastoral e as visitas pastorais às paróquias. Cinco anos após a sua chegada à diocese, a pedido de Dom Frei Daniel, Dom Osvaldo foi nomeado bispo coadjutor.

A sucessão de Dom Daniel ocorreu em 9 de dezembro de 1992, após o seu pedido de renúncia, aos 69 anos de idade. Desde então, Dom Osvaldo assumiu o cargo de bispo da diocese de Marília.

Dom Luiz Antonio Cipolini

No dia 8 de maio de 2013, o Papa Francisco nomeou o então Padre Luiz Antonio Cipolini, da Diocese de São João da Boa Vista, para assumir o governo da Diocese de Marília. Sua sagração episcopal deu-se no dia 7 de julho de 2013, e sua posse deu-se no dia 4 de agosto do mesmo ano.

Dom Luiz Antonio Cipolini nasceu em Caconde (SP), na diocese de São João da Boa Vista, em 8 de julho de 1962. Completou seus estudos em Filosofia (1980-1982) e Teologia (1982-1986) pelo Centro de Estudos Arquidiocesano de Ribeirão Preto. Ele, em seguida, obteve seu mestrado em Teologia Moral no Alfonsianum de Roma (1992-1994)

Foi ordenado sacerdote em 15 de agosto de 1986 sendo incardinado ao clero de São João da Boa Vista Boa Vista, onde ocupou as seguintes funções:

em Mogi Guaçu foi vigário paroquial da paróquia de Nossa Senhora do Rosário (1986-1987) e pároco da paróquia de Nossa Senhora Aparecida (1988-1992);
Pároco da Paróquia de Santana, na cidade de Vargem Grande do Sul (1994-2002);
Reitor do Seminário Diocesano de Teologia (2002-2005);
Professor de Ética no Centro Universitário de Administração, em São João da Boa Vista;
De 2006 a 2013 ele foi professor e diretor do Instituto de Filosofia e pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em São João da Boa Vista.
Em 4 de agosto de 2013, Dom Luiz Antonio Cipolini tomou posse como Bispo Diocesano de Marília.

A diocese de Marília caminha, em consonância com as determinações da Santa Sé, tendo à frente Dom Luiz Antonio Cipolini, quarto pastor a conduzir esta porção do povo de Deus.


A Criação das Paróquias da Diocese

Atualmente, a diocese de Marília é composta por 62 paróquias e 1 pró-paróquia.

A primeira paróquia criada no território onde hoje está localizada a diocese, foi a Paróquia de São Bento Abade, da cidade de Marília (que na época se chamava Alto Cafezal). O pedido da criação da paróquia foi feito ao então bispo da diocese de Botucatu, Dom Carlos Duarte da Costa. O decreto da fundação, com data de 15 de julho de 1929, foi assinado por Dom Ático Euzébio da Rocha, bispo de Cafelândia, diocese recém-criada na época, à qual pertencia a cidade. Dom Ático criou ainda, em 1934 e 1935, as paróquias Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, e São Pedro Apóstolo, de Garça.

O sucessor de Dom Ático, Dom Henrique César Fernandes Mourão, criou várias paróquias no território que hoje forma a diocese de Marília. Em 1936, foram criadas as paróquias de Nossa Senhora do Rosário, de Pompéia; Santa Ana, de Herculândia; São Pedro Apóstolo, de Tupã; e Santo Antônio, de Marília. Em 1938, foi criada a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Oriente. E em 1940, ainda durante o bispado de Dom Henrique César, foram fundadas as paróquias Nossa Senhora Aparecida, de Paulópolis; Imaculada Conceição, de Parapuã; Nossa Senhora Aparecida, de Rinópolis; São Luiz Gonzaga, de Iacri; e São Francisco Xavier, de Bastos.

Entre os anos de 1945 e 1948, a sede episcopal da diocese de Cafelândia ficou vaga e quem a assumiu foi o vigário capitular, Monsenhor Victor Ribeiro Mazzei. Neste período, foram criadas quatro novas paróquias no atual território da diocese de Marília. Em 1945, foram fundadas as paróquias Nossa Senhora Aparecida, de Quintana, e Sagrada Família, de Lucélia. A Paróquia São José, de Osvaldo Cruz, foi criada em 1946. Dois anos após, foi fundada a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena.

Em 1950, foram fundadas, por decreto do novo bispo, Dom Henrique Gelain, as paróquias Nossa Senhora Aparecida,de Flórida Paulista; Nossa Senhora das Graças, de Pacaembu; e Santo Antônio, de Adamantina. No mesmo ano, a sede da diocese de Cafelândia foi transferida para a cidade de Lins.
Dois anos depois, a diocese de Marília foi desmembrada da diocese de Lins. Como administrador apostólico da nova diocese, Dom Henrique Gelain criou ainda duas paróquias: Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista, e Santo Antônio, de Junqueirópolis. Estas foram as primeiras paróquias fundadas após a instalação da diocese de Marília.O maior número de paróquias criadas foi registrado durante o bispado de Dom Hugo Bressane de Araújo, primeiro bispo diocesano de Marília.

Entre 1954 e o início de 1975, foram fundadas 27 novas paróquias para atender aos fiéis.Em 1954, foi criada a Paróquia Imaculado Coração de Maria, de Inúbia Paulista. No ano seguinte, Dom Hugo criou cinco paróquias: Santa Cecília, de Álvaro de Carvalho; Nossa Senhora de Lourdes, de Garça; Imaculada Conceição, de Mariápolis; Nossa Senhora Auxiliadora, de Tupã; e São Miguel Arcanjo, de Marília. Em 1956, foi criada a Paróquia São José, de Flora Rica, e a Paróquia Santa Genoveva, de Irapuru.

Em 1958, foram fundadas 11 paróquias na diocese: São João Batista, de São João do Pau D’Alho; Santa Isabel, de Marília; São João Batista, de Salmourão; Senhor Bom Jesus, de Arco-Íris; Santa Cecília, de Monte Castelo; Nossa Senhora Aparecida, de Nova Guataporanga; São José, de Panorama; Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde; São Pedro, de Paulicéia; Santa Luzia, de Pracinha; e Nossa Senhora das Mercês, de Santa Mercedes.

No ano de 1960, foram fundadas as paróquias São Benedito, de Sagres, e Nossa Senhora Auxiliadora, de Avencas.A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Marília, foi criada em 1961. No ano seguinte, foi fundada a Paróquia São Judas Tadeu, de Tupã. Em 1966, Dom Hugo decretou a fundação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Adamantina.
Em 1968, ocorreu a criação de mais duas paróquias: Nossa Senhora de Fátima, de Dracena, e Nossa Senhora Aparecida, de Queiroz. A última paróquia criada pelo bispo diocesano, Dom Hugo, foi a paróquia Nossa Senhora da Glória, de Marília, a 12 de outubro de 1969.

Depois de tomar posse como bispo diocesano, Dom Frei Daniel Tomasella decretou a fundação de seis paróquias, sendo cinco em Marília e uma em Tupã. As paróquias criadas pelo segundo bispo diocesano, em Marília, foram: São Sebastião, em 1976; Sagrada Família, em 1977; Santa Rita de Cássia, em 1983; Nossa Senhora de Guadalupe, em 1989; e Santa Antonieta, em 1991. A Paróquia de São José, de Tupã, foi fundada em 1990.

Dom Osvaldo Giuntini, terceiro bispo diocesano, fundou, até o momento, cinco paróquias na diocese de Marília. Em 1997 foi criada a paróquia Sagrado Coração de Jesus e, em 1998, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ambas em Marília. Em 2007 foi fundada a Paróquia São João Batista, em Marília. Em 2009 foi criada a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do Bairro Jóquei Club, em Marília, e em 2011, a Paróquia São Francisco de Assis, em Dracena.


A Comemoração do Jubileu de Prata

Em 1975, os fiéis celebraram o Ano Santo, em comemoração aos 1975 anos do nascimento de Jesus Cristo. Dois anos depois, a diocese de Marília comemorava seu jubileu de prata. A criação da diocese ocorreu no dia 16 de fevereiro de 1952. Para festejar a data, foi elaborado o slogan “Caminhando, Construímos”, que orientou as atividades do jubileu.

A comemoração do jubileu de prata da diocese teve início na Festa de Pentecostes de 1977, realizada no mês de junho. As paróquias existentes na diocese realizaram, nos meses seguintes, reflexões a respeito do jubileu, utilizando o documento “Pastoral das Comunidades e Ministérios”, do Regional Sul 1. Em outubro, foram realizadas as assembléias paroquiais.

No dia 27 de novembro, ocorreu a Assembléia Diocesana de 1977. A assembléia foi celebrativa e contou com a participação de representantes de todas as paróquias, que se reuniram na praça em frente à Catedral Basílica de São Bento.

Os participantes das paróquias localizadas a oeste da diocese foram a Marília em um trem especial. A caravana partiu da cidade de Panorama, passando por todas as outras cidades da Alta Paulista, com direção à sede da diocese.

Para celebrar o jubileu de prata, a diocese também elaborou um livro comemorativo, que foi escrito pelo Vigário Geral, Monsenhor João Baptista Tóffoli. O livro, no qual é utilizado o slogan “Caminhando, Construímos”, conta a história da diocese, desde a evangelização do início do século até a história da criação de todas as paróquias existentes até a primeira metade da década de 70.