Paróquias de Bastos e Lucélia lançam revistas comemorativas de aniversário

Fiéis têm acesso à edição que lembra histórico das duas comunidades paroquias.

As paróquias Sagrada Família, de Lucélia, e São Francisco Xavier, de Bastos, lançaram nos últimos dias revistas comemorativas para celebrar o ano jubilar de criação.

De acordo com o pároco de Lucélia, Pe. Adriano dos Santos Andrade, o intuito do projeto é contar toda a trajetória vivida pela comunidade paroquial em torno de sua história: “é com imensa alegria que apresentamos oficialmente a Revista Comemorativa ao Jubileu de Brilhante da Paróquia Sagrada Família, de Lucélia. Ela contém, por meio de textos e imagens, um detalhado histórico da paróquia: destaca a contribuição dos padres salesianos e diocesanos, aborda sobre a construção da Igreja Matriz e capelas”.

O lançamento, que ocorreu no dia 26, em celebração presidida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, vem de encontro com o mês de solenidade da Sagrada Família, tornando-se o ponto final das comemorações do ano jubilar. “Desejamos oferecer aos fiéis dizimistas e à comunidade luceliense, bem como às próximas gerações, um riquíssimo testemunho do fervor e devoção de nossos pioneiros, que acreditaram na fertilidade das terras de nossa região da Alta Paulista, impulsionando o crescimento econômico, populacional e urbanístico. Celebrando os 75 anos de nossa paróquia, eternizamos as conquistas que marcam com gratidão no coração de todos nós, paroquianos,” concluiu o pároco em entrevista.

A comunidade paroquial de Bastos, São Francisco Xavier, também celebrou o ano Jubilar em 2020 para concluir o cronograma foi lançada uma revista que conta toda trajetória da Paróquia. Conforme relatado pelo pároco, Pe. Sérgio Luiz Roncon, uma equipe ao longo do ano foi colhendo fotos e objetos antigos, do mesmo modo como foi e, por fim, a Revista. Devido à pandemia não foi realizado nenhum momento especial para o lançamento, só foi comunicado que a edição da Revista está disponível na secretaria paroquial. “O objetivo é retratar a história dos 80 anos da paróquia. As revistas estão sendo entregues na Secretaria para quem deseja ter esta como lembrança do Ano Jubilar. Cada pessoa adquire a sua”, explicou o Pe. Sérgio.


Diocese conclui Ano Vocacional com a transmissão da live “Vocare”

A live teve como intuito promover as vocações em toda a Diocese

No dia 26 de dezembro, a Diocese de Marília realizarou a live vocacional “Vocare”, que concluiu as ações do Ano Vocacional Diocesano.

A transmissão ocorreu pelo Facebook e canal do Youtube da Diocese (inserir o link direcionando o leitor ao contexto do que estou mencionando) diretamente da Catedral Basílica de São Bento. De acordo com o seminarista, Rafael Capeloci, um dos idealizadores do evento, a live teve como intuito promover as vocações em torno da Diocese, a singularidade de cada função e sua importância para a vida da Igreja. Deste modo, foram convidados representantes de cada vocação.

“É importante que todos os fiéis tenham ciência de que, pelo batismo, somos vocacionados a viver em santidade no Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, e por Ele, dar a sua vida em oblação. A partir disso, somos então chamados particularmente a viver esse amor por Nosso Senhor Jesus Cristo, seja no matrimônio, seja no sacerdócio, seja na vida celibatária ou religiosa. E é por meio do discernimento vocacional que configuramos a nossa vontade à vontade de Cristo e passamos a caminhar junto à Ele rumo à realização da nossa vocação”, realçou o seminarista em entrevista.

A live teve mais de 80 visualizações simultâneas.

O Ano Vocacional

Instaurado pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, ainda em 2019, o Ano Vocacional diocesano teve seu início em fevereiro no Encontro de Assessores e Agentes de Pastorais. De acordo com o coordenador diocesano da pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, o objetivo era redescobrir a cultura vocacional e gerar o hábito para os paroquianos de rezar em graças às vocações. Desde o começo era pensado que a estratégia para alcançar este objetivo não seria traçada em bases de grandes eventos, mas sim com testemunhos vocacionais.

Com a chegada da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), houve uma intensificação nas produções destes testemunhos para que chegassem nas casas de todos os diocesanos. “Os testemunhos caíram no coração do nosso povo, os momentos de orações foram frutuosos, a ideia agora é que isso continue. Então podemos pontuar que o ano foi produtivo mesmo diante da pandemia e conseguimos alcançar o nosso objetivo”, conta o coordenador diocesano de pastoral.


Nomeações do Papa para o Brasil: Jequié (BA) e Lorena (SP) têm novos bispos

Nesta quarta-feira (13), Francisco fez duas nomeações para o Brasil. Na Bahia, o Pontífice transferiu dom Paulo Romeu Dantas Bastos da diocese de Alagoinhas para ser o novo bispo em Jequié. Já em São Paulo, o Papa nomeou dom Joaquim Wladimir Lopes Dias como novo bispo da diocese de Lorena, transferindo-o da diocese de Colatina (ES).

O Papa Francisco nomeou bispo da diocese de Jequié, na Bahia – cidade a 365 km de Salvador e com mais de 150 mil habitantes, dom Romeu Dantas Bastos, transferindo-o da diocese de Alagoinhas (BA). Em 7 de janeiro, a comunidade de Jequié celebrava uma missa em ação de graças pelos 42 anos de instalação canônica da diocese e pelos 42 anos de ordenação episcopal do bispo emérito, dom Cristiano Jakob Krapf.

Dom Romeu era bispo de Alagoinhas
O novo bispo da diocese de Jequié (BA), dom Paulo Romeu Dantas Bastos, nasceu em 20 de agosto de 1955 em Nova Soure (BA). Ele iniciou os estudos de Filosofia na Universidade Católica do Salvador (BA) e concluiu no Instituto de Filosofia e Teologia de Barra (BA). Estudou Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Em 18 de maio de 1985, foi ordenado sacerdote para a diocese de Barreiras (BA), onde desempenhou os seguintes cargos no Estado da Bahia: vigário paroquial do Sagrado Coração de Jesus em Formosa do Rio Preto (1984-1985); administrador paroquial de São Sebastião em Barreiras (1986-1987) e de Senhora Santana em Riachão das Neves (1987-1991); pároco da Catedral de São João Batista em Barreiras (1992-2002); coordenador da Pastoral Diocesana (1987-1996); coordenador da Pastoral da Juventude (1987-1996); e vigário geral (1997-2002).

Em 24 de abril de 2002, foi nomeado bispo de Alagoinhas (BA) e recebeu a ordenação episcopal em 27 de julho do mesmo ano.

A nomeação para Lorena
Nesta quarta-feira (13), o Papa Francisco também nomeou o novo bispo para a diocese de Lorena, em São Paulo, um município da região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte com cerca de 87 mil habitantes. Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias foi transferido da diocese de Colatina, no Espírito Santo, para assumir o governo pastoral da diocese de Lorena (SP), que em 2017 celebrou solenemente os 80 anos, numa grande festa em ação de graças.

Dom Joaquim era bispo no Espírito Santo
O novo bispo nomeado para a diocese de Lorena (SP), dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, nasceu em 23 de outubro de 1957 em Cafelândia, diocese de Lins, em São Paulo. Estudou Filosofia no Seminário Nossa Senhora do Desterro da diocese de Jundiaí e Teologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo Pio XI. Também conquistou o título de bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administração de Jundiaí.

Em 12 de dezembro de 1997 foi ordenado sacerdote, incardinado na diocese de Jundiaí, onde desempenhou os seguintes cargos: vigário paroquial de São Sebastião em Itupeva (1997-1998); coordenador diocesano do Movimento Cursilhos de Cristandade do Brasil (1997-1998); pároco de São Francisco de Assis em Campo Limpo (1999-2000); pároco de Nossa Senhora da Piedade em Várzea Paulista (2001-2002); vice-Reitor (2003-2006) e reitor do Seminário Nossa Senhora do Desterro (2006-2009); vigário geral (2006-2009 e 2010-2011) e administrador diocesano (2009).

Em 21 de dezembro de 2011, foi nomeado bispo titular de Sita e auxiliar da Arquidiocese Metropolitana de Vitória, recebendo a ordenação episcopal em 4 de março de 2012. Já em 14 de maio de 2014, dom Joaquim foi nomeado administrador apostólico de Colatina e, em 4 de março de 2015, bispo da mesma diocese.

Fonte: Nomeações do Papa para o Brasil: Jequié (BA) e Lorena (SP) têm novos bispos - Vatican News


Modificado o rito de imposição das Cinzas em tempo de pandemia

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou uma nota especificando os procedimentos a serem seguidos pelos sacerdotes durante a celebração da Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma: máscara e fórmula recitada apenas uma vez

A situação de saúde causada pela crise pandêmica do coronavírus continua exigindo uma série de atenções que também se refletem em âmbito litúrgico. Tendo em vista o início da Quaresma deste ano, na quarta-feira 17 de fevereiro, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou em seu site as disposições a serem seguidas pelos celebrantes no rito de imposição das Cinzas.

“Feita a oração de bênção das cinzas e depois de as ter aspergido com água benta sem dizer nada - precisa a nota -, o sacerdote, voltado para os presentes, diz uma só vez para todos a fórmula que se encontra no Missal Romano: ‘Convertei-vos e acreditai no Evangelho’, ou ‘Lembra-te que és pó da terra e à terra voltarás’.”

Depois, prossegue a nota, “o sacerdote lava as mãos, coloca a máscara protegendo o nariz e aboca, e impõe as cinzas a todos os presentes que se aproximam dele, ou, se for mais conveniente, aproxima-se ele do lugar daqueles que estão de pé. O sacerdote pega nas cinzas e deixa-as cair sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada”.

Fonte: Modificado o rito de imposição das Cinzas em tempo de pandemia - Vatican News


Paróquia de Santa Mercedes celebra missa com a presença do prefeito e vereadores eleitos

Na cerimônia, o vigário paroquial abençoou os políticos e lembrou da responsabilidade para a qual venceram as eleições.

No dia 29 de dezembro, a Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, de Santa Mercedes, celebrou a Santa Missa com a presença dos novos representantes políticos da cidade a partir de 2021.

A Missa ocorreu às 19h30 e foi presidida pelo vigário paroquial, Pe. Milton Afonso do Nascimento, na Matriz, e teve a presença do prefeito eleito e dos vereadores da cidade. A celebração foi aberta ao público, mas seguindo as medidas impostas pelo Ministério da Saúde no combate ao novo Coronavírus (Covid-19).

Em torno da celebração, o vigário paroquial falou sobre a responsabilidades que os políticos devem ter ao assumirem o posto: "a política deve ser feita para o bem comum, e não para fins partidários e nem pessoais. O dever de um político é estar a serviço do bem comum”.

No final da Missa o vigário paroquial deixou uma mensagem para os representantes presentes da população de Santa Mercedes a fim de “que eles façam jus à confiança que o povo depositou neles através do voto, e que tenham sabedoria para bem governar, que sigam o exemplo do Rei Salomão que pediu a Deus sabedoria”. Na conclusão, o vigário realçou que estaria presente na cerimônia de posse.


Dom Walmor: é urgente cobrarmos celeridade para o início da vacinação

Dom Walmor sublinha que a pandemia do novo coronavírus “é um deserto que todos nós família humana estamos atravessando”, ao recordar as 200 mil pessoas que morreram em decorrência da covid-19.

O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, divulgou vídeo nesta segunda-feira, 11 de janeiro, alertando que “é urgente cobrarmos celeridade para o início da vacinação” e que “a pandemia se tornará ainda mais perigosa se a desinformação prevalecer”.

Dom Walmor sublinha que a pandemia do novo coronavírus “é um deserto que todos nós família humana estamos atravessando”, ao recordar as 200 mil pessoas que morreram em decorrência da covid-19. “Para vencer essa travessia, precisamos caminhar juntos”, ressaltou.

Em seguida, o presidente da CNBB destaca a importância das vacinas, as quais são oferecidas pela ciência, “frutos de diferentes pesquisas”; e o início da vacinação em vários países.

Nesse sentido, “não podemos ficar para traz”, exortou dom Walmor. “É urgente cobrarmos celeridade dos governantes para o início da vacinação. Ainda mais importante, não podemos nos deixar enganar por notícias falsas. As vacinas, antes de chegarem à população, são amplamente testadas por variadas equipes de cientistas independentes”, afirmou.

Os riscos de se vacinar, continuou, são infinitamente menores do que as ameaças da doença que, a cada dia, mata mais pessoas.

Dom Walmor convida a todos exigirem a solução para a pandemia: “Insista junto às autoridades públicas para que fortaleçam o Sistema Único de Saúde (SUS) para que cada pessoa, rica ou pobre, tenha o direito de ser vacinada. A vacina nos ajuda a superar a covid-19″.

Por outro lado, as notícias falsas e a desinformação tornam a pandemia ainda mais perigosa, “afastando aas pessoas da vacina”. Dom Walmor ressalta que sejam evitadas as notícias falsas e que todos sejam “corresponsáveis” no cuidado uns pelos outros.


Papa: a proximidade é um bálsamo para quem sofre na doença

Cuidar do outro é praticar a fé, “pois ninguém está imune do mal da hipocrisia”, diz o Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial do Enfermo 2021. O Pontífice repete a crítica feita por Jesus a quem diz, mas não faz e acaba reduzindo a fé a “exercícios verbais estéreis, sem se envolver na história e nas necessidades do outro”.

«Um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos»: este versículo do Evangelho de Mateus (Mt 23, 8) inspirou a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Enfermo de 2021, celebrado tradicionalmente no dia 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes.

O texto foi divulgado esta terça-feira (12/01) e é intitulado “A relação de confiança, na base do cuidado dos doentes”.

De modo especial, o Pontífice dedica a mensagem às pessoas que sofrem em todo o mundo os efeitos da pandemia do coronavírus. “A todos, especialmente aos mais pobres e marginalizados, expresso a minha proximidade espiritual, assegurando a solicitude e o afeto da Igreja.”

Ninguém está imune do mal da hipocrisia
Quanto ao trecho do Evangelho de Mateus, o Papa explica que Jesus critica a hipocrisia de quantos dizem, mas não fazem. Esta crítica, afirma, é sempre salutar para todos, “pois ninguém está imune do mal da hipocrisia”, um mal muito grave, cuja consequência é reduzir a fé a “exercícios verbais estéreis, sem se envolver na história e nas necessidades do outro”, isto é, uma incoerência entre o credo professado e a vida real.

A experiência da doença, escreve Francisco, nos faz sentir a nossa vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a necessidade natural do outro. A doença obriga a questionar-se sobre o sentido da vida; uma pergunta que, na fé, se dirige a Deus.

A doença tem um rosto
Como remédio à hipocrisia, Jesus propõe sentir empatia e deixar-se comover pelo sofrimento do irmão.

A doença, afirma ainda o Papa, tem sempre um rosto: o rosto de todas as pessoas doentes, que se sentem ignoradas, excluídas, vítimas de injustiças sociais que lhes negam direitos essenciais.

Para Francisco, a atual pandemia colocou em evidência tantas insuficiências dos sistemas sanitários e carências na assistência às pessoas doentes, que deveria ser uma prioridade. “Isto depende das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade.”

Com efeito, prossegue o Papa, “a proximidade é um bálsamo precioso, que dá apoio e consolação a quem sofre na doença”. Quem serve, fixa sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade e, em alguns casos, até “padece” com ela. “Por isso, o serviço nunca é ideológico, dado que não servimos ideias, mas pessoas”, escreve o Pontífice, citando uma sua homilia pronunciada em Havana, Cuba, em 2015.

Confiança
Neste serviço para com os mais necessitados, Francisco aponta como decisivo o “aspecto relacional”, isto é, a confiança que se cria entre o doente e quem o acompanha.

“Esta relação com a pessoa doente encontra uma fonte inesgotável de motivações e energias precisamente na caridade de Cristo, como demonstra o testemunho milenar de homens e mulheres que se santificaram servindo os enfermos.”

As curas realizadas por Jesus, destaca o Pontífice, nunca são gestos mágicos, mas fruto de um encontro, uma relação interpessoal, em que ao dom de Deus, oferecido por Jesus, corresponde a fé de quem o acolhe.

Que ninguém fique sozinho
Francisco então conclui recordando que uma sociedade é tanto mais humana quanto melhor souber cuidar dos seus membros frágeis e atribulados e o fizer com uma eficiência animada por amor fraterno. “Tendamos para esta meta, procurando que ninguém fique sozinho, nem se sinta excluído e abandonado.”

Por fim, o Papa confia todos os doentes e agentes da saúde a Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos. “Que Ela, da Gruta de Lurdes e dos seus inumeráveis santuários espalhados por todo o mundo, sustente a nossa fé e a nossa esperança e nos ajude a cuidar uns dos outros com amor fraterno. A todos e cada um concedo, de coração, a minha bênção.”


O Papa: os ministérios do Leitorado e Acolitado abertos às mulheres

Francisco muda o Código de Direito Canônico tornando institucional o que já acontece na prática: o acesso das mulheres leigas ao serviço da Palavra e do altar. A escolha do Pontífice explicada em uma carta ao Cardeal Luis Ladaria, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

O Papa Francisco estabeleceu com um motu proprio que os ministérios do Leitorado e do Acolitado sejam de agora em diante também abertos às mulheres, de forma estável e institucionalizada, com um mandato especial. As mulheres que leem a Palavra de Deus durante as celebrações litúrgicas ou que servem no altar, como ministrantes ou como dispensadoras da Eucaristia, certamente não são uma novidade: em muitas comunidades ao redor do mundo são atualmente uma prática autorizada pelos bispos. Até agora, porém, tudo isso ocorria sem um verdadeiro e próprio mandato institucional, em derrogação ao que foi estabelecido por São Paulo VI, que em 1972, ao abolir as chamadas "ordens menores", decidira manter o acesso a esses ministérios reservado apenas ao sexo masculino porque os considerava preparatórios para o eventual acesso à ordem sagrada. Agora o Papa Francisco, seguindo a rota do discernimento que emergiu nos últimos Sínodos dos Bispos, quis oficializar e institucionalizar esta presença feminina no altar.

Com o motu proprio "Spiritus Domini", que modifica o primeiro parágrafo do cânon 230 do Código de Direito Canônico que é publicado hoje, o Pontífice estabelece, portanto, que as mulheres podem ter acesso a esses ministérios e que a elas sejam atribuídos também através de um ato litúrgico que as institucionalize.

Francisco especifica que desejou aceitar as recomendações que surgiram das várias assembleias sinodais, escrevendo que "nos últimos anos foi alcançado um desenvolvimento doutrinário que destacou que certos ministérios instituídos pela Igreja têm como fundamento a condição comum de batizados e o sacerdócio real recebido no sacramento do batismo". Portanto, o Papa nos convida a reconhecer que estes são ministérios leigos "essencialmente distintos do ministério ordenado que é recebido com o sacramento da Ordem".

A nova formulação do cânon diz: "Os leigos com idade e dons determinados por decreto da Conferência dos Bispos podem ser nomeados em caráter permanente, através do rito litúrgico estabelecido, para os ministérios de leitores e acólitos ". Portanto é abolida a especificação "do sexo masculino" referente aos leigos e presente no texto do Código até a emenda de hoje.

O motu proprio é acompanhado por uma carta dirigida ao Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Luis Ladaria, na qual Francisco explica as razões teológicas de sua escolha. O Papa escreve que "no horizonte de renovação traçado pelo Concílio Vaticano II, há hoje uma urgência cada vez maior em redescobrir a co-responsabilidade de todos os batizados na Igreja, e em particular a missão dos leigos”. E citando o documento final do Sínodo para a Amazônia, observa que "para toda a Igreja, na variedade de situações, é urgente que os ministérios sejam promovidos e conferidos a homens e mulheres.... É a Igreja dos batizados que devemos consolidar, promovendo a ministerialidade e, sobretudo, a consciência da dignidade batismal".

Francisco, em sua carta ao cardeal, depois de recordar com as palavras de São João Paulo II que "com relação aos ministérios ordenados, a Igreja não tem de forma alguma a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres", acrescenta que "para ministérios não ordenados é possível, e hoje parece oportuno, superar esta reserva". O Papa explica que "oferecer aos leigos de ambos os sexos a possibilidade de acesso ao ministério do Acolitado e do Leitorado, em virtude de sua participação no sacerdócio batismal, aumentará o reconhecimento, também através de um ato litúrgico (instituição), da preciosa contribuição que durante muito tempo muitos leigos, inclusive mulheres, oferecem à vida e à missão da Igreja". E conclui que "a escolha de conferir também às mulheres estes cargos, que envolvem estabilidade, reconhecimento público e um mandato do bispo, torna mais eficaz na Igreja a participação de todos na obra de evangelização".

Esta medida é a conclusão de um aprofundamento da reflexão teológica sobre estes ministérios. A teologia pós-conciliar redescobriu, de fato, a relevância do Leitorado e do Acolitado, não somente em relação ao sacerdócio ordenado, mas também e sobretudo em referência ao sacerdócio batismal. Estes ministérios fazem parte da dinâmica de colaboração recíproca que existe entre os dois sacerdócios, e têm destacado cada vez mais seu caráter particularmente "laico", ligado ao exercício do sacerdócio que pertence a todos os batizados como tais.


Vítima da Covid-19, padre é sepultado em Marília

Sem velório, poucos familiares e religiosos se despedem do Pe. José Carlos Rodrigues, SV, que já exerceu seu ministério na Paróquia Santa Isabel. Atualmente, o sacerdote residia na capital paulista e era o Provincial da Congregação de São Vicente de Paulo, SV

Foi sepultado na manhã desta sexta-feira, dia 11, o Pe. José Carlos Rodrigues, Provincial da Congregação de São Vicente de Paulo, SV.

A celebração das exéquias, presidida pelo Pe. João Lucas Luki Musulu, e o sepultamento do sacerdote ocorreram de forma privada com a presença de poucos religiosos e familiares no Cemitério Municipal de Marília.

Após contrair a Covid-19, o padre vicentino estava internado desde novembro e morreu ontem, dia 10, por falência múltipla dos órgãos.

O religioso, que já atuou na Paróquia Santa Isabel, de Marília, desde o início de 2020 exercia seu ministério também como pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria na Região Episcopal Brasilândia da Arquidiocese de São Paulo.


Francisco: a vacina para o coração é o cuidado, cuidar das pessoas e das coisas

O Papa Francisco não presidiu a missa da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, por causa de uma dolorosa ciatalgia. A homilia preparada pelo Santo Padre foi lida pelo cardeal Pietro Parolin que presidiu a celebração eucarística na Basílica Vaticana.

O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, celebrou a missa da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, na Basílica de São Pedro, neste 1º de janeiro de 2021, Dia Mundial da Paz. O Papa Francisco não presidiu a celebração eucarística por causa de uma dolorosa ciatalgia.A homilia preparada pelo Santo Padre foi lida pelo cardeal Parolin durante a missa. Nela, Francisco destaca “três verbos que se realizam na Mãe de Deus: abençoar, nascer e encontrar”, presentes na liturgia de hoje.

Mundo poluído pelo dizer e pensar mal dos outros
O primeiro verbo é “abençoar”. “No livro dos Números, o Senhor pede aos ministros sagrados que abençoem o seu povo. Também hoje é importante que os sacerdotes abençoem incansavelmente o Povo de Deus, e que todos os fiéis sejam também portadores de bênção e abençoem. O Senhor sabe que precisamos ser abençoados: a primeira coisa que Ele fez depois da criação foi bendizer – dizer bem –, declarar boa cada coisa. Com o Filho de Deus, não recebemos apenas palavras de bênção, mas a bênção em pessoa: Jesus é a bênção do Pai. N’Ele – diz São Paulo –, o Pai nos abençoa «com toda a espécie de bênçãos». Sempre que abrimos o coração a Jesus, entra na nossa vida a bênção de Deus”, ressalta Francisco.
O Filho de Deus é “o Bendito por natureza que vem a nós através de sua Mãe, a bendita por graça. Maria nos traz, assim, a bênção de Deus. Ao dar espaço a Maria, não só ficamos abençoados, mas aprendemos também a abençoar. Com efeito, Nossa Senhora ensina que a bênção se recebe para a dar. Ela, a bendita, foi uma bênção para todas as pessoas que encontrou: para Isabel, para os esposos em Caná, para os Apóstolos no Cenáculo”.

“Também nós somos chamados a abençoar, a bendizer em nome de Deus. O mundo está gravemente poluído pelo dizer mal e pensar mal dos outros, da sociedade, de nós mesmos. De fato, a maledicência corrompe, faz degenerar tudo, enquanto a bênção regenera, dá força para recomeçar.”

Peçamos à Mãe de Deus a graça de sermos jubilosos portadores da bênção de Deus para os outros, como Ela o é para nós.

As mulheres sabem tecer os fios da vida
O segundo verbo é nascer. “São Paulo destaca o fato de o Filho de Deus ter «nascido de uma mulher». Em poucas palavras, nos diz uma coisa maravilhosa: o Senhor nasceu como nós. Não apareceu adulto, mas criança; não veio ao mundo por si só, mas de uma mulher, depois de nove meses no ventre materno onde se deixou tecer a humanidade. Ela não é apenas a ponte entre nós e Deus; é mais: é o caminho que Deus percorreu para chegar até nós e é o caminho que nós devemos percorrer para chegar até Ele”, sublinha o Papa.

Através de Maria, encontramos Deus como Ele quer: na ternura, na intimidade, na carne. Sim, porque Jesus não é uma ideia abstrata; é concreto, encarnado, nasceu de uma mulher e cresceu pacientemente. As mulheres conhecem este concretismo paciente: nós, homens, muitas vezes somos abstratos e queremos uma coisa imediatamente, ao passo que as mulheres são concretas e sabem tecer, com paciência, os fios da vida. Quantas mulheres, quantas mães fazem assim nascer e renascer a vida, dando futuro ao mundo!

“Não estamos no mundo para morrer, mas para gerar vida. E a santa Mãe de Deus nos ensina que o primeiro passo para dar vida àquilo que nos rodeia é amá-lo dentro de nós”, ressalta o Papa. “Diz o Evangelho de hoje que Ela «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração».”

Será um bom ano se cuidarmos dos outros
Do coração nasce o bem: como é importante manter limpo o coração, guardar a vida interior, a oração! Como é importante educar o coração para o cuidado, para cuidar das pessoas e das coisas. Tudo começa daqui, de cuidarmos dos outros, do mundo, da criação. Pouco aproveita conhecer muitas pessoas e muitas coisas, se não cuidarmos delas.

“Neste ano, enquanto aguardamos um renascimento e novos tratamentos, não negligenciemos o cuidado. Com efeito, além da vacina para o corpo, é necessária a vacina para o coração: é o cuidado. Será um bom ano se cuidarmos dos outros, como Nossa Senhora faz conosco.”

O terceiro verbo é encontrar. O Papa sublinha que “o Evangelho diz que os pastores «encontraram Maria, José e o menino». Não encontraram sinais prodigiosos e espetaculares, mas uma simples família. Lá, porém, encontraram verdadeiramente Deus, que é imensidão na pequenez, fortaleza na ternura. Mas, como conseguiram os pastores encontrar este sinal tão pouco cintilante? Foram chamados por um anjo. Também nós, não teríamos encontrado Deus, se não fôssemos chamados pela graça. Não podíamos imaginar um Deus assim, que nasce de mulher e revoluciona a história com a ternura. Descobrimos que o seu perdão faz renascer, a sua consolação acende a esperança, a sua presença nos dá uma alegria irreprimível. Na verdade, não se encontra o Senhor de uma vez por todas: Ele tem de ser encontrado todos os dias”.

Encontrar tempo para Deus e para o próximo
“O que somos chamados a encontrar no início do ano? Seria bom encontrar tempo para alguém. O tempo é a riqueza que todos temos, mas somos ciumentos a seu respeito porque queremos usá-la só para nós”, ressalta o Papa.

“Devemos pedir a graça de encontrar tempo para Deus e para o próximo: para quem está só, para quem sofre, para quem precisa de escuta e atenção.”

Se encontrarmos tempo para doar, acabaremos maravilhados e felizes, como os pastores. Nossa Senhora, que trouxe Deus ao tempo, nos ajude a doar o nosso tempo.

O Santo Padre conclui sua homilia, consagrando este novo ano à Santa Mãe de Deus que sabe cuidar de nós e pedindo-lhe para abençoar “o nosso tempo e nos ensinar a encontrar tempo para Deus e para os outros”.

 

Fonte:  Francisco: a vacina para o coração é o cuidado, cuidar das pessoas e das coisas - Vatican News