Com celebração de Corpus Christi, Diocese inicia ano de oração rumo ao Jubileu 2025
Na tarde de ontem, dia 30, milhares de fiéis se uniram ao bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, e ao clero que atua na cidade, para a Solenidade de Corpus Christi que ocorreu no largo da Catedral Basílica Menor de São Bento.
Na ocasião, a Diocese abriu oficialmente o Ano da Oração em preparação ao Jubileu de 2025, cujo tema, “Peregrinos da Esperança”, foi escolhido pelo Papa Francisco.
Em vídeo, o arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Justino de Medeiros Silva, e Dom Ricardo Hoepers, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Episcopal, falaram sobre a importância da oração e da animação pastoral da Diocese de Marília rumo ao Ano Jubilar da redenção.
Após a cerimônia, uma procissão atravessou as principais ruas da cidade até o Santuário Nossa Senhora da Glória para a benção com o Santíssimo Sacramento.
Os fiéis doaram alimentos que serão revertidos às famílias carentes da cidade. A celebração contou com a organização das 19 paróquias de Marília e com o apoio da Prefeitura e da Câmara municipais, e da Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marilia (EMDURB).
Fotos: Érica Montilha | Diocese de Marília
Agentes de pastoral e clero têm cursos anual de Atualização Teológica Pastoral
Entre os dias 14 e 16 de maio, os padres da Diocese de Marília estiveram em Adamantina, na Casa Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, para o Curso Anual de Atualização Teológica Pastoral com a assessoria do Professor Adalto Chitolina.
Conhecido em território nacional e com experiência na área psicológica e espiritual, o professor também conduziu, no final de semana, em dois momentos, a edição do Curso de Atualização para os diáconos permanentes, religiosos e agentes de pastoral.
No sábado, dia 18, a Atualização Teológica Pastoral ocorreu para as lideranças das regiões pastorais II e III. A iniciativa, que aconteceu no Santuário Diocesano São José, em Osvaldo Cruz, reuniu 15 representantes de cada paróquia.
Os agentes de pastoral da Região Pastoral I, também juntamente com os religiosos e diáconos permanentes, fizeram o Curso de Atualização em Marília, dia 19, no Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia Rainha dos Apóstolos. Neste dia, cada paróquia enviou sete leigos para o momento formativo.
O Curso Anual, realizado para os presbíteros, diáconos, religiosos e lideranças pastorais, foi organizado pelo Centro Diocesano de Pastoral (CDP).
Fotos: Amanda Felix I Pascom Santa Rita de Marília (Região I)
Roberta Bernardinelli I Pascom Sagrada Família de Lucélia (Regiões II e III)
CNBB LANÇA CAMPANHA “É TEMPO DE CUIDAR DO RS” COM AÇÕES DE ORAÇÃO, SOLIDARIEDADE E INFORMAÇÃO
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança a campanha “É Tempo de Cuidar do Rio Grande do Sul”, com iniciativas de oração, solidariedade e informação da Igreja no Brasil (CNBB) pelo povo do RS.
A identidade visual resgata a campanha “É tempo de cuidar”, que aconteceu durante a pandemia de Covid-19 e tornou-se um grande momento de envolvimento da Igreja no Brasil na oração e na solidariedade. Agora leva as cores do Rio Grande do Sul. O desenho de uma pessoa com o coração representa um coração que é sempre repleto da caridade de Cristo.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, no vídeo, abaixo, apresenta a Campanha e faz um apelo para a Igreja no Brasil se unir no cuidado ao Rio Grande do Sul.
Veja o vídeo na íntegra:
Eixos da Campanha
Oração – Este eixo buscará incentivar e promover momentos permanentes de oração na CNBB e na Igreja no Brasil na intenção do irmãos e irmãs que vivem no Rio Grande do Sul, compreendendo que a oração é sustento espiritual. A campanha vai estimular as pessoas a compartilharem suas inciativas de oração por meio da hashtag #EuRezoPeloRS.
Solidariedade – Neste eixo, a Campanha buscará incentivar gestos concretos de solidariedade como a doação para o PIX do Sul 3 da CNBB e também a divulgação do AJUDARS uma importante ferramenta construída pelas Igrejas do Sul que canalizam e ajudam a integrar as diferentes formas de cooperação e solidariedade do Brasil e no sul do país.
Informação – O eixo da informação buscará produzir e organizar conteúdos e informações corretas, com base na visão de parceiros locais que estão vivendo a realidade de perto; A informação, neste momento, é importantíssima para ajudar a perceber o que está sendo feito e o que pode ser feito para atenuar o sofrimento e a dor dos irmãos e irmãs do RS. É objetivo da campanha também dar visibilidade para as boas práticas e inciativas em curso pela Igreja no Brasil.
Conteúdos para diferentes plataformas
A Assessoria de Comunicação da CNBB está coordenando as ações da Campanha junto a um grupo de comunicadores do Brasil, incluindo a Comissão Episcopal para Comunicação e os 19 regionais da CNBB, a Signis Brasil, a Pascom Brasil e arquidioceses e dioceses com vistas à produção de conteúdos voltados para as televisões e rádios de inspiração católica e redes sociais. O conteúdo será publicado no hot site da Campanha: É tempo de cuidar do RS – CNBB
De acordo com o Assessor de Comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues, a campanha deseja ser coração e mãos solidárias para com a população do Rio Grande do Sul neste tempo de inimagináveis desafios. “Como CNBB queremos apresentar esta campanha, que está baseada num tripé: oração e solidariedade, informação e esperança”.
Padre Arnaldo reforça que a oração e a solidariedade significam duas ações que estão intimamente ligadas (“A fé sem obras é morta” (Tg 2, 17). O segundo item, reflete, faz pensar que existem muitos pontos de informações, e em alguns lugares elas podem dispersar, diluir ou causar insegurança para os que querem colaborar a distância.
Deste modo, por meio da CNBB, uma instituição de credibilidade, o Assessor de Comunicação da Conferência explica que a Campanha quer ser um ponto de referência, unindo informações de diversos lugares do RS, especialmente do Regional Sul 3, para compartilhar com os que procuram
“A esperança significa todo esse caminho de sustento psicológico e espiritual. Devemos ajudar a população do RS com iniciativas e mensagens de esperança e ânimo e com todas as iniciativas que precisam manter-se vivas, pois temos muito ainda por fazer”, motiva padre Arnaldo.
O hot site organizado pela ASCOM CNBB se propõe a ser uma ferramenta de integração e divulgação da campanha na crença de que a oração, a solidariedade e a informação corretas possam gerar Esperança para quem, neste momento, encontra-se marcado pela dor e desalento.
Como doar?
“A Esperança não decepciona”, é o título da bula de proclamação do Jubileu 2025 entregue às Igrejas dos 5 continentes
É a esperança que o Papa invoca como dom no Jubileu 2025 para um mundo marcado pelo conflito de armas, morte, destruição, ódio contra o próximo, fome, “dívida ecológica” e baixa taxa de natalidade. A esperança é o bálsamo que Francisco quer derramar sobre as feridas de uma humanidade oprimida pela “brutalidade da violência” ou que se encontra nas garras de um crescimento exponencial da pobreza.
“Spes non confundit“, a esperança não decepciona, é o título da Bula de proclamação do Jubileu Ordinário entregue na tarde de hoje, 9 de maio, pelo Papa às Igrejas dos cinco continentes durante as primeiras Vésperas da Solenidade da Ascensão. A Bula, dividida em 25 pontos, contém súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, dos doentes, dos idosos, dos pobres, dos jovens, e anuncia as novidades de um Ano Santo que terá como tema “Peregrinos de esperança”.
Uma data comum para a Páscoa
No documento, o Papa Francisco recorda dois importantes aniversários: a celebração em 2033 dos dois mil anos da Redenção e os 1700 anos do primeiro grande Concílio Ecumênico de Nicéia, que entre outros temas tratou também da definição da data da Páscoa. Ainda hoje, “posições diferentes” impedem a celebração no mesmo dia do “o evento fundante da fé”, ressalta, lembrando que, no entanto, “por uma circunstância providencial, isso acontecerá precisamente no ano de 2025” (17).
“Seja isto um apelo a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente para darem resolutamente um passo rumo à unidade em torno duma data comum para a Páscoa.”
A abertura da Porta Santa
Em meio a essas “grandes etapas”, o Papa estabelece que a Porta Santa da Basílica de São Pedro será aberta em 24 de dezembro de 2024. No domingo seguinte, 29 de dezembro, o Pontífice abrirá a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão; em 1º de janeiro de 2025, Solenidade de Maria Mãe de Deus, a de Santa Maria Maior e, em 5 de janeiro, a Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros. As três Portas serão fechadas no domingo, 28 de dezembro do mesmo ano. O Jubileu terminará com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro em 6 de janeiro de 2026.
Sinais dos tempos
Francisco espera que “o primeiro sinal de esperança” do Jubileu “se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”.
“Esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência. Faltará ainda a esses povos algo que não tenham já sofrido? Como é possível que o seu desesperado grito de ajuda não impulsione os responsáveis das Nações a querer pôr fim aos demasiados conflitos regionais, cientes das consequências que daí podem derivar a nível mundial? Será excessivo sonhar que as armas se calem e deixem de difundir destruição e morte?”
Apelo em favor da natalidade
Com preocupação, o Papa Francisco observa a “queda na taxa de natalidade” que está sendo registrada em vários países e por vários motivos: “dos ritmos frenéticos de vida”, “dos receios face ao futuro”, “da falta de garantias de emprego e de adequada proteção social” e “de modelos sociais ditados mais pela procura do lucro do que pelo cuidado das relações humanas”. Para o Pontífice, há uma “necessidade urgente” de “apoio convicto” dos fiéis e da sociedade civil ao “desejo” dos jovens de gerar novas crianças, para que o futuro possa ser “marcado pelo sorriso de tantos meninos e meninas que, em muitas partes do mundo, venham encher os demasiados berços vazios”.
Para os presidiários, respeito e condições dignas
Na sequência, Francisco pede “sinais tangíveis de esperança” para os presos. Propõe aos governos “formas de amnistia ou de perdão da pena”, bem como “percursos de reinserção na comunidade”. Acima de tudo, o Papa pede “condições dignas para quem está recluso, respeito pelos direitos humanos e sobretudo a abolição da pena de morte”. (10) Para oferecer aos prisioneiros um sinal concreto de proximidade, o próprio Pontífice abrirá uma Porta Santa em uma prisão.
Esperança para os doentes e incentivo para os jovens
Sinais de esperança também devem ser oferecidos aos doentes, que se encontram em casa ou no hospital: “O cuidado para com eles é um hino à dignidade humana”. (11) A esperança também é necessária para os jovens que, com tanta frequência, “veem desmoronar-se os seus sonhos”.
“A ilusão das drogas, o risco da transgressão e a busca do efêmero criam nos jovens, mais do que nos outros, confusão e escondem-lhes a beleza e o sentido da vida, fazendo-os escorregar para abismos escuros e impelindo-os a gestos autodestrutivos.” (12)
Sinais de esperança em relação aos migrantes
Mais uma vez o Papa pede que as expectativas dos migrantes “não sejam frustradas por preconceitos e isolamentos”.
“A tantos exilados, deslocados e refugiados que, por acontecimentos internacionais controversos, são forçados a fugir para evitar guerras, violência e discriminação, sejam garantidos a segurança e o acesso ao trabalho e à instrução, instrumentos necessários para a sua inserção no novo contexto social.” (13)
O número de pobres no mundo é escandaloso
Francisco não se esquece, na Bula, dos muitos idosos que “experimentam a solidão e o sentimento de abandono” (14). Também não se esquece dos “bilhões” de pobres que “falta o necessário para viver” e “sofrem a exclusão e a indiferença de muitos”. “É escandaloso”, de acordo com Francisco, que os pobres constituam a maioria da população de um mundo “dotado de enormes recursos destinados em grande parte para armas”. (15) Em seguida, pede ” que seja generoso quem possui riquezas”, e renova seu apelo para a criação de “um Fundo Global para acabar de vez com a fome” com o dinheiro proveniente de gastos militares. (16)
O perdão das dívidas dos países pobres
Outro convite sincero é dirigido às nações mais ricas para que “reconheçam a gravidade de muitas decisões tomadas e estabeleçam o perdão das dívidas dos países que nunca poderão pagá-las”. “É uma questão de justiça”, escreve o Papa Francisco, “agravada hoje por uma nova forma de desigualdade”, como a “dívida ecológica”, especialmente entre o Norte e o Sul.
O testemunho dos mártires
Na Bula do Jubileu, o Papa convida a olhar para o testemunho dos mártires, pertencentes às diversas tradições cristãs, e expressa o desejo de que durante o Ano Santo esteja presente o aspecto ecumênico. “Estes mártires, pertencentes às diferentes tradições cristãs, são também sementes de unidade, porque exprimem o ecumenismo do sangue. Durante o Jubileu desejo ardentemente que não falte uma celebração ecumênica para evidenciar a riqueza do testemunho destes Mártires.”
A importância da Confissão
Francisco também se refere ao sacramento da Penitência e anuncia a continuação do serviço dos Missionários da Misericórdia, estabelecido durante o Jubileu extraordinário. Aos bispos, pede que os enviem a lugares onde “a esperança está posta a dura prova, como nas prisões, nos hospitais e nos lugares onde a dignidade da pessoa é espezinhada, nas situações mais desfavorecidas e nos contextos de maior degradação, para que ninguém fique privado da possibilidade de receber o perdão e a consolação de Deus”. (23)
O convite às Igrejas Orientais e aos ortodoxos
O Papa dirige “um convite especial” aos fiéis das Igrejas Orientais que “tanto sofreram, muitas vezes até à morte, pela sua fidelidade a Cristo e à Igreja”. Esses irmãos devem se sentir “particularmente bem-vindos a Roma, que também é Mãe para eles e conserva tantas memórias da sua presença”. O acolhimento também para os irmãos e irmãs ortodoxos que já estão vivendo “a peregrinação da Via-Sacra, sendo muitas vezes obrigados a deixar as suas terras de origem, as suas terras santas, donde a violência e a instabilidade os expulsam rumo a países mais seguros”.
Oração nos santuários marianos
Francisco também convida os “peregrinos que vierem a Roma” a rezar nos santuários marianos da cidade para invocar a proteção de Maria, de modo a “experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos”.
Fonte: CNBB
Papa Francisco envia, por meio da Esmolaria Apostólica, 100 mil euros para os atingidos pelas enchentes no RS
“Fomos informados através da Nunciatura Apostólica de que o Santo Padre destinou um valor substancial, através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados. Este valor foi em torno de 100 mil euros e será repassado para o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o regional que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível.” Essas são as palavras de dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta quinta-feira, 09 de maio, ao Vatican News.
A preocupação do Papa Francisco
Ao final do Regina Caeli do último domingo (05/05), o Pontífice já havia manifestado sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul:
“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas.”
Proximidade que se transformou em uma ajuda concreta, conforme confirmado por dom Jaime Spengler. O valor doado pelo Papa Francisco, na moeda local do Brasil, ultrapassa os 500 mil reais, recurso que será gerido pelo Regional da CNBB Sul 3 e que será de grande ajuda ao povo gaúcho.
Os últimos dados
Em todo o estado, 425 municípios foram atingidos, com 107 mortes confirmadas até a manhã desta quinta-feira (09/05), além de 136 desaparecidos, 374 feridos, 164.583 desalojados e 67.542 pessoas em abrigos, 1.476.170 de atingidos. Esses números, que estão em constante atualização, refletem as inundações sem precedentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em meio a novos episódios de chuvas intensas e previsões de ventos fortes, juntamente com a chegada do frio. O Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, inundado pelas águas, permanece fechado até o dia 30 de maio.
O trabalho extraordinário de tantos voluntários
Dom Jaime relata que em Porto Alegre, capital do estado, “o nível das águas quase não baixou, e nas áreas baixas da cidade, as inundações continuam a subir”. No entanto, a solidariedade das pessoas tem sido de grande ajuda:
“Visitei vários locais onde os desabrigados estão sendo acolhidos, e é verdadeiramente um trabalho extraordinário realizado por tantos voluntários, juntamente com as nossas comunidades. É um trabalho muito bonito.”
O arcebispo descreve também que “na parte sul do estado, na região de Pelotas e Rio Grande, quase na fronteira com o Uruguai, estão enfrentando as consequências das águas que estão chegando àquela região”. Lá, eles tiveram tempo para se preparar para isso, completa o presidente da CNBB, “então, de alguma forma pode-se dizer que eles estão numa situação um pouco melhor, mas choveu muito naquela região, e isso certamente contribuirá para o sofrimento ainda maior daquela população”.
Fonte: CNBB
Três Comissões da CNBB se juntam para lançar um site para dar maior visibilidade às ações e pastorais sociais da Igreja no Brasil
Três Comissões da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – Ação Sociotransformadora, Enfrentamento ao Tráfico Humano e Ecologia Integral e Mineração – se juntaram, inspiradas pela provocação do Papa Francisco de não ter medo de se fazer cidadãos do ambiente digital, e lançaram um site (cepastcnbb.org.br) no qual divulgarão suas ações e iniciativas pastorais.
A motivação, explicaram os coordenadores da iniciativa, veio do Papa que está insistindo que é necessário e importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar e levar ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos.
Sonho antigo
O assessor para a Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora, Frei Olavo Dotto, explica que o site é um sonho antigo da Comissão para dar mais visibilidade às Pastorais Sociais. Frei Dotto fala também que a Comissão optou por incluir a ação de outras duas comissões que surgiram no âmbito da ação sociotransformadora da CNBB. “O nosso objetivo é visualizar e mostrar o trabalho integrado entre estas três comissões que atuam no âmbito da ação sociotransformadora da CNBB”, disse.
Além de visibilizar as ações, o assessor diz que o objetivo é mostrar o trabalho integrado entre estas três comissões na perspectiva da sinodalidade. “Esperamos também, cada vez mais, o engajamento da Igreja na defesa de povos e comunidades em situação de vulnerabilidade social, mostrando sempre este rosto profético, misericordioso e samaritano da Igreja”, disse.
O que o site vai mostrar?
No site, será possível encontrar notícias, o calendário de eventos e textos de articulistas das três Comissões da CNBB, bem como os canais de contato com cada uma delas. A partir do site também é possível identificar quais são as Pastorais Sociais da Igreja no Brasil com indicações de como acessar suas redes sociais. O site apresenta ainda um mapa do Brasil onde é possível identificar em quais locais as Comissões estão atuando.
Para acessar e conhecer o site:
cepastcnbb.org.br
Fonte: CNBB.
Cinzas, fraternidade e vocação
Amados irmãos e irmãs, logo mais, em 22 de fevereiro, iniciaremos juntos um novo tempo litúrgico na Igreja. Entraremos em um grande retiro espiritual, dando início ao Tempo da Quaresma, com a celebração de Cinzas. Este tempo nos ajudará na preparação da Páscoa do Senhor, por meio dos exercícios quaresmais da oração, do jejum e da caridade. Os exercícios quaresmais nos humanizam e abrem nossos corações à graça de Deus, que nos chama à conversão.
Nesta oportunidade, a Igreja no Brasil é chamada a olhar para tantas pessoas que passam fome, mediante a Campanha da Fraternidade (CF) 2023, cujo tema é “Fraternidade e fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). Ao ver a multidão cansada e faminta, Jesus desafia os discípulos a dar-lhe de comer. Que alegria quando vemos projetos de valorização da vida de crianças, adolescentes, jovens e idosos se multiplicando em nossa Diocese e em toda a Igreja! Também neste ano, com o tema “Vocação: graça e missão” e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (Lc 24,32-33), a Igreja no Brasil nos convida a celebrar o 3º Ano Vocacional. Neste ano, teremos uma excelente oportunidade para refletir e fortalecer a cultura vocacional que perpassa as dimensões pessoais e comunitárias de nossa vida cristã. Vamos celebrar o Ano Vocacional como testemunhas do Ressuscitado, que renova o dom da vocação e nos envia em missão.
Queremos caminhar, unidos à Igreja no Brasil e ao Papa Francisco, no caminho da sinodalidade. É o próprio Papa quem nos orienta: “Aquilo que o Senhor nos pede, de certo modo está já tudo contido na palavra ‘Sínodo’. Caminhar juntos – leigos, pastores, Bispo de Roma – é um conceito fácil de exprimir em palavras, mas não é assim fácil pô-lo em prática” (Discurso em comemoração do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos, 17/10/2015).
Que a Virgem Maria, Mãe das vocações, ajude-nos a fazer de nossa vida uma missão para despertar, animar e promover as vocações, caminhando lado a lado com os jovens que buscam um sentido para suas vidas e um lugar na construção do Reino de Deus. Neste ano pastoral, queremos celebrar os mistérios de Cristo, com o coração dócil e atento, imitando-O e repartindo o pão com os necessitados.
DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI
BISPO DIOCESANO
Novo tempo de esperança
Com o início do ano civil, logo nos primeiros dias de 2023, a liturgia da Igreja nos propõe um novo tempo litúrgico: o Tempo Comum!
Após celebrarmos a grande Festa do Natal, somos inseridos no cotidiano da vida terrena de Nosso Senhor para que Ele guie nossos passos e, com Ele e n’Ele, consigamos alcançar a vida de Deus.
Assim, o “comum” deste tempo litúrgico torna-se a oportunidade de nossa união com o Bom Deus. Caminhando com Jesus por meio de seus “encontros” narrados no Evangelho, vamos descobrindo que o extraordinário da graça do Pai ocorre no ordinário da nossa vida.
Quando nos esforçamos para viver bem nosso cotidiano, unindo nossas alegrias e esperanças à Ressurreição do Senhor, bem como nossas dores e frustrações à Cruz d’Ele, vamos nos configurando ao Deus que se fez um de nós e que quer nos conduzir a Ele, fazendo da liturgia da Igreja um meio eficaz que une a nossa humanidade à sua divindade!
Quanta graça, quanto bem, quanto amor podemos colher deste tempo litúrgico que nos presenteia com a união do comum da vida de Cristo ao comum de nossas vidas, levando-nos a desejar a extraordinária festa que no Céu nunca se acaba!
Caminhando com Cristo e fazendo-nos amigos d’Ele, desejo paz e um feliz 2023 aos leitores do Informativo NO MEIO DE NÓS e a todos diocesanos e diocesanas. “Juntos recomecemos a traçar sendas de paz”, como nos orienta o Papa Francisco. Por isso, trilhando o “comum” de nosso ano civil, configurando-o ao “Comum” do tempo litúrgico que nos indica a presença de Jesus em nosso meio, senti necessidade de me dirigir, de forma particular, aos padres que foram transferidos no final do ano passado e que, por esses dias, iniciam nova missão em diversas paróquias de nossa Diocese; e também aos fiéis que, no “comum” de suas comunidades, serão beneficiados com os frutos dos ministérios dos sacerdotes transferidos.
Nas mudanças, procurei respeitar o desejo de cada padre e tomar as decisões em clima de diálogo. Obrigado, padres, pelo sim generoso dado à evangelização. Fazendo de 2023 um novo tempo de esperança, peço aos senhores que exerçam um pastoreio fecundo junto ao povo fiel; como Bons Pastores que são, caminhem com as ovelhas para que elas compreendam, como sugere o Tempo Comum, um crescimento espiritual do Reino de Deus.
Ao mesmo passo, peço aos fiéis que tenham a sensibilidade de acolher com generosidade os padres que estão chegando na firme certeza que eles são, para vocês, a presença do Cristo que, encontrando-os na vida corriqueira, têm a missão de contribuir com a ação evangelizadora.
Em comunhão e oração, faço votos que façamos de 2023 um novo tempo de esperança. Bom ano pastoral a todos!
DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI
BISPO DIOCESANO
A Família, como vai?
Certo dia Jesus disse: “Cada árvore se reconhece pelo seu fruto” (Lc 6,44). Isto significa que, ao conhecer os filhos de alguém e observar a forma como se comportam, sabemos como é a família deles, especialmente os pais. Portanto, no encerramento da peregrinação das relíquias de Santa Teresinha pela Diocese de Marília, desejo falar de seus pais Zélia e Luís Martin. Não é um casal de super-heróis e nem viveram nas nuvens, mas formaram um casal comum, dentro dos padrões normais da sociedade, aberto ao diálogo e ao trabalho. Um casal que soube viver o Evangelho na realidade humana de alegria e de sofrimentos, fixando o olhar sempre em Deus.
Zélia e Luís souberam viver os valores evangélicos e foram o fermento de uma vida nova no meio da massa. Cada um veio de um lugar diferente, mas os caminhos do Senhor não são os nossos. Os dois pensavam, nas suas juventudes, em entregarem-se à vida religiosa, mas não foram aceitos, por motivos diferentes. Encontraram-se e foi um amor à primeira vista. No diálogo, na oração e na direção espiritual encontraram comunhão e descobriram que o matrimônio tem também, como finalidade, a mútua ajuda, e ajudar a Deus a ter mais filhos e filhas para amar.
Tiveram nove filhos, quatro morreram na infância e as cinco filhas que sobreviveram foram todas consagradas a Deus, quatro no Carmelo de Lisieux e uma Visitandina. Entre as carmelitas, a caçula, Santa Teresinha do Menino Jesus, foi um gênio da espiritualidade. Queria ser santa, mas, por sua fragilidade física e emocional, não se encontrava capaz de percorrer os antigos caminhos da santidade, feitos de penitência, de dons extraordinários, êxtases e de dons especiais. O que fazer? Teresinha não desanimou, mas descobriu um caminho novo, reto, universal, fácil, feito de amor e de abandono. Durante a vida da mãe Zélia, e depois de sua morte, Deus sempre foi, na família, o centro do amar e do agir. Este exemplo deve reavivar, em todos os casais, a força do amor e do diálogo. A educação integral dos filhos, educação espiritual, intelectual, está em primeiro lugar. O casal Matin educou pouco com palavras e muito com o exemplo.
Hoje em dia, sejam os psicólogos, como os sociólogos sérios, se dão conta de que muitas das realidades obscuras da sociedade, da criminalidade, do suicídio de jovens, do abandono dos velhos, e das crianças desestabilizadas, que se entregam às drogas, são frutos da ausência dos pais na família, dos divórcios, dos matrimônios que, por falta de amor e abnegação de si mesmos são alimentados pelo egoísmo e busca da própria felicidade. Devemos reagir, e para isso a Igreja realizou um Sínodo sobre a família em 1980, convocado pelo Papa São João Paulo II, que teve como fruto a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, em 1981.
Recentemente, o Papa Francisco convocou um novo sínodo sobre a família e nos deu como resultado um documento de esperança, de vida e de coragem, abrindo novos horizontes: Amoris Laetitia. Educar para Deus, para os outros, eis a grande missão da família. E Zélia e Luís foram educadores de verdade, no sentido mais pleno da palavra. Não educaram debaixo de uma redoma de vidro, mas para horizontes abertos e uma sadia vivência em sociedade. Educar para a vida e os seus valores, educar para sair do próprio egoísmo e estender a mão para vir em socorro dos pobres, dos últimos e, ao mesmo tempo, sentindo-se necessitados de ajuda.
São Luís e Santa Zélia roguem por nós, e ajudem a todos os casais a viver em plenitude o próprio matrimônio!
DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI
BISPO DIOCESANO
A Providência resolverá
“A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido” (Lc 12,48). Com essas palavras Jesus nos adverte contra todo tipo de negligência. Ser negligente é uma característica daquele ou daquela que é indolente, preguiçoso, indiferente, daquele ou daquela que se ausenta no momento de exercer suas obrigações.
No entanto, o remédio contra a negligência é indicado por São Paulo, na Carta aos Efésios, na qual ele reflete sobre sua própria vocação: meditar profundamente sobre a grandeza da própria vocação, maravilhar-se diante da generosidade de Deus, pensar não apenas nos deveres, mas sobretudo na misericórdia de Deus e viver na alegria do chamado.
Paulo, assim como tantos outros homens e mulheres, viveram e agiram como o “administrador fiel e prudente”, citado por Jesus no Evangelho. Entre eles está o Frei Moacir Chinelatto, OFMCAp, fundador da Pousada Bom Samaritano, em Dracena. Com certeza ele viveu a alegria da sua vocação! Compreendeu o grande amor com que Cristo o amou! Seu cuidado com as pessoas em situação de dependência alcoólica e química, até o ponto de realizar algo por elas e suas famílias, revela seu coração de administrador fiel e prudente. Juntamente com ele, neste mês, quero lembrar e rezar por todos os que estiveram associados ao seu trabalho, religiosos, leigos e leigas, desde a fundação da Pousada, em 1995, até a presente data. São 27 anos de amor e dedicação.
Outro administrador fiel e prudente foi Luis Orione (1872-1940), um dos maiores exemplos de santidade expressa na caridade. Em 1899, fundou a Pequena Obra da Divina Providência, religiosos empenhados na caridade e em pregar o Evangelho. Quando se tornou sacerdote adotou o lema: “A Providência resolverá”. O zelo missionário de Luis Orione se manifestou com o envio de missionários ao Brasil em 1913. Luís Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até o Chile.
Em 1940, atacado por várias doenças de coração, foi forçado pelos médicos e confrades a se retirar para San Remo. Foi para lá protestando: “Não é entre palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo”. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de março, sussurrando as palavras: “Jesus! Jesus! Estou indo”. São Luís Orione, um autêntico missionário, foi canonizado em 2004, pelo Papa São João Paulo II. Por meio de tão grande testemunho, a partir deste mês, a obra iniciada por Frei Moacir e seus colaboradores, continua sua missão pelas mãos dos filhos de São Luís Orione. Nossa Diocese, que completa 70 anos de sua criação, recebe os orionitas com grande alegria. Sejam bem-vindos!
DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI
BISPO DIOCESANO






































