Apresentado em coletiva de imprensa, projeto “Encantar a política” contribuirá para uma formação política permanente
Contribuir para a formação da consciência do eleitor brasileiro, por meio de um processo que o leve a uma leitura crítica e para uma cidadania ativa. É com este objetivo que o Conselho Nacional do Laicato no Brasil (CNLB), em parceria com outros organismos, preparou o caderno “Encantar a política”, apresentado na tarde desta segunda-feira (25), em coletiva de imprensa, pelo presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo da diocese de Tocantinópolis (GO), dom Giovane Pereira de Melo.
De acordo com o prelado, a iniciativa vai para além das eleições 2022. “Este é um projeto de formação política permanente, que nós desejamos que contribua durante as próximas eleições”, disse dom Giovane, destacando que o processo tem ainda um longo caminho a ser percorrido, por se tratar de um amplo projeto de formação. Desenvolvido por muitas mãos, o texto do “Encantar a política” é inspirado nas encíclicas do Papa Francisco: “Evangelli Gaudium”, “Laudato Si” e Fratelli Tutti”.
“O projeto é um trabalho feito em mutirão. São muitos leigos e leigas, a partir de compromissos de engajamento em movimentos sociais, em organizações sociais da Igreja e em organismos de serviço, que se propõem, de modo muito qualificado, a apresentar e a contribuir com a cidadania. Há, também, uma presença muito forte e marcante dos nossos pastores através do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) e do Conselho Permanente, que contribuíram e aprovaram esse projeto”, afirmou dom Giovane.
Mandamento do amor
Além da elaboração do caderno, que servirá de subsídio para as dioceses, os regionais, as paróquias, os movimentos, as pastorais e os demais organismos da Igreja, o projeto visa a promoção de um curso sobre planejamento de campanha, já iniciado e com fila de espera; e a realização de um seminário nacional, de 13 a 15 de maio, em Brasília, com o objetivo de capacitar multiplicadores e parceiros, para que todos os estados brasileiros sejam atingidos. “O texto trata a política como decorrência da ética e do amor e procura atribuir o sentido mais profundo deste mandamento, que é o do amor”, asseverou dom Giovane.
Para que o caderno chegue a todas as regiões do país, incialmente serão impressos 30 mil exemplares, privilegiando o Norte, o Nordeste e o Centro-oeste. Contudo, para que o alcance seja ainda maior, o subsídio ficará disponível no hotsite da CNLB [www.cnlb.org.br], onde também será possível ter acesso a vídeos, podcasts, cards para as redes sociais e outros materiais. “Queremos fazer com que esse projeto chegue a todas as paróquias””, afirmou dom Giovane.
Fazem parte da parceria para o desenvolvimento do caderno o Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara (Cefep), a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), o Núcleo de Estudos Sociopolíticos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora, o Movimento Nacional de Fé e Política, a Rede Brasileira de Fé e Política, a 6ª Semana Social Brasileira, a Pastoral da Juventude (PJ), a Pastoral da Juventude no Meio Popular (PJMP,) os Padres da Caminhada, a Rede Brasileira Justiça e Paz e outras organizações.
Episcopado Brasileiro reflete sobre a comunicação no processo eleitoral de 2022
Teve início nessa segunda-feira, 25 de abril, a primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da CNBB, que se realiza até sexta-feira, dia 29 de abril, na modalidade on-line. O último assunto em pauta no período da manhã tratou sobre a comunicação no processo eleitoral de 2022. O assunto foi abordado, em cerca de vinte minutos de exposição, pelo professor emérito da Universidade de Brasília e membro do Observatório de Comunicação religiosa da Igreja no Brasil, Venício Lima.

O professor Venício partiu do pressuposto do compromisso comum com a democracia, recordando que ela é um regime político caracterizado pela soberania popular com isonomia (direitos iguais de todas as pessoas perante a lei) e isegoria (direito à palavra e liberdade de expressão).
Em seguida, ele aprofundou sobre a questão de como o Brasil vive a democracia, ressaltando que o país ainda é inexperiente nesse âmbito, devido a uma série de questões históricas, dentre as quais estão os meios de comunicação social, com uma grande responsabilidade.
“No Brasil, a mídia constitui um oligopólio do ponto de vista econômico e opera como um monopólio, do ponto de vista político. Esses fatos perpetuam o grande paradoxo da nossa democracia: o direito ao voto foi universalizado, mas se impede estruturalmente a formação de uma consciência democrática. Tudo isso, claro, é a própria negação da isegoria”, explicou o professor Venício.
Ao avançar na reflexão, abordando diretamente o processo eleitoral de 2022, o professor Venício falou sobre alguns desafios do momento atual, como a questão da disseminação de notícias falsas (fake news) e os questionamentos quanto à credibilidade da Justiça Eleitoral (Tribunal Superior Eleitoral). “2022 não é um ano como qualquer outro. Celebramos o bicentenário de nossa independência política. E as eleições gerais que se realizarão em outubro não são eleições como quaisquer outras. A democracia e suas instituições estão sob ataque reiterado e permanente”, frisou o professor.
Para concluir, Venício falou da grande responsabilidade que a Igreja Católica possui quanto à democracia: “Nesses tempos sombrios, quando a democracia se encontra sitiada, a responsabilidade da Igreja e de suas autoridades é imensa. A CNBB, nas suas sete décadas de existência, tem se constituído em referência ética para os movimentos sociais, as lideranças populares e os formadores de opinião”.
Intervenções dos bispos
Após a exposição do professor Venício, muitos bispos se manifestaram. Além de expor suas ideias e preocupações quanto ao assunto, todos expressaram gratidão ao professor pela reflexão apresentada. “Esse entendimento e horizonte de compreensão é uma coisa nova para nós. Precisamos compreender bem o que foi colocado, a fim de darmos uma ajuda mais significativa nesse momento social do Brasil”, afirmou o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor de Oliveira Azevedo.
O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Vicente de Paula Ferreira, manifestou a preocupação quanto à violência que alguns bispos têm sofrido com difamações nas redes sociais, questionando: “Como a CNBB pode pensar nessa questão, a partir da fala do professor. Sentimo-nos exilados na própria casa, isso tem influenciado nosso ministério e nossa vida. Como vamos tratar isso?”.
Nessa mesma linha de reflexão, o arcebispo da diocese de Cachoeiro de Itapemirim (ES), dom Luiz Fernando Lisboa, afirmou que hoje se assiste à campanhas abertas contra a Igreja, à CNBB e ao Papa Francisco. “Até um simples comunicado tem reações esdrúxulas e violentas contra a Igreja, os padres e os bispos. Isso confunde muito as pessoas. Temos que ajudar nosso povo a aprender e refletir”, disse dom Lisboa. O bispo destacou ainda que é necessário também alguma formação e orientação para os bispos quanto a realidade da comunicação atual.
O bispo da diocese de Campos (RJ), dom Roberto Francisco Ferrería Paz, também expressou sua preocupação quanto essa questão da violência e destacou que é importante a formação para os fiéis: “Nossas paróquias têm a Pastoral da Comunicação, que poderia fazer programas contra as fake news. Podemos orientar até as pessoas que vêm à missa, por que o nosso povo é extenso e eles mesmos podem ajudar a multiplicar essa formação”.
O bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Mol Guimarães, que fez a mediação do tema, concluiu a reflexão propondo ao episcopado aprofundar, posteriormente, todos os temas levantados pelos bispos com o professor Venício, a fim de oferecer-lhes uma reflexão mais completa.
“Precisamos avançar na compreensão da comunicação em todos os momentos, particularmente nesse que estamos. Não podemos permitir moldar nossa mente por meios comunicação que tem por princípio apenas o lucro”, disse dom Joaquim.
Fonte: Episcopado Brasileiro reflete sobre a comunicação no processo eleitoral de 2022 - CNBB
Secretário-Geral da CNBB fala sobre o tema central da 59ª AG CNBB: “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”
O tema central da 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (CNBB) cuja primeira etapa online acontece de 25 a 29 de abril, será “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, o mesmo tema da 16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, o Sínodo 2023, convocado pelo Papa Francisco.
A opção pela escolha do mesmo tema do Sínodo 2023, segundo o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, se deu em razão de buscar um alinhamento e atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE 2019-2023) da Igreja no Brasil à luz dos caminhos da Igreja que serão propostos pelo Sínodo 2023. As DGAE serão renovadas na 60ª assembleia do episcopado brasileiro em 2023.
Além do tema central, os bispos também vão aprofundar, durante a 59ª AG CNBB, seis temas prioritários, entre eles o relatório anual do Presidente, o informe econômico e assuntos das Comissões Episcopais para a Liturgia, para a Tradução dos Textos Litúrgicos (CETEL) e para a Doutrina da Fé (CEPDF). Outros 30 temas estão na pauta desta etapa virtual da 59ª Assembleia Geral da CNBB. São assuntos de estudo, comunicações, análises de conjuntura e os temas que não exigem votações presenciais do episcopado brasileiro.
De acordo com o secretário-geral da CNBB, os temas são escolhidos a partir de uma escuta às dioceses, depois passam pela aprovação do Conselho Permanente da CNBB. São considerados também temas que com origem e desdobramentos de assembleias anteriores e que precisam de aprovação e encaminhamentos.
16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos
Em 2023 será realizada a 16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Francisco com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. O tema da sinodalidade propõe a todo povo de Deus refletir sobre a forma de se compreender como Igreja.
A participação e o caminhar juntos indicam a compartilhada missão evangelizadora que cada batizado deve assumir. O Papa Francisco tem afirmado que o “caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do Terceiro Milênio”.
O sínodo diz respeito aos bispos, no seu serviço de presidir as Igrejas particulares mas implica os demais sujeitos eclesiais, de modo a valorizar a participação de todo o Povo de Deus, numa dinâmica participativa que promove a corresponsabilidade de todos e valoriza os diferentes carismas na Igreja.

O processo do Sínodo 2023 na Igreja no Brasil
Atendendo a um pedido da Secretaria do Sínodo, a CNBB articulou a organização da Equipe Nacional de Animação composta por membros da CNBB, suas comissões (Família, Cultura e Educação e Bíblico-Catequética), regionais (Sul 2, Sul 3 e Sul 4); da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Teresinha Del’Acqua e o padre João da Silva Filho.
Esta comissão se reuniu, dia 21 de junho do ano passado, para conhecimento e planejamento de atividades de mobilização e animação do processo do Sínodo 2023 no Brasil. Realizou dia, 29 de julho, a primeira live sobre o Sínodo 2023 no Brasil, com 244 pessoas de 208 dioceses brasileiras. A live atingiu a participação de 74.82% das 278 circunscrições religiosas no Brasil. Integrou o grupo de participantes, os representantes de dioceses, secretários executivos dos 19 regionais da CNBB e convidados.
Nos dias 9 e 10 de outubro, em Roma, o Papa Francisco abriu, a primeira fase do processo de escuta do povo de Deus nas dioceses do mundo inteiro. Em comunhão com toda a Igreja, as dioceses do Brasil iniciaram a fase local do Sínodo. A fase de escuta às Igrejas Particulares acontece até junho de 2022 com o processo sinodal envolvendo todas as comunidades, paroquias, movimentos e vida consagrada.
No dia 14 de outubro, a Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil promoveu uma segunda live com o tema “Por uma Igreja Sinodal” com foco na organização da etapa de escuta nas Igrejas Particulares, com início em outubro de 2021. Com transmissão ao vivo pelas redes oficiais da CNBB, a live teve o objetivo de formar e capacitar os coordenadores e animadores nas diversas dioceses para conduzirem o processo de escuta sinodal em cada uma das Igrejas Particulares.
A Comissão lançou um hotsite, no site da CNBB, como elemento dinamizador do processo de mobilização do Sínodo, divulgação dos documentos preparatórios como o Vade-mécum da Assembleia sinodal, de notícias e explicações sobre as diferentes fases e etapas.
No início de 2022, a Comissão deu novo fôlego à mobilização das dioceses e Igrejas particulares divulgando notícias do processo de escuta. Foi pensada uma rodada de encontros com as macrorregiões do país, com os coordenadores dos Sínodos nas dioceses, com vistas a partilhar as novidades no processo de escuta nas Igrejas Particulares, animar o processo sinodal e alinhar os procedimentos para a sistematização do relatório diocesano.
Os encontros online foram realizados por blocos regionais, sendo 28/03 – Norte e Noroeste (Norte 1, Norte 2, Norte 3 e NO); 29/03 – Nordeste – (Nordeste 1, Nordeste 2, Nordeste 3, Nordeste 4 e Nordeste 5); 30/03 – Centro Oeste e Oeste 1 e 2; 06/04 – Sul (Sul 1, Sul 2, Sul 3, Sul 4); e 07/04 – Sudeste (Leste 1, Leste 2, Leste 3).
Dom Luiz, juntamente com o Papa Francisco e os bispos do mundo, realiza consagração da Ucrânia e da Rússia ao Imaculado Coração de Maria
Na Catedral Basílica de São Bento, em Marilia, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, celebrou missa da Solenidade da Anunciação do Senhor e, em espírito de unidade, realizou ato de consagração da humanidade, em especial da Rússia e Ucrânia, que estão em conflito desde o último dia 24 de fevereiro
No último dia 21 de março, o Papa Francisco convidou os bispos de todo o mundo e solicitou os sacerdotes, os religiosos e os outros fiéis para se unirem em oração na última sexta-feira, dia 25 de março, Solenidade da Anunciação do Senhor, em um ato de Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria.
Atendendo ao chamado do Romano Pontífice, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Nunciatura Apostólica, fizeram ato com a celebração Eucarística, diretamente da Capela de Nossa Senhora Aparecida, sede na sede da conferência episcopal, em Brasília (DF). A celebração foi presidida bispo auxiliar do Rio Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, e transmitida pelas TV´s de inspiração católicas. Durante a homilia, o bispo destacou o convite do Papa Francisco para o ato de oração pela paz e ressaltou que “guerra nunca se justifica, guerra nunca tem razão de ser, a não ser, exceto pelo pecado no meio de nós, porque o sonho do céu, o sonho plantado no coração de cada um de nós, o sonho que Criador deixou dentro de nós, o sonho que o Redentor nos purificou pra Ele, o sonho que o Espirito Santo nos santifica para isso é um sonho de paz”.
Na continuidade da programação, às 17h00, horário Roma, o Papa Francisco presidiu a Celebração da Penitência na Basílica de São Pedro e, ao final, consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, ato este que foi realizado no mesmo dia, em Fátima, Portugal, pelo esmoleiro do Papa, cardeal Konrad Krajewski. Durante sua reflexão, Francisco enfatizou que “nesses dias, notícias e imagens de morte e guerra continuam a entrar pelas nossas casas enquanto as bombas destroem as casas de muitos de nossos irmãos e irmãs. Este ato não se trata de uma fórmula mágica. Trata-se de um ato de esperança e de colocarmos os corações aflitos pela guerra nas mãos de Nossa Senhora”.
Nesta unidade, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu a Eucaristia na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, em Marília, e refletiu, em sua homília, as palavras do anjo Gabriel na anunciação a Nossa Senhora e destacou que “Deus está presente e a iniciativa é d´Ele, algo que não podemos esquecer que quando pensamos em ir até Deus é que Ele já veio até nós e nos chamou, por isso, o anjo Gabriel diz ‘o Senhor está contigo!’. Deus está conosco, Ele é o Emanuel, Deus está com o seu povo, Deus está com Maria, Ele está conosco, Deus está presente, embora, muitas vezes, nós não tenhamos o tempo, a paciência, a percepção de que Ele está presente.
O bispo, ao final da liturgia, realizou o Ato de Consagração como solicitado pelo Papa Francisco.
Paróquias de Marília se unem para momento de espiritualidade e preparam almoço de Páscoa para os moradores de rua
Impulsionados pelo espírito de sinodalidade, proposto pelo Papa Francisco, agentes da Pastoral com os irmãos em situação de rua das paróquias da cidade de Marília se encontraram para momento de espiritualidade e organização de evento para a população de rua. Iniciativa conta com a participação de grupos espíritas com agenda até o final do ano.
Na noite do último sábado, dia 26, dezenas de agentes da Pastoral com os Irmãos de Rua, da cidade de Marília, se reuniram na Igreja Matriz da Paróquia Santa Rita de Cássia para uma noite de espiritualidade. O encontro se iniciou com a celebração Eucarística presidida pelo Pe. Tiago Barbosa.
Após a missa, o sacerdote conduziu um momento de oração em torno do Evangelho de São João 1, 35-42. Na reflexão, o padre motivou os presentes a permanecerem fiéis no trabalho e buscarem sempre a providência divina: "saber que não estamos sozinhos, tem um Outro conosco, que é Jesus, que no dia seguinte nós da força, nos impulsiona e nos leva para Deus. No espírito de sinodalidade, somos Igreja em caminha para o céu com os pés na realidade, transformando-a por meio de nossos esforços, conversão e ação social”.
Para a agente de pastoral Sonia Maria de Oliveira, do Santuário Nossa Senhora da Glória, de Marília, o momento de espiritualidade foi muito válido, pois “quando vamos a um trabalho de servir, focamos no pré e pós trabalho e, de certo modo, agimos no automático, deixando um pouco o espiritual de lado”, ressaltou.
A fiel ainda compartilhou seu testemunho e experiência no serviço pastoral: “em um dos acampamentos que estava fazendo e fui convidada a participar da Pastoral da Solidariedade, como é chamada no Santuário, logo ao ingressar veio a pandemia; então a ação pastoral deu uma parada, mas atuávamos nas outras ações como Igreja e na assistência com a cesta básicas para famílias cadastradas do distrito de Rosália! Depois, com o início da melhora da pandemia, começamos a retornar com o café aos moradores em situação de rua. O trabalho é árduo, dependente de doações, além do mais, levamos, inclusive, ração aos animais de estimação dos assistidos. Então, a experiência do servir me fez ter uma proximidade e empatia maior com os assistidos, aumentando o grau de sensibilidade, que me auxiliou muito no meu amadurecimento espiritual”.
ALMOÇO DE PÁSCOA
A equipe católica da cidade, juntamente com os centros espíritas Chico Chavier e Semeadores de Luz, e o Grupo Doação e Amor, preparam, desde de o mês de fevereiro, uma ação para o próximo domingo, dia 09. Trata-se de uma manhã repleta de atividades no salão da Paróquia Santo Antônio, no centro de Marília, em comemoração à Páscoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Os moradores de rua receberão café da manhã, banho, corte de cabelo e barba, música ao vivo, atividades recreativas para as crianças, alguns exames e orientações sanitárias, realizadas pelos alunos do curso de Enfermagem da Universidade de Marília (Unimar), e almoço comemorativo de Páscoa.
Ainda é planejado para o ano de 2022 mais dois eventos semelhantes, um para a celebração do Dia Mundial dos Pobres, em novembro e, em dezembro, por ocasião do Natal. Uma jornada de estudos e espiritualidade que envolve a temática da população de tua também está sendo preparada para o segundo semestre numa parceria entre as paróquias católicas de Marília, os centros espíritas citados e a Faculdade João Paulo II (Fajopa).
Em 25 de março, o Papa consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria
O ato se realizará durante a Celebração da Penitência que o Papa Francisco presidirá às 17h na Basílica de São Pedro. O mesmo ato será realizado, no mesmo dia, em Fátima pelo cardeal Krajewski, esmoleiro pontifício, enviado do Papa.
"Na sexta-feira, 25 de março, durante a Celebração da Penitência que presidirá às 17h na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. O mesmo ato será realizado, no mesmo dia, em Fátima pelo esmoleiro do Papa, cardeal Konrad Krajewski, enviado do Santo Padre."
A notícia foi dada, numa nota, pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. O dia da Festa da Anunciação do Senhor foi escolhido para a consagração.
Nossa Senhora, na aparição de 13 de julho de 1917, em Fátima, pediu a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, afirmando que, se este pedido não fosse atendido, a Rússia espalharia "seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja". "Os bons", acrescentou, "serão martirizados, o Santo Padre sofrerá muito, várias nações serão destruídas". Depois das aparições de Fátima houve vários atos de consagração ao Imaculado Coração de Maria: Pio XII, em 31 de outubro de 1942, consagrou o mundo inteiro, e em 7 de julho de 1952, consagrou os povos da Rússia ao Imaculado Coração de Maria na Carta Apostólica Sacro vergente anno:
Assim como há alguns anos atrás consagramos o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Mãe de Deus, agora, de forma muito especial, consagramos todos os povos da Rússia ao mesmo Imaculado Coração.
Paulo VI, em 21 de novembro de 1964, renovou a consagração da Rússia ao Imaculado Coração na presença dos Padres do Concílio Vaticano II. O Papa João Paulo II compôs uma oração para o que definiu de "Ato de entrega" a ser celebrado na Basílica de Santa Maria Maior em 7 de junho de 1981, Solenidade de Pentecostes. Este é o texto:
Ó Mãe dos homens e dos povos, Tu conheces todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Tu sentes maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que abalam o mundo, acolhe o nosso clamor no Espírito Santo diretamente ao teu coração e abraça com o amor de Mãe e de Serva do Senhor aqueles que esperam mais este abraço, junto com aqueles que cuja entrega Tu também esperas de modo particular. Tomai sob a tua proteção materna toda a família humana que, com carinho afetuoso, a Ti, ó mãe, nós confiamos. Que se aproxime para todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da esperança.
Depois, para responder mais plenamente aos pedidos de Nossa Senhora, quis explicitar durante o Ano Santo da Redenção o ato de entrega de 7 de Junho de 1981, repetido em Fátima a 13 de maio de 1982. Em memória do Fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, em 25 de março de 1984, na Praça São Pedro, em união espiritual com todos os bispos do mundo, previamente "convocados", João Paulo II confiou todos os povos ao Imaculado Coração de Maria:
E por isso, ó Mãe dos homens e dos povos, Tu que conheces todos os seus sofrimentos e todas as suas esperanças, Tu que sentes maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhe o nosso grito que, movido pelo Espírito Santo, dirigimos diretamente ao teu Coração: abraça com amor de Mãe e Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Te confiamos e consagramos, cheio de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos. De modo especial Te confiamos e consagramos aqueles homens e nações que têm necessidade particular desta entrega e consagração.
Em junho do ano 2000, a Santa Sé revelou a terceira parte do segredo de Fátima e o então arcebispo Tarcisio Bertone, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, sublinhou que irmã Lúcia, numa carta de 1989, tinha confirmado pessoalmente que este ato de consagração solene e universal correspondia ao que Nossa Senhora queria: "Sim, foi feito", escreveu a vidente, "como Nossa Senhora havia pedido, em 25 de março de 1984".
Fonte: Em 25 de março, o Papa consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria - Vatican News
Papa promulga a Constituição Apostólica Praedicate evangelium sobre a Cúria Romana
O texto contém e sistematiza muitas reformas já implementadas nos últimos anos. Entrará em vigor no dia 5 de junho, Solenidade de Pentecostes. A nova Constituição confere uma estrutura mais missionária à Cúria para que esteja cada vez mais a serviço das Igrejas particulares e da evangelização. Propaganda Fide Unificada e Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, o prefeito será o Papa.
Foi promulgada neste sábado, 19 de março, Solenidade de São José, a nova Constituição Apostólica sobre a Cúria Romana e seu serviço à Igreja e ao mundo Praedicate evangelium: entrará em vigor no dia 5 de junho, Solenidade de Pentecostes.
Fruto de um longo processo de escuta iniciado com as Congregações Gerais que antecederam o Conclave de 2013, a nova Constituição, que substitui a “Pastor Bonus” de João Paulo II - promulgada em 28 de junho de 1988 e em vigor desde 1º de março de 1989 - é constituído de 250 itens.
Na próxima segunda-feira, 21 de março, às 11h30, o texto será apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, por Dom Marco Mellino, secretário do Conselho dos Cardeais, e pelo jesuíta padre Gianfranco Ghirlanda, canonista, professor emérito da Pontifícia Universidade Gregoriana.
O texto, como mencionado, é o resultado de um longo trabalho colegial, que se inspirou nas reuniões pré-conclave de 2013, envolveu o Conselho dos Cardeais, com reuniões de outubro de 2013 a fevereiro passado, e continuou sob a orientação do Papa com várias contribuições de Igrejas de todo o mundo.
Digno de nota que a nova Constituição sanciona um processo de reforma que já foi quase totalmente implementado nos últimos nove anos, por meio das fusões e ajustes realizados, que levaram ao nascimento de novos Dicastérios. O texto sublinha que "a Cúria Romana é composta pela Secretaria de Estado, pelos Dicastérios e pelos Organismos, todos juridicamente iguais entre si".
Entre as inovações mais significativas a esse respeito contidas no documento está a unificação do Dicastério para a Evangelização da precedente Congregação para a Evangelização dos Povos e do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização: os dois chefes de dicastério se tornam pró prefeitos, porque a prefeitura deste novo Dicastério é reservada ao Papa. De fato, a Constituição diz: “O Dicastério para a Evangelização é presidido diretamente pelo Romano Pontífice”.
Depois, também é instituído o Dicastério para o Serviço da Caridade, representado pela Esmolaria, que assume assim um papel mais significativo na Cúria: “O Dicastério para o Serviço da Caridade, também chamado Esmolaria Apostólica, é uma expressão especial da misericórdia e, partindo da opção pelos pobres, os vulneráveis e os excluídos, exerce em qualquer parte do mundo a obra de assistência e ajuda a eles em nome do Romano Pontífice, o qual, nos casos de particular indigência ou de outra necessidade, disponibiliza pessoalmente as ajudas a serem alocadas".
A Constituição Apostólica apresenta antes de tudo, nesta ordem, os Dicastérios da Evangelização, da Doutrina da Fé e do Serviço da Caridade.
Outra unificação diz respeito à Comissão para a Proteção de Menores, que passa a fazer parte do Dicastério para a Doutrina da Fé, continuando a funcionar com suas próprias regras e tendo seu próprio presidente e secretário.
Uma parte fundamental do documento é aquela que diz respeito aos princípios gerais. No preâmbulo é recordado que todo cristão é um discípulo missionário. Fundamental, entre os princípios gerais, é a especificação de que todos - e portanto também leigos e fiéis leigos - podem ser nomeados em funções de governo da Cúria Romana, em virtude do poder vicária do Sucessor de Pedro: "Todo cristão, em virtude do Batismo, é um discípulo-missionário na medida em que encontrou o amor de Deus em Cristo Jesus. Não se pode ignorar isso na atualização da Cúria, cuja reforma, portanto, deve incluir o envolvimento de leigas e leigos, também em papéis de governança e responsabilidade".
Sublinha-se, ademais, que a Cúria é um instrumento ao serviço do Bispo de Roma também em benefício da Igreja universal e, portanto, dos episcopados e das Igrejas locais. "A Cúria Romana não se coloca entre o Papa e os Bispos, mas coloca-se ao serviço de ambos, segundo as modalidades que são próprias da natureza de cada um".
Outro ponto significativo diz respeito à espiritualidade: também os membros da Cúria Romana são "discípulos missionários". Destacada, em particular, a sinodalidade, como modalidade de trabalho habitual para a Cúria Romana, um caminho já em curso, a ser cada vez mais desenvolvido.
Entre outros aspectos contidos no documento está a definição da Secretaria de Estado como "secretaria papal", a transferência do Escritório do Pessoal da Cúria para a Secretaria para a Economia (Spe), a indicação de que a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa) deve atuar por meio da atividade instrumental do Instituto para as Obras de Religião.
Além disso, estabelece-se que para os clérigos e religiosos em serviço na Cúria Romana o mandato é de cinco anos e pode ser renovado por mais cinco anos, e que ao final regressem às dioceses e comunidades de referência: "Em regra, passados cinco anos, os Oficiais clérigos e membros dos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica que tenham servido nas Instituições e Ofícios da Cúria voltam à pastoral na sua Diocese/Eparquia, ou nos Institutos ou Sociedades a que pertencem. Se os Superiores da Cúria Romana o julgarem oportuno, o serviço pode ser prorrogado por mais cinco anos”.
Fonte: Papa promulga a Constituição Apostólica Praedicate evangelium sobre a Cúria Romana - Vatican News
Secretaria do Sínodo e Congregação para o Clero motivam participação dos presbíteros no processo sinodal
Neste sábado, 19 de março, a Congregação para o Clero e a Secretaria do Sínodo publicaram uma carta assinada pelo cardeal Mario Grech, secretário geral do Sínodo dos Bispos, e pelo prefeito da Congregação para o Clero, dom Lazzaro You Heung Sik, com uma motivação para o envolvimento do clero no processo sinodal.
Na carta, mais do que convidar o clero a multiplicar as atividades, a Congregação quer encorajá-los a olhar para “vossas comunidades com aquele olhar contemplativo que nos fala o Papa Francisco na Evangelii Gaudium (n. 71) para descobrir os muitos exemplos de participação e partilha que já estão germinando em vossas comunidades”.
Com o texto, a Congregação motiva, ainda, o clero a descobrir, cada vez mais a igualdade fundamental de todos os batizados e de encorajar todos os fiéis a participar ativamente do caminho e da missão da Igreja. “Assim, teremos a alegria de estar ao lado de irmãos e irmãs que compartilham conosco a responsabilidade da evangelização”, diz o texto.
Neste sentido, a Congregação pede uma tripla contribuição para o atual processo sinodal:
– Fazer todo o possível para que o caminho se baseie na escuta e na vivência da Palavra de Deus;
– Trabalhar para que o o caminho seja caracterizado pela mútua escuta e recíproca aceitação;
– Cuidar para que o caminho não nos leve à instrospecção, mas nos estimule a sair ao encontro de todos.
“Caríssimos irmãos sacerdotes, temos a certeza de que a patir destas prioridades encontrareis um modo de dar vida a iniciativas concretas, segundo as necessidades e as possibilidades, porque a sinodalidade é verdadeiramente o chamado de Deus para a Igreja do terceiro milênio. Encaminharmos nesta direção não será isento de questionamentos, fatigas e suspeições, mas podemos confiar que nos retornará o cêntuplo em fraternidade e nos frutos da vida evangélica”.
Confira (AQUI) o texto na íntegra.