As adversidades no seguimento de Jesus nos mostram o caminho da humildade e nos aproximam d´Ele”, ressaltou o bispo de Marília que, durante celebração, fez memória de Dom David Dias Pimentel, vítima da Covid-19.
“Essa celebração recorda há oito anos quando, em São João da Boa Vista (SP), fui ordenado bispo”, motivou o aniversariante ao agradecer o clero, o povo fiel e os internautas por, com ele, agradecer a Deus pelo dom de sua vocação. Nesta introdução, Dom Luiz Antonio rezou pelas vítimas da pandemia no Brasil e no mundo, lembrando de Dom David Dias Pimentel, que presidiu sua ordenação, falecido em 16 de março de 2021 em decorrência da Covid-19.
“Oito anos se passaram”, destacou o bispo de Marília ao explicar, em sua homilia, que as leituras proferidas na celebração diurna foram as mesmas do dia que se tornou bispo. Retomando o texto bíblico que Jesus, por três vezes, interroga São Pedro Apóstolo (Cf. João 21,15-19), e utilizando-se dos verbos ‘amar, apascentar e preparar’, Dom Luiz explicou que a vocação de todos os cristãos é um convite para o amor. “Trata-se de um chamado para que permitamos que Jesus nos ame e, em resposta, consigamos corresponder ao amor d’Ele que é infinito”, enfatizou.
Recordando seu lema de ordenação episcopal, o bispo ressaltou que permanecer no amor de Cristo é fundamental aos que se dedicam ao serviço eclesial e afirmou que, pelo batismo, Deus chama todos no amor para apascentar uns aos outros por meio do cuidado mútuo, preparando para o enfrentamento das tribulações da vida. “Se nosso Mestre passou por tantas dificuldades, nós, seus seguidores, não podemos esperar algo diferente. As adversidades no seguimento de Jesus nos mostram o caminho da humildade e nos aproximam d´Ele”, disse concluindo com um pedido como presente de aniversário: “que vocês me ajudem a amar mais a Jesus! Nosso Senhor é um tesouro incomensurável, me ajudem a amar, a apascentar e a enfrentar as cruzes do cotidiano”.
A Missa, celebrada na Igreja Matriz de Osvaldo Cruz que em dezembro próximo se tornará Santuário Diocesano por ocasião do Ano de São José, convocado pelo Papa Francisco, contou também com a presença de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André (SP) e irmão de Dom Luiz Antonio.
FELICITAÇÕES
No final, representando os padres e as paróquias, o Pe. Luiz Henrique de Araújo, de Tupã, parabenizou o bispo diocesano, destacou seu cuidado com os irmãos e irmãs que estão à margem da sociedade e, dirigindo-se a Dom Luiz, disse que “os oito anos de sua ordenação episcopal é motivo de alegria para todos nós! Que Deus nos ajude para que o senhor esteja sempre perto de nós, e nós, padres, estejamos próximos do senhor para que consigamos pastorear o rebanho de Deus”.
Em nome dos colaboradores da Diocese, a secretária do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), Fátima Rodrigues do Nascimento, expressou o afeto do corpo técnico e administrativo da Igreja Particular manifestando que a presença do bispo “é sinal de fé que nos aponta à salvação! Obrigado pelo pastoreio”.
Por fim, Janice Bortotti Vitor Moreira, representante dos leigos e leigas na Coordenação Pastoral, disse que a proximidade de Dom Luiz para com o povo “nas reuniões, encontros ou celebrações, nos dá a certeza de que o senhor é um pastor com cheiro das ovelhas!”.
TRAJETÓRIA
Primeiro sacerdote brasileiro nomeado bispo Papa Francisco, em 8 de maio 2013, Dom Luiz Antonio Cipolini é natural de Caconde (SP). Antes de chegar em Marília como bispo, foi ordenado sacerdote em 1986 e atuou nas cidades de Mogi Guaçu, Vargem e Grande do Sul, pertencentes à Diocese de São João da Boa Vista (SP).
Foi também reitor do Seminário Diocesano de Teologia (2002-2005) e professor de ética no Centro Universitário de Administração, ambos em São João da Boa Vista. De 2006 a 2013, até sua ordenação episcopal, atuou como professor e diretor do Instituto de Filosofia e pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, também em São João da Boa Vista.
NA DIOCESE
Desde sua posse como bispo de Marília, em 4 de agosto de 2013, Dom Luiz trabalhou com os conselhos e organismos para o fortalecimento do vínculo de unidade entre o clero e os agentes de pastoral das três regiões da Diocese.
O lançamento do Primeiro Plano Diocesano de Pastoral (PDP), a inauguração da Casa Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina, o desenvolvimento do brasão diocesano, a criação Escola Diaconal São Lourenço, da Ordem das Virgens (OV) e das paróquias Maria Mãe da Igreja, Santuário São Judas Tadeu, Nossa Senhora Rosa Mística, Santa Edwiges, de Marília, e São Francisco de Assis, de Adamantina, marcam o pastoreio do bispo nos últimos anos.
Dom Luiz atuou fortemente na reestruturação da Clínica de Repouso PAI, de Adamantina, que cuida dos irmãos e irmãs excluídos da sociedade, sendo, inclusive, padrinho da instituição social. Na mesma cidade, foi responsável pela chegada da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus para a administração da Santa Casa de Misericórdia.
Fotos: Vinícius Cruz | Depto. de Comunicação – Diocese de Marília