In Diocese20 de abril de 2020

Na Festa da Misericórdia, Dom Luiz recorda testemunho dos profissionais da saúde e fala de interesses partidários em meio à crise

O bispo explicou que somente Deus pode preencher o vazio que o mal abre na humanidade e alertou que “é preciso pensar no Brasil, alargar os horizontes e fazer renúncias para o bem de toda a população”

Na noite do sábado, dia 18, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu a celebração dominical transmitida pelas redes sociais da Diocese diretamente da Catedral Basílica de São Bento.

A missa, acompanhada por mais de sete mil internautas, celebra a Festa da Divina Misericórdia, como foi instituída pelo Papa São João Paulo II sempre no domingo após a Páscoa.

Em sua reflexão, o bispo diocesano explicou que Cristo ressuscitado “quer alcançar as feridas de toda a humanidade para medicá-las”. Disse também que a maldade humana pode abrir no mundo o vazio do amor e da bondade, e diante dos acontecimentos trágicos da história, como a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), as pessoas muitas vezes recorrem ao pecado como maneira de suprir tal vazio, e completou: “a nós é impossível; só Deus pode preencher com misericórdia a falta que o mal abre em nossos corações”.

Após lembrar o testemunho anônimo dos profissionais da saúde e destacar que enquanto inúmeros pacientes estão sendo curados por meio do silencioso esforço de médicos, enfermeiros e voluntários que estão ao lados dos infectados pelo vírus e sofrem pelas mazelas da doença, Dom Luiz recordou que muitos políticos que deveriam cuidar do bem comum estão brigando entre si.

“Existem interesses de esquerda, de direita, de partidos, empresários, banqueiros e religiões. São pessoas e grupos imediatistas que querem o poder para si, mas poucos querem o bem comum”, disse antes de concluir com a motivação de que “é preciso pensar no Brasil, alargar os horizontes e fazer renúncias para o bem de toda a população”.

De portas fechadas, a celebração contou com a participação de poucos colaboradores, entre leitores e músicos, e com a presença do administrador paroquial da Igreja Catedral, Pe. José Orandi da Silva, e do Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, coordenador diocesano de Pastoral.

 

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Festa da misericordia 2

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