In Diocese6 de maio de 2021

Dom Luiz confere ministério de acólito para os candidatos ao diaconato permanente

Assumimos publicamente o desejo de servir a Igreja e o Povo de Deus. Queremos servir a Jesus Cristo na pessoa dos pobres e dos mais necessitados”, enfatiza o agora acólito Dorival Nogueira Santana. Após a segunda celebração do acolitato, o domingo, dia 2 de maio, foi marcado pelo falecimento de um dos candidatos, Wagner Pigossi, vítima da Covid-19.

Na última sexta-feira do mês de abril, dia 30, e no dia 2 de maio, foram realizadas celebrações que concederam o ministério de acólito para os alunos da Escola Diaconal São Lourenço da Diocese de Marília.

A primeira Missa foi celebrada na Paróquia de Santo Antônio, de Marília, na noite da sexta-feira com os 19 candidatos ao diaconato permanente da Região Pastoral I, que engloba as paróquias entre Garça e Quintana. No domingo, a celebração ocorreu pela manhã em Osvaldo Cruz, na Paróquia de São José, onde os 13 candidatos das regiões pastorais II (de Herculândia a Adamantina) e III (de Flórida Paulista a Panorama), receberam o acolitato, como também é chamado o ministério conferido. As missas foram presididas pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, e concelebradas pelos padres que acompanham a Escola Diaconal e os alunos.

As duas celebrações seguiram as medidas sugeridas para o momento pelas autoridades sanitárias e concentraram 25 % da capacidade de público dos templos, tendo como parte majoritária os familiares dos candidatos.

As aulas que preparam os candidatos ao diaconato permanente são uma das diversas atividades diocesanas que está suspensa presencialmente desde o início da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Em julho do ano passado, o bispo diocesano teve uma reunião online com os candidatos a das três regiões da Diocese  e para manter o processo de formação, os encontros de espiritualidade seguiram a mesma vertente.

Agora, como última etapa da formação, os candidatos receberam o ministério de acólito, que traz a responsabilidade de auxiliar os sacerdotes nas celebrações e de assistir os pobres em suas necessidades.

A reportagem da Diocese de Marília entrevistou três candidatos ao diaconato, um de cada região pastoral, que relataram um pouco da realidade. Romildo Melato Júnior, da Região I, disse que “sem dúvida foi uma experiência única e muito emocionante, ser um acólito é estar próximo do altar de Jesus auxiliando o sacerdote e isto é algo que transcende o entendimento humano e nos leva à paz de Deus”.

Outro entrevistado, da Região Pastoral III, Dorival Nogueira Santana, realçou a linha tênue entre as responsabilidades e a euforia da iniciação no ministério: “para todos nós foi um momento de grande emoção, porque, com a presença de familiares, amigos e parte do clero da nossa Diocese, assumimos publicamente o desejo de servir a Igreja e o Povo de Deus. Foi um momento de muita alegria e também de muita responsabilidade. Queremos, com isso, servir a Jesus Cristo na pessoa dos pobres e dos mais necessitados. Queremos levar a Palavra de Deus a todas as pessoas e levar também a Eucaristia aos doentes como Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Para isto fomos chamados e queremos responder ‘sim’ ao nosso Deus que tanto bem faz à nossa vida”.

O agora acólito Mario Osvaldo Bravi, da Região II, destacou o sentimento que transpõe a ele e a seus companheiros de discernimento vocacional. “A palavra que permeia o nosso coração neste momento é agradecimento. Gratidão a Deus, por tudo aquilo que Ele tem feito em nosso favor e diante do chamado que Ele nos faz, em servi-lo mais próximo ao altar e aos mais necessitados, colocando assim em prática o ministério a nós confiado. Que o bondoso Deus nos conceda a cada dia a humildade, a fidelidade, a paz e o amor em nossos corações para vivenciarmos a vontade de Deus em nossas vidas. E, sobretudo, atuarmos com e pelo amor a serviço do mistério da fé, seja na Sagrada Liturgia, seja no testemunho em todos os lugares por onde passarmos”.

Missa Leitorado 01

Missa Leitorado 02

 

LUTO

No final da tarde do domingo, dia que foi iniciado com a alegria do ministério de acólitos, faleceu, aos 73 anos, o candidato a diácono permanente, senhor Wagner Pigossi, vítima da Covid-19.

De Osvaldo Cruz, o professor Wagner, como era conhecido, exercia em sua comunidade o ministério da Palavra e pertencia à Pastoral das Exéquias e, em âmbito diocesano, era membro da Pastoral da Educação. “Um exemplar paroquiano, sempre muito discreto e comprometido, amigo de todos, portador de uma discrição sem tamanho e de um comprometimento ímpar”, conta o pároco de Osvaldo Cruz, Pe. Rogério de Lima Mendes.

Wagner Pigossi exerceu a função de Educador que, conforme relatado pelo pároco, deixou um legado de sabedoria e acolhimento em sua história no município. “Foi, de fato, uma grande perda para a sociedade osvaldo cruzense e para a nossa Paróquia”, conclui o sacerdote.

Professor Wagner Pigossi