POM disponibiliza Cartilha de Preparação ao 4º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas

Os seminaristas, reitores e formadores de todo o Brasil podem acessar um importante subsídio de oração e reflexão da vida missionária na Igreja. Foi lançada a Cartilha de Preparação ao 4º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas (4COMINSE), encontro que acontece nos dias 11 a 17 de julho.

O material oferece roteiros para dez encontros refletindo a vida e a missão do Beato Pe. Paolo Manna, nascido há 150 anos, fundador da Pontifícia União Missionária, Obra que objetiva sensibilizar e animar para a missão os sacerdotes, os religiosos e as religiosas, lideranças leigas e todo o povo de Deus.

A proposta do 4COMINSE é aprofundar a reflexão sobre a missão ad gentes no processo de formação dos candidatos ao presbiterado. O evento será uma oportunidade para a celebração da caminhada missionária, conhecimento de diversas expressões da cultura e arte paraibana e fortalecimento do conhecimento recíproco.

Seu objetivo principal será animar e aprimorar a formação missionária dos futuros presbíteros no Brasil, de maneira que a missão seja realmente eixo central da formação e os ajude a adquirir um autêntico espírito missionário.

A organização do evento sugere que o subsídio seja estudado pelos seminaristas (propedêutico, discipulado, configuração, síntese vocacional), diocesanos e religiosos, durante o primeiro semestre de 2022, como preparação efetiva de todos os formandos.

Acesse aqui a Cartilha de Preparação ao 4º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas

Sobre o 4COMINSE

A cidade de João Pessoa vai acolher o 4º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas (4COMINSE), evento realizado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e pela coordenação nacional dos Conselhos Missionários de Seminaristas (COMISEs).

O congresso terá como tema “Missão ad gentes na formação de seminaristas” e o lema “Sereis minhas testemunhas até os confins da terra” (At 1,8). Pretende reunir 350 participantes, entre seminaristas, reitores e formadores de seminários, bispos e convidados, sendo um espaço de reflexão, troca de experiências e celebrações. Seu objetivo será animar e aprimorar a formação missionária dos futuros presbíteros no Brasil, de maneira que a missão seja realmente eixo central da formação e os ajude a adquirir um autêntico espírito missionário.

Para garantir o êxito na realização do evento, contam com a parceria e o apoio da Arquidiocese da Paraíba, Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

As inscrições serão realizadas através das coordenações regionais dos COMISEs.

 

Font: POM disponibiliza Cartilha de Preparação ao 4º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas - CNBB


O Papa: o gasto com armas é um escândalo, suja o coração, suja a humanidade

Em seu discurso aos membros da organização italiana de voluntariado "Eu tive sede", Francisco sublinhou que "o acesso à água, especialmente água potável e limpa, é agora um ponto crítico para o presente e o futuro próximo da família humana. É uma questão prioritária para a vida do planeta e para a paz entre os povos". O Pap disse também que o gasto com armas é um escândalo e que é preciso "criar a consciência de que gastar em armas, suja a alma, suja o coração, suja a humanidade".

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (21/03), na Sala Clementina, no Vaticano, sessenta membros da organização italiana de voluntariado "Eu tive sede", que completa este ano dez anos de fundação.

Fundada em 2012, em Modena, a organização realiza projetos humanitários em várias áreas do mundo e eventos culturais e sociais de conscientização no território italiano.

Depois de agradecer as palavras do presidente do organismo, o Papa recordou o objetivo claro e urgente da organização "Eu tive sede": levar água potável a quem não tem. Essas palavras de Jesus, "tornaram-se o seu nome e o seu lema", sublinhou Francisco.

O acesso à água, especialmente água potável e limpa, é agora um ponto crítico para o presente e o futuro próximo da família humana. É uma questão prioritária para a vida do planeta e para a paz entre os povos. Isso diz respeito a todos. No entanto, no mundo, especialmente na África, existem populações que sofrem mais do que outras com a falta de acesso a esse bem primário. Por isso, vocês realizaram seus projetos humanitários na África, em muitos países, em diferentes regiões do continente. Isso é muito bonito. Também é algo muito bonito que os trabalhos sejam sempre realizados com trabalhadores locais e em colaboração com os missionários e as comunidades eclesiais do território.

A seguir, o Papa sublinhou que "a sede não faz sentir mal quando existe abundância de água para beber", mas nós "sabemos que se faltar água, e faltar por muito tempo, a sede pode se tornar insuportável". "A vida na Terra depende da água, e também nós, seres humanos. Todos precisamos da irmã água para viver", disse ainda Francisco.

"Por que entrar em guerra por causa de conflitos que devemos resolver conversando como homens? Por que não unir nossas forças e nossos recursos para combater juntos as verdadeiras batalhas da civilização: a luta contra a fome e a sede; a luta contra doenças e epidemias; a luta contra a pobreza e a escravidão de hoje. Por quê?", perguntou Francisco, afirmando que gastar com armas significa tirar de quem precisa.

Isso é um escândalo: os gastos com armas. Quanto se gasta em armas: é terrível! Não sei qual porcentagem do PIB, não sei, não tenho o valor exato, mas é uma porcentagem alta. Gasta-se com armas para fazer guerras, não só esta que é gravíssima e estamos vivendo agora, e a sentimos mais porque está mais perto, mas na África, no Oriente Médio, na Ásia, as guerras continuam. Isso é grave. É grave. Criar a consciência de que gastar em armas, suja a alma, suja o coração, suja a humanidade.

"Para que serve comprometermo-nos todos juntos, solenemente, a nível internacional, nas campanhas contra a pobreza, contra a fome, contra a degradação do planeta, se voltamos então ao velho vício da guerra, à velha estratégia do poder dos armamentos, que leva tudo e todos para trás?", perguntou ainda Francisco. "A guerra é um retrocesso. Caminha-se para trás e tem de começar tudo de novo", sublinhou.

A seguir, o Papa disse que foi para ele uma surpresa encontrar na Itália um voluntariado tão forte. "Esta é sua herança cultural, italiana, que vocês devem preservar bem", concluiu Francisco.

Fonte: O Papa: o gasto com armas é um escândalo, suja o coração, suja a humanidade - Vatican News


Equipe de Animação do Sínodo prepara encontro com macrorregiões para animar o processo sinodal

A Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil se reuniu na manhã desta segunda-feira, 21 de março, com o objetivo de realizar uma preparação dos encontros que acontecerão com as macrorregiões a partir da próxima semana com o objetivo de animar o processo sinodal.

“A ideia é partilharmos um pouco das experiências, como tem sido a caminhada com cada um; ouvir também no sentido de partilhar os desafios e também saber dos coordenadores diocesanos se nós, enquanto Equipe Nacional, poderemos contribuir de alguma maneira”, afirmou o padre Júlio Resende, membro da Equipe de Animação do Sínodo.

No encontro com os blocos regionais, padre Júlio também disse que a Equipe de Animação do Sínodo 2023 terá a oportunidade de tecer algumas propostas e indicações de como deverá ser preparada a síntese diocesana, “que é um documento muito importante e que reunirá as contribuições, reflexões de cada diocese no Brasil”.

“O desafio é fazer com que conversemos num processo bem sinodal para que a gente possa ajudar nesses meses finais que faltam, porque todas as dioceses devem entregar suas sínteses até o dia 31 de julho”, explicou o padre.

Padre Julio também argumentou que a fase diocesana, segundo a proposta do Papa, é a fase primordial, porque “é a fase de escutar as bases, de escutar as pessoas que estão nas comunidades, nos movimentos, nos trabalhos pastorais, nas inserções concretas da Igreja, nos diversos aspectos e ambientes da sociedade”.

“Por isso a fase diocesana é tão importante para que realmente a Igreja possa se reconhecer como povo que caminha junto, servindo na missão da Igreja, buscando também participar nos diversos aspectos dessa missão que o Senhor nos concedeu”, salientou.

Os encontros por blocos regionais

Os encontros serão realizados por blocos regionais, das 19h às 21h, com os representantes e/ou equipes diocesanas nos seguintes dias:

28/03 – Norte e Noroeste
(Note 1, Norte 2, Norte 3 e NO);

29/03 – Nordeste
(Nordeste 1, Nordeste 2, Nordeste 3, Nordeste 4 e Nordeste 5);

30/03 – Centro Oeste e Oeste 1 e 2;

06/04 – Sul
(Sul 1, Sul 2, Sul 3, Sul 4);

07/04 – Sudeste
(Leste 1, Leste 2, Leste 3).

 

Fonte: Equipe de Animação do Sínodo prepara encontro com macrorregiões para animar o processo sinodal - CNBB


O Papa ao Fórum da Água: o mundo tem sede de paz

Aos participantes reunidos no Senegal, Francisco envia uma mensagem assinada pelo cardeal Parolin reiterando o direito à água potável e ao saneamento básico, como primário, universal e básico para a construção da fraternidade. O convite é para fortalecer a cooperação entre os Estados para a gestão sustentável de um "bem indivisível".

O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 9º Fórum Mundial da Água sobre o tema da Segurança da Água para a Paz e o Desenvolvimento – que se realiza em Dacar, Senegal, de 21 a 26 de março - assinada pelo cardeal Secretário de Estado do Vaticano Pietro Parolin e lida pelo cardeal Michael Czerny, prefeito interino do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral.

Fazer da água um verdadeiro símbolo de diálogo

O Papa disse que estava acompanhando os trabalhos deste encontro internacional com suas orações para que "possa ser uma oportunidade de trabalhar juntos para a realização do direito à água potável e ao saneamento básico para cada ser humano, e assim contribuir para fazer da água um verdadeiro símbolo de partilha, de diálogo construtivo e responsável em favor de uma paz duradoura".

A água é um bem precioso para a paz

Partindo do pressuposto de que "nosso mundo tem sede de paz", que é um "bem indivisível", o convite é para que todo esforço seja feito para construí-la, através da constante contribuição de todos. Para isso é necessário satisfazer as necessidades essenciais e vitais de cada ser humano. O Papa lembrou que a segurança da água hoje é ameaçada pela poluição, conflitos, mudanças climáticas e abuso dos recursos naturais. "A água não pode ser considerada simplesmente como um bem privado", disse, "que gera lucros mercantis e está sujeito às leis do mercado".

O acesso à água e ao saneamento básico é um direito primário

O dado que deveria sacudir as consciências e levar à ação concreta dos líderes internacionais diz respeito à situação de mais de dois bilhões de pessoas sem acesso a água potável e/ou ao saneamento básico. Francisco chamou a atenção para as consequências, em particular, para os pacientes em centros de saúde, mulheres em trabalho de parto, prisioneiros, refugiados e pessoas deslocadas. Citando a Laudato si', a mensagem reiterou que o acesso é um "direito humano primário, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas"; também vincula estreitamente este direito ao "direito à vida, que está enraizado na dignidade inalienável da pessoa humana".

Apelo a servir o bem comum com dignidade

O texto destacou a "grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável". Sob a lente do Papa estão a poluição que ameaça a segurança, as armas que tornaram a água inutilizável, ou a secaram por causa da má gestão das florestas. Daí o apelo a todos os líderes políticos e econômicos, às diversas administrações, aos diretores de pesquisa, do financiamento, da educação e da exploração dos recursos naturais, para "servir o bem comum com dignidade, determinação, integridade e em espírito de cooperação". Fez-se referência ao Terceiro Encontro Mundial dos Movimentos populares (2016) e se pediu uma melhor gestão da água, especialmente por parte das comunidades: pode ajudar a criar maior coesão social e solidariedade, a iniciar processos e a construir relacionamentos.

Trabalhar juntos como irmãos na gestão da água

Mais uma vez o Papa enfatizou que a água é um dom de Deus e um patrimônio comum que deve ser usado universalmente. Convidou os países, por ser em grande parte um bem transfronteiriço, a trabalharem mais estreitamente juntos: "seria um grande passo avante para a paz". O pensamento voltou-se então para o rio Senegal, ao Níger, ao Nilo... regiões e situações onde a água chama para a necessidade de fraternidade. Gerir a água de forma sustentável e com instituições eficazes e solidárias", concluiu, "é também uma forma de reconhecer este dom da criação que nos foi confiado para que juntos possamos cuidar dele".

Fonte: O Papa ao Fórum da Água: o mundo tem sede de paz - Vatican News


Diocese de Marília cria Comissão para proteção de menores e vulneráveis contra abusos sexuais

Em resposta ao pedido do Papa Francisco, Dom Luiz Antonio Cipolini publicou o Decreto de criação, deu a provisão aos membros e assinalou que a Igreja de Marília quer “o bem estar e a integridade física, psíquica e espiritual dos mais frágeis”. Segundo a advogada que integra a equipe, Bárbara Corrêa Travizi Parpineli, “as pessoas não são protocolos, mas filhos amados de Deus que demandam cuidado, acolhida e responsabilidade”.

Na manhã de hoje, dia 11, a Diocese de Marília deu início à Comissão Diocesana para tutela de menores e pessoas em situação de vulnerabilidade. Em Marília, durante ato no prédio da Cúria, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, reunido com os membros, promulgou o Decreto de criação e entregou a provisão a cada integrante.

 

 

A criação da Comissão na Diocese de Marília é uma resposta à Carta Apostólica do Papa Francisco sob forma de Motu Proprio Vos Estis Lux Mundi (Vós sois a luz do mundo), de 9 de maio de 2019. O texto assinala que “os crimes de abuso sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e lesam a comunidade dos fiéis”. Desta forma, para que tais fenômenos não aconteçam mais, “é necessária uma conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e eficazes que envolvam a todos na Igreja, de modo que a santidade pessoal e o empenho moral possam concorrer para fomentar a plena credibilidade do anúncio evangélico e a eficácia da missão da Igreja”.

O objetivo é facilitar que as pessoas possam informar para a Comissão sobre possíveis abusos que estejam acontecendo aos menores e pessoas em situação de vulnerabilidade no território diocesano e, ao mesmo tempo, assegurar que as informações recebidas sejam convenientemente averiguadas e que sejam tomadas as medidas necessárias “para o bem estar e integridade física, psíquica e espiritual dos mais frágeis na Diocese”, afirmou Dom Luiz.

 

 

Em Marília, a Comissão para tutela de menores e pessoas em situação de vulnerabilidade tem a presidência do bispo diocesano e a coordenação do vigário geral, Pe. Mauricio Pereira Sevilha. Integram a equipe o chanceler do bispado, Pe. Adeflor Xavier Pereira Junior, o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, a advogada auditora da Câmara Eclesiástica Auxiliar de Marília, Bárbara Corrêa Travizi Parpineli, e a notaria, a arquivista Vanessa Ferreira da Cunha Faxina. As psicólogas Alessandra Faria Rossi e Maria Apparecida Gomes Piola também compõem o grupo que “tem o objetivo de ouvir, tutelar, proteger e tratar os menores e vulneráveis”, como indicou o Dom Luiz durante a cerimônia de instituição.

“A Igreja tem enfrentado muitos escândalos nesta dimensão e o Papa Francisco nos pede para olhar, acolher e ajudar as vítimas. É um trabalho muito delicado, mas queremos ser instrumentos de purificação da Igreja; o fundamento de tudo é servir aos pequenos, como Jesus fez”, ressaltou o vigário geral.

Ao entregar a provisão para os membros, Dom Luiz Antonio reforçou a responsabilidade da Comissão, agradeceu a disponibilidade de todos e afirmou que “o Reino de Deus vai acontecendo à medida que se adere à voz do Espírito Santo que nos pede cada vez mais transparência”.

No ato, ao resumir o compromisso da equipe, em nome de todos, a psicóloga Maria Apparecida disse que a Comissão “não quer ser indiferente à dor de quem já foi abusado, mas ao contrário, instrumento do cuidado de Deus”. Para advogada Bárbara, os trabalhos da equipe, que nos últimos meses estudou o assunto, assinalaram a responsabilidade de zelar pela vida dos menores e vulneráveis: “as pessoas não são protocolos, mas filhos amados de Deus que demandam cuidado, acolhida e responsabilidade”.

 

 

Para entender como fazer uma denúncia e receber a assistência da Comissão, basta acessar no site da Diocese, ler o Decreto de instalação e o Regulamento, que contêm as informações necessárias. O mesmo link proporciona o acesso também à nomeação e provisão dos membros da equipe.

 

 

O Departamento de Comunicação da Diocese de Marília preparou um Press kit da Comissão para proteção de menores e vulneráveis contra abusos sexuais.


Encontro Diocesano do Terço dos Homens

Encontro Diocesano do Terço dos Homens

Dia 25 de março, às 21h.

Encontro totalmente online, inscreva-se!


Seminário sobre a fome abre a preparação da cnbb para a campanha da fraternidade 2023

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já deu início à preparação da Campanha da Fraternidade (CF) de 2023. De hoje (14) até quarta-feira (16), é realizado um Seminário Temático para aprofundamento da questão da fome, centro das reflexões na CF do ano que vem. Os debates e as reflexões vão contribuir na elaboração do texto base. O tema escolhido para a CF 2023 após consulta popular é “Fraternidade e fome” com o lema bíblico “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14, 16).

Participam do Seminário assessores das Comissões Episcopais, subsecretários, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB, dom Valdeci Santos Mendes, e alguns convidados. Especialistas ajudam na reflexão proposta para o evento, que lança o olhar para o estado da questão da fome no Brasil, considerando a segurança alimentar, os impactos da pandemia de Covid-19 e a contradição dos recordes de produção e exportação agrícola frente o aumento da fome.

O Seminário está organizado a partir da metodologia “ver, julgar e agir”, sendo que, a cada dia, as reflexões são dedicadas a um dos tópicos. Após olhar a realidade, o grupo vai refletir no próximos dois dias sobre o lema bíblico e deve propor sugestões e pistas de ação para o texto-base.

Tema recorrente

No início do encontro, nesta segunda-feira, o secretário executivo de Campanhas da CNBB recordou as duas Campanhas da Fraternidade que abordaram a temática da fome: em 1975, com o tema “Repartir o Pão”; e em 1985, com o tema “Pão para quem tem fome”. A última, de modo particular, destacou a importância do problema para a sociedade brasileira, que viu, três anos depois, o estabelecimento da erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais como objetivos fundamentais na Constituição Federal de 1988.

Elementos que podem ser abordados

O membro do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB Melillo Dinis apresentou elementos que são importantes para serem abordados na apresentação do estado da questão da fome no Brasil e que deve estar presentes texto-base da próxima CF. Ele citou a passagem dos dois cestos de figos, do capítulo 24 do profeta Jeremias, quando o profeta disse o que Deus faria com o rei Sedecias e seu partido, mandando a guerra, a fome e a peste.

“A gente está vivendo um pouco esse tempo. Tem espada, tem fome e tem peste. E acho que isso é um primeiro elemento que não pode faltar”, ressaltou Melillo.

Para o advogado, apesar da longa história de experiência com o tema, é preciso refletir o motivo de voltar à questão. É importante também colocar o debate no eixo da fraternidade, “dentro de um quadro onde a fome nos persegue, e não é um fenômeno natural. Quanto menos humanismo, mais fome há. E o Brasil é um país forjado de fome e de lutas”.

Melillo apresentou alguns dados que atestam a realidade da fome e da insegurança alimentar no país, indicando também fatores determinantes que devem ser refletidos e discutidos, como a relação de desigualdade e fome, fome e ecologia, fome e educação, fome e política, o silêncio em torno da fome, recordando o escritor Josué de Castro. Também devem ser levados em conta elementos econômicos e geográficos.

Não pode deixar de ter no ver de uma Campanha da Fraternidade sobre a fome a fala numa linha profética. Eu não comecei com meu querido profeta Jeremias à toa, porque, se nós não tivermos aquele grau de indignação ‘vétero-testamentária’, aquela ‘jeremiada’ permanente a respeito disso, nós não precisamos tratar disso de novo, de maneira burocrática. A fome é ato indigno, a fome dói, a fome destrói vidas, nós temos que transformar isso numa exigência ética, não só de quem está submetido à ideia de Povo de Deus, mas também numa sociedade que deseja ser justa e fraterna. Esse tipo de exigência ética é imperativa numa Campanha da Fraternidade sobre esse tema”.

 

Após a exposição de Melillo, os participantes puderam interagir com o expositor e também apontar outros elementos considerados essenciais para a reflexão sobre o tema. Destacaram a relação do sistema econômico e com o sistema de produção; o papel da agricultura familiar; a questão da alimentação e a preocupação com a obesidade nas pessoas mais pobres; a segurança alimentar como exemplo de dignidade humana; a contradição das políticas públicas para o agronegócio e a inexistência para a agricultura familiar; e os impactos do modelo de produção de commodities nas comunidades tradicionais e nos povos indígenas.

Entendendo os fatores

Outro especialista no tema da fome convidado para o Seminário foi ex-diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva. Ele lembrou de quando atuou na organização, sediada em Roma, e recebia a visita do Papa Francisco, sempre indignado com o tema da fome. Segundo Graziano, o pontífice sempre tratava do assunto, pedindo medidas para a erradicação.

Atual diretor geral do Instituto Fome Zero, José Graziano apresentou dados que permitem o entendimento dos fatores que geram a fome. Em sua exposição, recordou que a agropecuária brasileira apresentou crescimento surpreendente nos últimos 30 anos, mas também observou que a concentração da distribuição acelera a concentração da produção.

A realidade brasileira constata no período da pandemia a alta em dólar do preço das commodities e a desvalorização do real, por conta da política monetária do governo. Para José Graziano, “os preços alimentos não estão altos; os salários é que estão muito baixos”.

Ele apresentou dados sobre a estrutura agrária do país, e sobre a atuação da agricultura familiar. Em seguida, destacou as pesquisas que apontam a volta da fome e da insegurança alimentar no país onde o “agro é exportador e o mercado interno está limitado pela miséria”.

Para Graziano são três as principais causas da fome no Brasil atualmente: a falta de renda, em função dos baixos níveis de remuneração, alto nível de desemprego e informalidade resultante do baixo crescimento econômico; o modelo agroexportador, que não distribui renda e gera crescimento intersetorial menor que o necessário para absorver o crescimento da população ativa; e o alto nível de concentração de renda.

Ao final de sua exposição, indicou políticas que podem ajudar a mudar o cenário atual no país. Para ele, é necessária uma agência reguladora da alimentação no Brasil.

 

Ação da Cidadania

Outro convidado para o primeiro dia de Seminário foi o presidente da Ação da Cidadania, Daniel de Souza. Ele partilhou a atuação da entidade nos últimos anos, destacando que, desde março de 2020, a campanha de arrecadação de alimentos antes realizada pontualmente no período do Natal precisou se tornar mensal.

“O que a gente faz é muito mais para evidenciar e trabalhar a solidariedade, que é força motriz da humanidade, do que propriamente para resolver o problema da fome”, destacou.

O seminário continua na terça e na quarta-feira. As reflexões serão apresentadas aos bispos para encaminhamento da elaboração do texto-base da CF 2023.

 

Fonte: Seminário sobre a fome abre a preparação da CNBB para a Campanha da Fraternidade 2023 - CNBB


Abertas as inscrições para o 18º Congresso Eucarístico Nacional

Realizado pela arquidiocese de Olinda e Recife, em parceria com o regional nordeste 2 da CNBB, de 11 a 15 de novembro. Esta edição tem como tema “Pão em todas as mesas”.

Estão abertas as inscrições para o 18° Congresso Eucarístico Nacional (CEN), que será realizado pela arquidiocese de Olinda e Recife, em parceria com o regional nordeste 2 da CNBB, de 11 a 15 de novembro. Esta edição tem como tema “Pão em todas as mesas” e lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2,46).

Os interessados em participar poderão realizar um cadastro gratuito que deverá ser feito pelo endereço eletrônico: cen2020.com.br/inscricoes. Ao acessar a página, o participante precisa antes escolher entre as abas “Público em Geral” ou “Bispos, Padres e Diáconos” e preencher o formulário com dados pessoais, tais como nome completo, e-mail e a qual diocese ou arquidiocese pertence.

No caso do clero, além de participar das atividades abertas do CEN, os inscritos poderão concelebrar nas missas de abertura e encerramento, desde que também apresentem o documento de identificação emitido pela CNBB ou diocese.

Voluntariado – Leigos e leigas residentes no território da arquidiocese de Olinda e Recife não só podem participar do CEN, como são convidados a servir no evento como voluntários. As fichas de inscrição para o voluntariado e para o coral já estão disponíveis no site oficial.

Os treinamentos e os ensaios serão realizados de maneira presencial meses antes do congresso. Por esse motivo as vagas para os serviços são restritas a moradores do território da arquidiocese pernambucana.

Simpósio Teológico

O CEN reúne milhares de pessoas para professar e dar testemunho público da fé no mistério eucarístico. O encontro também é uma oportunidade para aprofundar a Teologia da Eucaristia.

Nessa perspectiva, dentro da programação do congresso está prevista a realização do Simpósio Teológico, de 12 a 14 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A programação contará com conferências e oficinas que serão desenvolvidas a partir do Texto-base.

O subsídio é uma das ferramentas de preparação para o CEN, que nesta edição tem como tema “Pão em todas as mesas” e lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2,46).

Para participar do Simpósio Teológico, os interessados devem preencher o formulário eletrônico específico neste link. Para essa atividade, é cobrada uma taxa de R$108, que pode ser paga com cartões de crédito e débito ou boleto bancário. Os inscritos terão direito a certificado.

De acordo com a Comissão Central do Congresso, a partir do quantitativo de inscrições será possível preparar melhor o evento e garantir uma acolhida adequada a todos. Por isso, é importante que os interessados garantam as vagas o mais rápido possível.

“Caros irmãos, tenham a certeza de que a presença de vocês muito nos alegrará. A participação de cada um é importante para assegurarmos a comunhão entre as nossas Igrejas particulares do Brasil, ao redor da Eucaristia”, afirma o secretário-geral do 18° CEN, monsenhor José Albérico Bezerra.

Outras informações podem ser encontradas diretamente no site do CEN (aqui).

Fonte: CNBB

Cante o hino do 18º Congresso Eucarístico Nacional


Papa: pensar nas crianças que sofrem hoje com a guerra na Ucrânia

"Eles são como nós, como vocês: seis, sete, dez, quatorze anos e vocês têm um futuro pela frente, uma segurança social de crescer numa sociedade em paz. Em vez disso, esses pequenos, e até mesmo os pequeninos, precisam fugir das bombas", disse Francisco às crianças e adolescentes da Escola "La Zolla" de Milão.

No final do encontro com os estudantes e funcionários italianos da Escola "La Zolla" de Milão, na Basílica de São Pedro, na manhã desta quarta-feira (16/03), o Papa Francisco pediu a todos para pensar nos "muitos meninos, meninas e adolescentes que estão em guerra, que sofrem hoje na Ucrânia".

Eles são como nós, como vocês: seis, sete, dez, quatorze anos e vocês têm um futuro pela frente, uma segurança social de crescer numa sociedade em paz. Em vez disso, esses pequenos, e até mesmo os pequeninos, precisam fugir das bombas. Estão sofrendo, muitos. Com o frio que faz ali... Pensemos. Cada um de nós pense nessas crianças, nesses meninos, nessas meninas. Hoje estão sofrendo, hoje, a três mil quilômetros daqui.

A seguir, o Papa convidou a todos a rezarem esta oração:

"Senhor Jesus, peço-lhe pelos meninos, meninas e adolescentes que estão vivendo sob as bombas, que veem esta guerra terrível, que não têm nada para comer, que devem fugir, deixando casa, tudo: Senhor Jesus, olhe para essas crianças, esses adolescentes: olhe para eles, proteja-os. Eles são vítimas da soberbia de nós adultos. Senhor Jesus, abençoe essas crianças e as proteja", concluiu Francisco, convidando a todos a rezar uma Ave-Maria.

Fonte: Papa: pensar nas crianças que sofrem hoje com a guerra na Ucrânia - Vatican News