Tempo aberto: Cáritas brasileira lança série de podcasts do programa resposta emergencial Bahia e Minas Gerais
A Cáritas Brasileira lançou o ‘Tempo Aberto’, uma série de podcast do programa Resposta Emergencial Bahia e Minas Gerais com 10 episódios. A produção é voltada às famílias atingidas pelos efeitos das fortes chuvas do final de 2021 na Bahia e em Minas Gerais que causaram enchentes, inundações e deslizamentos de terra. A tragédia devastou diversas cidades e povoados no final de 2021 e afetou mais de 1 milhão de pessoas.
A série aborda temas como:
- mudanças climáticas
- prevenção contra doenças causadas por contato com a água de enchentes e inundações
- atenção psicossocial nas situações de desastre
- proteção de PCDs
- pessoas idosas
- diálogo inter-religioso
- combate à violência e exploração sexual infantil e à violência baseada em gênero
- segurança alimentar e nutricional
- organização da economia familiar
- divisão justa do trabalho doméstico
O lançamento foi com episódio Mudanças Climáticas, que explica como as tragédias ambientais, a exemplo das enchentes, inundações e deslizamentos de terra estão ligadas diretamente às ações humanas. Já o segundo episódio do podcast aborda a Prevenção contra doenças causadas por enchentes.
As consequências das fortes chuvas afetaram na Bahia, 166 municípios que decretaram estado de emergência. Em Minas Gerais, esse número chegou a 449. Segundo a Defesa Civil, um total de 156.836 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. Em decorrência dos efeitos das fortes chuvas, 56 pessoas perderam a vida: 26 na Bahia e 30 em Minas Gerais.
Acesse a série completa: https://spoti.fi/3z47Wb7
Resposta Emergencial
Durante seis meses, o programa Resposta Emergencial Bahia e Minas Gerais buscou atender às necessidades emergentes das famílias afetadas pelas consequências das fortes chuvas nos municípios de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, Itamaraju, Jucuruçu e Dário Meira, na Bahia, e Palmópolis e Rio do Prado, em Minas Gerais.
Ao todo foram mais de 24.000 pessoas beneficiadas com a distribuição de cartões multipropósito – no valor de R$ 3.000 cada – e de kits de limpeza e de higiene familiar e infantil.
Com informações da Cáritas Brasileira
Representantes da Jornada Mundial da Juventude 2023 virão ao Brasil mobilizar os jovens para o evento em Portugal
Uma comitiva de cinco pessoas de Portugal, presidida pelo bispo auxiliar de Lisboa, dom Américo Aguiar, percorrerá o Brasil de 26 de agosto a 12 de setembro deste ano com o intuito de mobilizar os jovens brasileiros e a Igreja no Brasil para participação na Jornada Mundial da Juventude(JMJ) 2023. A primeira parada do grupo, segundo dom Américo, é São Paulo, onde chegam no dia 26 de agosto.
A XXXIII Jornada Mundial da Juventude será realizada na cidade de Lisboa, em Portugal, entre os dias 1º e 6 de agosto de 2023, e foi anunciada pelo Papa Francisco em 27 de janeiro de 2019, ao final da missa que assinalou o final da XXXII Jornada Mundial da Juventude, no Panamá. “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39) é a citação bíblica escolhida pelo Papa Francisco como lema da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá, pela primeira vez, em Lisboa, capital de Portugal.
A comitiva da JMJ 2023 estará com um estande na etapa presencial da 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, de 29 de agosto a 2 de setembro, em Aparecida (SP).
Todos os membros da comitiva integram o Comitê Organizador Local da JMJ 2023. O objetivo, segundo dom Américo Aguiar, que também preside a Fundação da JMJ 2023, é cativar os bispos brasileiros a viver a experiência da Jornada Mundial da Juventude em Portugal.
Itinerário no Brasil
Após a assembleia da CNBB, os membros do Comitê Organizador Local e o presidente da Fundação da JMJ 2023 vão visitar Brasília, Rio de Janeiro, Belém, Bahia e Fortaleza com o intuito de fortalecer a participação do país na Jornada Mundial da Juventude. Eles encontrarão com lideranças juvenis para ouvir as dúvidas e também apresentar as propostas sobre o que esperam da juventude brasileira na JMJ. A organização da logística da viagem está contando com o apoio da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB.
A assessora da Comissão para a Juventude da CNBB, irmã Valéria Leal, disse que o Brasil aguarda com muita alegria esta Comitiva da JMJ 2023 e que, com o mesmo espírito, o país está organizando a logística de visita aos estados brasileiros. “Infelizmente, a Comissão não tem condições de percorrer o Brasil de Norte a Sul, mas queremos que os representantes da Jornada Mundial se encontrem com lideranças jovens nas capitais, sintam um pouquinho da alegria da juventude católica do país e compartilhem a alegria de vivenciar esta Jornada Mundial da Juventude”, disse.
Fonte: https://www.cnbb.org.br/representantes-da-jornada-mundial-da-juventude-2023-virao-ao-brasil/
No Canadá, papa Francisco pede perdão aos povos indígenas por atitudes cristãs incompatíveis com o Evangelho
O Papa Francisco fez do seu primeiro discurso em terras canadenses na segunda-feira, 25 de julho, no encontro com os povos indígenas das Primeiras Nações, Métis e Inuítes, em Maskwacis, área localizada na região central de Alberta, a cerca de 70 km ao sul da cidade de Edmonton, um ato penitencial.
Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que aguardava o momento de estar ali junto com os indígenas. “Quero iniciar daqui, deste lugar tristemente evocativo, o que tenho em mente de fazer: uma peregrinação penitencial. Chego às vossas terras nativas para vos expressar, pessoalmente, o meu pesar, implorar de Deus perdão, cura e reconciliação, manifestar-vos a minha proximidade, rezar convosco e por vós”, disse Francisco.
Encontros realizados no Vaticano
A seguir, o Papa recordou os encontros realizados há quatro meses, em Roma. “Naquela altura, foram-me entregues dois pares de mocassins, sinal das tribulações sofridas pelas crianças indígenas, particularmente por aquelas que, infelizmente, não mais regressaram a casa das escolas residenciais. Pediram-me para restituir os mocassins quando chegasse ao Canadá; o farei no final destas palavras, inspiradas precisamente neste símbolo que foi reavivando em mim, nos meses passados, o pesar, a indignação e a vergonha. A recordação daqueles meninos infunde consternação e incita a agir para que toda a criança seja tratada com amor, veneração e respeito. Mas estes mocassins falam-nos também dum caminho, dum percurso que desejamos fazer juntos. Caminhar juntos, rezar juntos, trabalhar juntos, para que os sofrimentos do passado deem lugar a um futuro de justiça, cura e reconciliação.”
As políticas de assimilação foram devastadoras
“Repenso o drama sofrido por muitos de vós, pelas vossas famílias, pelas vossas comunidades; repenso o que partilhastes comigo sobre as tribulações sofridas nas escolas residenciais. Mas é justo fazer memória, porque o esquecimento leva à indiferença e, como já foi dito, “o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença (…), o contrário da vida não é a morte, mas a indiferença face à vida ou à morte”. Fazer memória das experiências devastadoras que aconteceram nas escolas residenciais impressiona, indigna e entristece, mas é necessário”, disse ainda o Papa.
É necessário recordar como as políticas de assimilação e alforria, que incluíam o sistema das escolas residenciais, foram devastadoras para as pessoas destas terras. Quando os colonizadores europeus chegaram aqui pela primeira vez, eles se depararam com a grande oportunidade de desenvolver um encontro fecundo entre culturas, tradições e espiritualidades. Mas isso, em grande parte, não aconteceu. E voltam-me à mente os vossos relatos: de como as políticas de assimilação acabaram por marginalizar sistematicamente os povos indígenas; de como as vossas línguas e culturas, também através do sistema das escolas residenciais, foram denegridas e suprimidas; de como as crianças foram submetidas a abusos físicos e verbais, psicológicos e espirituais; de como foram levadas de suas casas quando eram pequeninas e de como isso afetou indelevelmente a relação entre os pais e os filhos, os avós e os netos.
Perdão pela mentalidade colonizadora
A seguir, o Papa agradeceu por terem “feito entrar no coração tudo isto, por terdes mostrado os fardos pesados que carregais no vosso íntimo, por terdes partilhado comigo esta memória sanguinolenta. Encontro-me hoje nesta terra que, junto com uma memória antiga, guarda as cicatrizes de feridas ainda abertas”.
Estou aqui, porque o primeiro passo desta peregrinação penitencial no meio de vós é o de vos renovar o pedido de perdão e dizer com todo o coração que o deploro profundamente: peço perdão pelas formas em que muitos cristãos, infelizmente, apoiaram a mentalidade colonizadora das potências que oprimiram os povos indígenas.
“Sinto pesar. Peço perdão, em particular pelas formas em que muitos membros da Igreja e das comunidades religiosas cooperaram, inclusive através da indiferença, naqueles projetos de destruição cultural e assimilação forçada dos governos de então, que culminaram no sistema das escolas residenciais.”
A seguir o Papa disse que, “embora estivesse presente a caridade cristã e tivesse havido não poucos casos exemplares de dedicação às crianças, as consequências globais das políticas ligadas às escolas residenciais foram catastróficas. A fé cristã nos diz que se tratou dum erro devastador, incompatível com o Evangelho de Jesus Cristo. Perante este mal que indigna, a Igreja ajoelha-se diante de Deus e implora o perdão para os pecados dos seus filhos. Desejo reiterá-lo claramente e com vergonha: peço humildemente perdão pelo mal cometido por tantos cristãos contra as populações indígenas”.

O programa da viagem apostólica ao Canadá
Numerosos encontros com povos indígenas, incluindo ex-alunos das escolas residenciais e os fiéis que participam da sugestiva peregrinação ao Lago de Santa Ana, marcam esta 37ª Viagem Apostólica de Francisco. O Papa tem etapas em Edmonton, Maskwacis, Quebec, Iqaluit, onde profere 4 discursos, 4 homilias, e uma saudação. Uma agenda cheia de compromissos, com muitos espaços entre eles para permitir ao Pontífice momentos de descanso. Continue acompanhando a peregrinação penitencial do Papa no Canadá.
Terça-feira, 26 de julho de 2022
EDMONTON – LAC STE. ANNE – EDMONTON
10h15 SANTA MISSA junto ao “Commonwealth Stadium” em Edmonton
17h PARTICIPAÇÃO AO “LAC STE. ANNE PILGRIMAGE” E LITURGIA DA PALAVRA – “Lac Ste. Anne”
Quarta-feira, 27 de julho de 2022
EDMONTON – QUÉBEC
9h Partida do Aeroporto Internacional de Edmonton para Québec
15h05 Chegada ao Aeroporto Internacional de Québec
15h40 CERIMÔNIA DE BOAS-VINDAS na Residência do Governador Geral, “Citadelle de Québec”
16h VISITA DE CORTESIA AO GOVERNADOR GERAL na “Citadelle de Québec”
16h20 ENCONTRO COM O PRIMEIRO MINISTRO na “Citadelle de Québec”
16h45 ENCONTRO COM AS AUTORIDADES CIVIS, COM OS REPRESENTANTES DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS E COM O CORPO DIPLOMÁTICO na “Citadelle de Québec”
Quinta-feira, 28 de julho de 2022
QUÉBEC
10h SANTA MISSA no Santuário Nacional de Sainte Anne de Beaupré
17h15 VÉSPERAS COM OS BISPOS, OS SACERDOTES, OS DIÁCONOS, OS CONSAGRADOS, OS SEMINARISTAS E OS AGENTES DA PASTORAL na Catedral de Notre Dame em Québec
Sexta-feira, 29 de julho de 2022
QUÉBEC – IQALUIT – ROMA
9h ENCONTRO PRIVADO COM OS MEMBROS DA COMPANHIA DE JESUS no Arcebispado de Québec
10h45 ENCONTRO COM UMA DELEGAÇÃO DE INDÍGENAS PRESENTES EM QUÉBEC no Arcebispado de Québec
12h45 Partida do Aeroporto Internacional de Québec para Iqaluit
15h50 Chegada ao Aeroporto de Iqaluit
16h15 ENCONTRO PRIVADO COM ALGUNS ALUNOS DAS EX-ESCOLAS RESIDENCIAIS na escola de ensino fundamental em Iqaluit
17h ENCONTRO COM OS JOVENS E OS IDOSOS na praça da escola de ensino fundamental em Iqaluit
18h15 CERIMÔNIA DE DESPEDIDA no Aeroporto de Iqaluit
18h45 Partida do Aeroporto de Iqaluit para Roma
Sábado, 30 de julho de 2022
ROMA
7:50
Chegada ao Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino
Fuso horário:
Roma +2h UTC
Edmonton – 8h UTC
Québec – 4h UTC
Iqaluit – 4h UTC
Com informações do VaticanNews
Animação bíblica da pastoral é temática do primeiro dia de seminário nacional
O primeiro dia do Seminário Nacional de Animação Bíblica da Pastoral (ABP), promovido pela Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, aconteceu na segunda-feira, 25, e abordou a temática “A Animação Bíblica da Pastoral”. A saudação aos participantes foi feita pelo presidente da Comissão, dom José Antônio Peruzzo.
Na ocasião, dom Peruzzo salientou o quanto a Palavra de Deus move e comove sensibilidades, pessoas e discípulos. “Faço votos que esse dias de estudos sejam também dias de intimidade com a Palavra, sejam também dias de experiências comunitárias, de partilhas, de esperanças, de descobertas das ternuras de Deus que se tornaram letra na Sagrada Escritura”, disse dom Peruzzo.
“Que esses dias de estudos sejam também traços de santidade de discípulos que querem se deixar ensinar por seu Senhor”, finalizou.
Na sequência, o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e referencial da Animação Bíblico-Catequética no regional Leste 2, dom Joel Maria dos Santos, realizou um momento de oração/espiritualidade com os participantes.
Em seguida, o padre Décio Walker falou sobre o que é a Animação Bíblica da Pastoral (ABP). E a Mariana Venâncio, assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, abordou a temática sobre os círculos bíblicos e as experiências contemporâneas.
Acompanhe o Seminário na íntegra em:
Programação dos dias 26 e 27 de julho
No segundo dia, 26 de julho, a temática será a ABP e o Mês da Bíblia 2022. Neste dia serão aprofundados o “ensinamento da Lei em Josué a formação bíblica hoje”, além da temática da “hospitalidade da Terra e as hospitalidades de hoje”, com o professor Altamir Andrade.
Já no último dia, 27 de julho, serão aprofundadas as temáticas do “Cerco de Jericó: diversidade de abordagens do texto bíblico no cenário atual”, com a professora Patrícia Zaganin e “As guerras pela reconquista da Terra Prometida: como compreender hoje?”, com o professor Ildo Perondi.
Em 2º dia do Seminário “CNBB 70 Anos”, ministra Cármen lúcia, do STF, defende o estado democrático de direito no país
A ‘CNBB e a construção da democracia’ foi a temática refletida no segundo dia do ‘Seminário CNBB 70 anos: comunhão, participação e missão’, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por meio do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ). Compuseram a mesa do evento on-line no segundo dia do evento, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha e o doutor em Teologia e professor da Faculdade Jesuíta, em Belo Horizonte (MG), padre Manoel Godoy.
A abertura foi feita pelo doutor em Direito e professor da Universidade de Brasília (UnB), Jose Geraldo de Sousa Junior. Ele destacou os horizontes de um momento histórico, além das experiências e as alianças que a CNBB fez ao longo do período, em nome do Povo de Deus.
A ministra do STF, Cármen Lúcia Antunes Rocha, foi a primeira expositora do dia. Em sua fala, agradeceu como cidadã brasileira a participação e destacou que “os tempos necessitam dar sentido, no presente, aos princípios na realidade que estamos vivendo. Em tempos em que a fome retornou, drama humano pessoal e social. Estamos em um momento em que precisamos preservar a democracia”, disse.
A magistrada deu ênfase, em sua abordagem, aos princípios que asseguram o Estado Democrático de Direito, especialmente em sua efetivação constitucional e na garantia de direitos: “Não basta falar em igualdade. Não há apenas um conjunto de princípios constitucionais. Constituição é lei. E lei é para ser cumprida”, ressaltou. A ministra fez referência ao papel educativo que a CNBB vem exercendo nos processos eleitorais, com a publicação de cartilhas como “Cartilha de Orientação Política 2022”, publicada pelo Regional Sul 2 da CNBB.
Diretrizes da Evangelização no Brasil
O professor doutor padre Manoel Godoy foi o segundo palestrante do dia. Ele falou sobre a transição das Diretrizes Gerais da ação Pastoral 1975-1978 para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023.
“Na temática da evangelização não houve rupturas, mas um novo contexto que serviu de pretexto”, disse
De acordo com o professor, como fonte geradora, havia o Plano Pastoral de Conjunto em 1975, da contribuição do padre Raimundo Caramuru e o Chico Whitaker, ajudando na estruturação do plano, com destaque à relação com a Guadium et Spes como relação entre fé e a ação transformadora na sociedade. Em 1995, no papado de São João Paulo II e das demandas da sociedade brasileira, com uma ação mais aberta para a sociedade, na busca de uma terminologia que correspondesse a uma ação mais ativa, surgiram segundo ele, um novo empenho da Igreja na ação evangelizadora que adota 3 desafios: O secularismo, a pobreza e o pluralismo religioso.
Padre Manoel Godoy destacou também que no DNA da CNBB há uma permanente relação entre Igreja e Sociedade e o respeito pelo Estado Laico. “A evangelização cresce no coração da Igreja após o Evangelli Nuntiandi, de São Paulo VI, e a Redemptoris Missio, de São João Paulo II. Perspectiva de 5 pontos nas exigências da evangelização a partir da ideia de inculturação. Destacou 4 pontos finais: variedade e complementariedade, autonomia, subsidiariedade, participação responsável”.
Além das considerações dos participantes, houve ainda um breve relato testemunhal do membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à CNBB, doutor Carlos Moura. Ele acompanha a conferência desde o Rio de Janeiro. O encerramento do seminário será nesta quinta-feira, 28 de junho, com a temática Campanha da Fraternidade 2023 e as perspectivas pastorais, com a presença do presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, o secretário-geral, dom Joel Portella Amado, e a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima.
O evento integra as ações pensadas pera celebrar o ano jubilar da entidade, iniciado mediante convocação da presidência da entidade em 14 de outubro de 2021.
Programação:
28/07/22 – (quinta-feira) – 09:00 às 12:00
8h30 – Abertura da Sala Virtual
9h00 – Ambientação e Oração inicial
9h10 – Acolhida do coordenador acadêmico
9h20 – Apresentação dos conferencistas e comunicadores
CAMPANHA DA FRATERNIDADE E PERSPECTIVAS PASTORAIS
10h50 – Palavra aberta para reações
11h10 – Devolução da palavra aos painelistas para pontuar alguns temas
12h00 – Sistematização
12h15 – Oração de encerramento
19h00 – Painel Geral (Youtube): aberto ao público em geral
Mais informações:
Reveja a série de vídeo da série “Testemunhos CNBB 70 anos” publicada pelo portal da CNBB
CNBB oferece subsídio oficial de preparação para o 3º Ano Vocacional do Brasil
O terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil será celebrado de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023. A iniciativa comemora os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país.
Inspirado no Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” o tema do Ano Vocacional 2023 é “Vocação: Graça e Missão” e o lema é “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33).

Com o objetivo de aprofundar a temática, a editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Edições CNBB, lança o texto-base do 3º Ano Vocacional. O subsídio foi redigido pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e já encontra-se disponível em pré-venda (aqui).
“Seu sentido está em favorecer que cada pessoa acolha o chamado de Jesus como Graça, de maneira que mais corações ardam e que os pés se ponham a caminho, em saída missionária”.

Além do texto-base, a Comissão também preparou um subsídio catequético para crianças e adolescentes, com roteiros para encontros. O subsídio possui reflexões que são apresentadas de forma lúdica e pedagógica e conta ainda com um encarte, colorido e destacável, com jogos e atividades. O texto é ideal para educadores, pais e catequistas.
Lançamento oficial
O lançamento oficial do texto-base do 3º ano vocacional acontecerá após a missa de abertura do mês vocacional no próximo dia 1º de agosto. A celebração acontecerá às 19h, na capela da CNBB, e será transmitida por emissoras de televisão de inspiração católica (TV Nazaré, TV Rede Século 21 e TV Horizonte) e também pelas redes sociais da CNBB (Youtube e Facebook) e da Conferência dos Religiosos do Brasil, a CRB Nacional (Youtube e Facebook).
Após a missa, haverá a live de lançamento do texto-base, às 21h, com um bate papo que contará com a participação da irmã Maristela Ganassini, do Setor Juventude e Vocações da CRB; do referencial da Pastoral Vocacional, dom José Albuquerque e do presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom João Francisco Salm.
A transmissão será pelas redes sociais da CNBB, Edições CNBB e Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
Corpus Christi reúne fiéis de Marília em torno da Eucaristia com conscientização social
A celebração de Corpus Christi, expressão pública da fé católica na Eucaristia, ocorrerá em Marília, amanhã, dia 16, no Estádio Municipal Bento de Abreu Sampaio Vidal. Com início às 16h, e com a presidência do bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, a Missa única contará com a presença dos padres e fiéis das 19 paróquias da cidade.
Com o tema “Eucaristia e Missão” e lema “Pão em todas as mesas”, os fiéis que participarem são convidados a levar 1 kg de alimento não perecível como apelo social para garantir o alimento às pessoas menos favorecidas. Toda a arrecadação será destinada às famílias carentes de Marília, assistidas pelas comunidades paroquiais.
O pedido é que os fiéis utilizem máscaras durante a celebração e também no trajeto da procissão que, após a Missa, irá até as escadarias da Catedral Basílica Menor de São Bento Abade para a benção com o Santíssimo Sacramento. Todo o trajeto do cortejo, que passará pela ruas Limeira e Pedro de Toledo, será enfeitado em homenagem a Jesus Eucarístico, motivo da manifestação pública dos católicas na Eucaristia por meio da procissão.
Em parceria com a Prefeitura Municipal de Marília e com a Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marilia (EMDURB), para a preparação dos tapetes, as vias serão parcialmente interditadas na madrugada da quinta-feira, para a montagem dos enfeites, porém as ruas paralelas estarão liberadas para favorecer o trânsito.
“Vamos participar deste momento de unidade e, alimentando-nos da Eucaristia, abramos nossas mãos em doações para ajudarmos nossos irmãos e irmãs carentes que, nesta pandemia, foram afetados fortemente pela crise!”, ressaltou o Dom Luiz Antonio.
Fotos: Erica Montilha | Celebração de Corpus Christi 2019 (Ano antes da Pandemia)
Ensino religioso é destaque no encerramento da Assembleia dos Bispos do Estado de São Paulo
“Saímos daqui com mais entusiasmo para ampliarmos a reflexão na Assembleia das Igrejas Particulares com a presença de nossos leigos e leigas”, considerou Dom Pedro Luiz Stringhini, presidente do Regional Sul 1 da CNBB, ao anunciar próximo encontro do episcopado paulista no segundo semestre, em Aparecida (SP).
Na manhã de hoje, dia 9, os bispos do Estado de São Paulo concluíram a 84ª edição da Assembleia Regional. Como tema central, o encontro, que também contou com a participação dos coordenadores de pastoral das seis arquidioceses e 36 dioceses paulistas, refletiu as novas questões que desafiam a vida e a missão eclesiais 15 anos após a realização da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe.
O Documento de Aparecida, como é conhecido o texto final da V Conferência, perpassou o conteúdo das apresentações e discussões do episcopado paulista reunido desde a última terça-feira, dia 7, em Indaiatuba (SP), no Mosteiro de Itaici.
“O tema central é muito importante para a vida pastoral de nossas Arquidioceses e Dioceses. As atividades foram todas pensadas nas perspectivas futuras de aplicação junto ao povo de Deus”, afirmou o presidente do Regional, Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo diocesano de Mogi das Cruzes (SP).
Sobre a conclusão dos trabalhos, Dom Pedro já antecipou a expectativa de continuidade do encontro episcopal do Estado de São Paulo com representantes dos fiéis que ocorrerá em Aparecida (SP), entre os dias 14 e 16 de outubro. “Saímos daqui com mais entusiasmo para ampliarmos a reflexão na Assembleia das Igrejas Particulares com a presença de nossos leigos e leigas: é assim que a Igreja no Estado de São Paulo vai caminhando e realizando a sua missão de levar Jesus Cristo para todos!”, finalizou.
CONCLUSÃO DOS TRABALHOS
As atividades da Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foram encerradas com a reflexão sobre o Ensino Religioso conduzida pelo bispo auxiliar de São Paulo (SP), Dom Carlos Lema Garcia.
Na apresentação, o bispo auxiliar explicou algumas orientações do recente Documento do Dicastério para a Educação e Cultura, sobre a identidade das escolas católicas, publicado em 25 de janeiro de 2022. Em sua fala, Dom Carlos abordou alguns indicadores do caráter confessional das escolas ligadas à Igreja, como a seleção dos professores de Ensino Religioso, e a sua formação, e os conteúdos da disciplina de Ensino Religioso Confessional.
“Sabemos que há um crescente analfabetismo religioso numa sociedade secularizada. Nesse contexto, as proposta do Ensino Religioso vem atender à demanda das questões cruciais sobre o sentido da vida humana: quem somos, de onde viemos, o que devemos fazer nessa vida e para onde iremos após a nossa morte. São perguntas que somente encontram respostas na referência a Deus e ao sentido religioso da vida”, disse o prelado ao desenvolver a contribuição eclesial na orientação moral da sociedade.
Do clero de Sorocaba (SP), o secretário da Sub-região Sorocaba, Pe. Julio César Fernandes, em entrevista, destacou que o “Ensino Religioso é alheio a toda forma de doutrinação, proselitismo ou catequização. É uma proposta de formação pedagógica para promoção da dignidade centrada nos valores humanos para o sentido da vida e a promoção da sociedade de modo qualitativo”.
Sobre a importância do Ensino Religioso para que a estrutura eclesial continue a contribuir com o desenvolvimento humano, Dom Carlos ressaltou que a Igreja sempre esteve na vanguarda na certa de respostas aos anseios da sociedade e, para exemplificar, fez o seguinte apontamento sobre o âmbito da educação: “baste considerar o papel preponderante das ordens e congregações religiosas no mundo da educação: a cidade de São Paulo, hoje a maior metrópole da América do Sul, foi fundada no Páteo do Colégio, com uma missa, no dia 25 de janeiro de 1554, e com uma pequena escola para indígenas e filhos de portugueses, numa missão dos padres jesuítas”.
Dando continuidade, o bispo auxiliar de São Paulo ressaltou que, mesmo com muitos percalços, “a história vem se repetindo com o passar dos séculos e as instituições ligadas à Igreja se sucedem para oferecer a formação religiosa às novas gerações. Hoje reparamos que estão surgindo escolas que oferecem formação católica, promovidas por um número considerável de novas comunidades na maioria dos estados da federação”, finalizou.
“Diante do que ouvimos de Dom Carlos, entendemos que a perspectiva de fundamentação das bases religiosas na educação é de urgência para que a Igreja continue sua evangelização e ajude a sociedade na construção dos reais valores que podem se perder diante do secularismo”, salientou o Pe. Anatoli Konstantin Gradiski, secretário da Sub-região Botucatu e docente da Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília (SP), cuja mantenedora é composta pelos bispos da Província Eclesiástica de Botucatu.