Francisco: penso nas mães e seus filhos que fogem das guerras, que o mundo reencontre a concórdia

No Dia Internacional da Mulher, pensemos nas mulheres que estão sofrendo com a guerra que está sendo travada na Ucrânia. Neste ano, o Papa exortou a olhar para a humanidade das mulheres que pode regenerar o mundo.

Olhando para Maria com o Filho nos braços, penso nas jovens mães e nos seus filhos que fogem das guerras e da fome ou que esperam nos campos de refugiados. São tantos! Que a Rainha da paz obtenha concórdia para os nossos corações e para o mundo inteiro.

O Papa recorda num tuíte em sua conta @Pontifex para o Dia Internacional da Mulher, o sofrimento e a dor de tantas mulheres. Ele exorta a olhar para Maria a fim de que o mundo possa reencontrar seu caminho através da oração à Virgem.

Em lágrimas enquanto se despedem de seus maridos, sólidas em abraçar seus filhos assustados, corajosas em gritar nas ruas "não" a uma guerra que não pertence a ninguém, prontas para ajudar os soldados que deveriam ser inimigos, e que, em vez disso, são jovens assustados e frágeis. O conflito entre Rússia e Ucrânia mostrou o rosto das mulheres de hoje: um poliedro composto de cuidado, força, delicadeza, mas sobretudo expressão de um amor que, na dor, se torna casa e abrigo.

Uma mulher fugindo para a Eslováquia com seus filhos
Uma mulher fugindo para a Eslováquia com seus filhos

Mulheres, uma combinação de sonhos e concretude

Para essas mulheres, sejam elas russas ou ucranianas, o mundo olha hoje no Dia Internacional da Mulher dedicado a elas e no qual as palavras do Papa Francisco, proferidas várias vezes, parecem costuradas em sua pele queimada pela dor. Na solenidade da Mãe de Deus, 1º de janeiro passado, o Pontífice recordou Maria, mulher que "protege meditando" e sublinhou que "as mães olham o mundo não para explorá-lo, mas para que tenha vida: olhando com o coração, conseguem manter juntos os sonhos e a concretude".

Enquanto as mães dão a vida e as mulheres custodiam o mundo, vamos todos trabalhar para promover as mães e proteger as mulheres. Quanta violência há contra as mulheres! Chega! Ferir uma mulher é ultrajar Deus, que obteve a humanidade de uma mulher, não de um anjo, não diretamente: de uma mulher. Assim como de uma mulher, a Igreja toma a humanidade dos filhos.

Yelena Osipova, sobrevivente do cerco nazista de Leningrado, presa em Moscou enquanto protestava contra a guerra na Ucrânia
Yelena Osipova, sobrevivente do cerco nazista de Leningrado, presa em Moscou enquanto protestava contra a guerra na Ucrânia

Maria e a piedade

A violência contra as mulheres é um problema "quase satânico", disse o Papa em sua entrevista televisiva a Mediaset em dezembro de 2021, depois de ouvir o testemunho de vida familiar difícil de Joana. A ela, ele repetiu a palavra "dignidade":

Qual é a dignidade das mulheres espancadas e abusadas? Uma imagem me vem à mente ao entrar na Basílica. À direita, a piedade de Nossa Senhora, Nossa Senhora humilhada diante de seu filho nu, crucificado, malfeitor aos olhos de todos. Aquela é a mãe que o criou, totalmente humilhada. Mas ela não perdeu sua dignidade e olhar aquela imagem em momentos difíceis como o seu de humilhação e onde se sente de perder a dignidade, olhar aquela imagem nos dá força... Olhe para Nossa Senhora, fique com essa imagem de coragem.

O Papa Francisco e suas palavras sobre as mulheres

O olhar de esperança

Humilhação, sofrimento e dureza de espírito: hoje, no coração de cada mulher, em momentos particulares da vida, se continua vivendo esta oscilação. Há o cuidado, há o olhar que se apoia na fragilidade, na dor, por exemplo dos próprios filhos. Esse olhar feminino - explicou o Papa - transforma o desânimo e oferece esperança mesmo num cenário de guerra.

Vêm à mente os rostos das mães que cuidam de um filho doente ou em dificuldade. Quanto amor há em seus olhos, que enquanto choram sabem infundir motivos de esperança! O seu olhar é consciente, sem ilusões, mas para além da dor e dos problemas oferece uma perspectiva mais ampla, a do cuidado, do amor que regenera a esperança.

Há palavras-chave nestes pronunciamentos de Francisco que fazem suspirar de alívio, porque nas mulheres, ainda que maltratadas, abusadas e vítimas, há a semente de Deus que é Amor, há o exemplo de Maria que ajuda, há o seu sim que não é rendição, mas confiança no Senhor e também numa humanidade que nestes dias não vê luz e que parece aniquilada pelo ruído doloroso da guerra.

 

Fonte: Francisco: penso nas mães e seus filhos que fogem das guerras, que o mundo reencontre a concórdia - Vatican News


CNBB e organismos da Igreja no Brasil lançam mensagem contra Projetos de Lei que regularizam a mineração em terras indígenas

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e organismos da Igreja do Brasil divulgaram nesta segunda-feira, 7 de março, uma mensagem contra o Projeto de Lei (PL) nº 490/2007, que dificulta a demarcação de terras indígenas, e o PL 191/2020, que regulariza a mineração em terras indígenas.

No documento, as organizações manifestam “preocupação com as iniciativas econômicas ligadas à mineração” e fazem um chamado para que todos os cristãos “protejam a vida, os povos originários e as florestas”. O texto afirma ainda que “ministros e lideranças do governo falam há dois anos em ‘passar a boiada’ enquanto o povo está ‘distraído’ e que “agora, com o planeta olhando com atenção à guerra que acontece na Europa, parlamentares governistas querem apreciar em regime de urgência essas proposições, a começar pelo PL 191/20”.

Para as organizações, a não promoção de uma discussão ampla com o conjunto da sociedade brasileira esconde o verdadeiro desastre social, ambiental e trabalhista que tem sido recorrente nas atividades mineradoras, se agravando os conflitos com povos indígenas. Assinam a carta os presidentes da Comissão Episcopal Especial para a Ecologia Integral e Mineração, a Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

Leia a carta na íntegra ou acesse o PDF aqui

Povos indígenas na casa comum: um direito inviolável

Louvado sejas, meu Senhor, que no Cântico das Criaturas recordas que a Terra, a nossa Casa Comum, se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços. Nós mesmos somos terra (cf Gen 2,7; LS 1-2).

Desde o processo que culminou na promulgação da Constituição Federal de 1988, está havendo uma investida para apropriação dos territórios indígenas – seja por mineradoras ou por empresários do agronegócio. Nos dois últimos anos, o Parlamento brasileiro tem tentado permitir a mineração em territórios indígenas, por meio dos Projetos de Lei 490/2007 e 191/2020, que se tornaram prioridades anunciadas pelo Governo Federal, por meio da Portaria nº 667, de 9 de fevereiro de 2022.

O primeiro projeto permite exploração mineral, turismo, agronegócio e cria o marco temporal, enquanto o segundo propõe a permissão de pesquisa e da lavra de recursos minerais e hidrocarbonetos, bem como o aproveitamento de recursos hídricos para geração de energia elétrica em terras indígenas, e institui a indenização pela restrição do usufruto de terras indígenas.

Não é à toa que ministros e lideranças do governo falam há dois anos em “passar a boiada” enquanto o povo está distraído. Agora, com o planeta olhando com atenção à guerra que acontece na Europa, parlamentares governistas querem apreciar em regime de urgência essas proposições, a começar pelo PL 191/20. Sem discussão com o conjunto da sociedade brasileira, esconde-se o verdadeiro desastre social, ambiental e trabalhista que tem sido recorrente nas empresas de extração mineral, se agravando os conflitos com povos indígenas.

Reiteradamente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem manifestado preocupação com as iniciativas econômicas ligadas à mineração, para alterar os territórios preservados em nosso País. É um chamado a todos os cristãos para que protejam a vida, os povos originários e as florestas. Não aceitamos a legalização da poluição dos rios e das populações com mercúrio, a destruição dos barrancos e dos igarapés, a abertura de novas frentes de desmatamento da Amazônia e o genocídio dos povos.

A vida está em primeiro lugar, perante qualquer tipo de argumentação para o desenvolvimento econômico. Para qualquer iniciativa, se faz muito necessário um amplo e irrestrito debate com o conjunto da sociedade brasileira, principalmente os povos indígenas, que bem-informados precisam decidir sobre os usos do território, respeitando-se seus direitos já consagrados na Constituição e nos Acordos e Convenções internacionais dos quais o Brasil é signatário.

A crise no equilíbrio climático, os fenômenos meteorológicos extremos, a contaminação de territórios até agora protegidos, a criminalização e perseguição de lideranças que defendem suas comunidades e territórios são fruto dos projetos gananciosos do extrativismo predatório, associados a grandes empresas e bancos internacionais. Parar a tramitação desses projetos e iniciar um debate aberto e profundo é o mínimo que exigimos de nossos parlamentares.

Brasília-DF, 4 de março de 2022.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Dom Sebastião Lima Duarte
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral Especial Ecologia Integral e Mineração

Dom Erwin Kräutler
Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil

Dom Roque Paloschi
Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI)

 

Fonte: CNBB e organismos da Igreja no Brasil lançam mensagem contra Projetos de Lei que regularizam a mineração em terras indígenas - CNBB


O Papa canonizará, em 15 de maio, o mártir do nazismo Titus Brandsma, primeiro jornalista a ser elevado aos altares

O Papa Francisco presidiu a Hora Terça e o Consistório Ordinário Público para a votação de algumas Causas de Canonização, na manhã desta sexta-feira (04/03), na Sala do Consistório.

“Rezarei por você”. O carmelita Titus Brandsma pronunciou estas três palavras, as últimas de sua vida, à enfermeira que, por ordem das autoridades nazistas do campo de concentração de Dachau, aplicou nele uma injeção letal. Um perdão, invocado pelo religioso, professor e jornalista, em seus últimos instantes de vida, na conclusão de uma vida de santidade traduzida em coragem e determinação durante os anos sombrios da invasão nazista.

Santidade que agora é reconhecida pela Igreja, que o canonizará em 15 de maio próximo junto com duas religiosas, a francesa Maria Rivier e a italiana Maria de Jesus, numa grande cerimônia na Praça São Pedro que também elevará à honra dos altares sete beatos cuja canonização foi decretada pelo Papa no Consistório de 3 de maio de 2021, sem fixar uma data por causa da pandemia. A cerimônia foi então marcada para maio. Dentre os beatos está também Charles De Foucauld, religioso francês e explorador do Saara e da cultura tuaregue, ponte de diálogo entre as religiões.

Dez novos santos em 15 de maio

Em 15 de maio, serão dez os novos santos proclamados pelo Papa Francisco. No início da cerimônia desta sexta-feira (04/03), o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, leu os nomes e apresentou um breve perfil dos três beatos, “irmãos e irmãs que acolheram a luz de Deus em seus corações e a transmitiram ao mundo, cada um de acordo com sua própria tonalidade”. Os milagres a eles atribuídos e reconhecidos pelo Papa, acrescentou o cardeal, “são um sinal de que o povo de Deus não só admirou o seu martírio ou o exercício heroico de suas virtudes, mas também reconheceu sua proximidade a Deus a ponto de confiar na intercessão deles”.

Brandsma, professor e jornalista contra o nazismo

“Homem manso, mas determinado”, Brandsma, natural da Holanda, onde a devoção a ele é profunda e difundida, em virtude do papel de assistente eclesiástico dos jornalistas católicos, assim nomeado pelos bispos holandeses em 1935, utilizou a rede de jornais católicos para defender a liberdade de informação e a dignidade de cada pessoa e condenar as ideologias nazistas, das quais criticou duramente a abordagem anti-humana. Os seus corajosos escritos tornaram-se um ponto de referência para a resistência moral e cultural do povo holandês, mas entraram em choque com o Reich que temia “aquele professor maligno”, como dizia a manchete do jornal berlinense Fridericus, e decidiu silenciá-lo.

O pretexto foi a carta circular Brandsma enviada em 31 de dezembro de 1941 a todos os jornais católicos, exortando-os a não publicar anúncios do Movimento Nacional Socialista exaltava a “raça”. Caso contrário, dizia, “eles não deverão mais ser considerados católicos e não deverão e não poderão contar com os leitores e assinantes católicos”. Padre Tito foi preso em janeiro de 1942 como um perigoso subversivo e levado para Amersfoort, um “campo de trânsito” à espera da deportação. Os detalhes de seus dias de prisão são conhecidos graças a um diário e algumas cartas enviadas aos superiores, confrades, familiares e amigos. Nelas, a carmelita descreveu o espaço pequeno de sua cela, os maus-tratos, sem expressar tristeza ou reclamações. Embora impossibilitado de receber a comunhão, ele dizia de sentir-se em casa na prisão porque Deus estava ao seu lado.

Morte em Dachau

Ele manteve a mesma serenidade até sua morte ocorrida, em Dachau, através de uma injeção de veneno. A enfermeira que o injetou o ácido fênico relatou seus últimos momentos de vida, durante o interrogatório do processo de canonização: “Ele pegou minha mão e disse: ‘Pobre jovem que você é, eu rezarei por você!” A viagem terrena de Brandsma concluiu-se em 26 de julho de 1942, aos 61 anos. Em 3 de setembro de 1985, João Paulo II o proclamou beato e mártir da fé. Agora, com Francisco, ele se torna santo. O milagre que atribuído à sua intercessão foi a cura de um sacerdote carmelita de um “melanoma metastático dos linfonodos” em 2004 em Palm Beach (EUA).

Maria Rivier, uma vida dedicada à educação

Com a Brandsma, será canonizada a francesa Maria Rivier. Sua santidade foi cultivada desde o tempo em que criança que sofria de uma doença que a impedia de andar, prometeu à Virgem Maria que, se ela fosse curada, dedicaria sua vida à educação das crianças. Ela foi curada e aos 18 anos abriu uma escola para crianças em sua cidade natal. Na época da Revolução Francesa, tão hostil à religião católica e suas instituições, seu carisma fundador floresceu: a jovem fundou a Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria. As irmãs se dedicaram não somente à formação religiosa e educação das jovens, mas também a um verdadeiro apostolado para o despertar da fé e da prática religiosa nas paróquias onde reuniam as pessoas todos os domingos, explicando a doutrina e convidando-as à oração. Maria Rivier morreu em 3 de fevereiro de 1738 e foi beatificada por João Paulo II em 1982. O milagre atribuído à sua intercessão diz respeito à recuperação vital, em 2013, de um menino de Meru, no Quênia, que nasceu não obstante a “ausência prolongada de atividade cardíaca, respiratória e neurológica”.

Maria de Jesus, a “Senhora” a serviço do pobres e pequenos

Maria de Jesus, fundadora das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes, nasceu em Palermo sob o nome de Carolina Santocanale, em uma família rica. Na casa de seus avós em Monreale, ela viu a necessidade de seu povo por assistência e educação. Então ela abandonou a ideia de uma vida de clausura, que cultivava desde menina, e se colocou a serviço da população, que a chamava de “senhora”, mas que admirava sua humildade. Ela abraçou a espiritualidade franciscana e tornou-se terciária. Reuniu outras jovens que queriam passar a vida ajudando o próximo. Estabeleceu-se na cidade de Cinisi, onde, no oratório, abriu um jardim de infância, um educandário e uma oficina de costura. Trabalhou até o último de seus dias e morreu ao final de um dia cansativo em 1923. O milagre de sua canonização diz respeito a duas gravidezes levadas a termo, entre 2016 e 2017, por uma mulher siciliana que sofria de uma doença grave que havia causado sua infertilidade.

Nove cardeais elevados à Ordem dos Presbíteros

No final do Consistório, seguiu-se a Optatio de nove cardeais da Ordem dos Diáconos para a Ordem dos Presbíteros. Eles são os cardeais Manuel Monteiro de Castro, (Diaconia de Domenico di Guzmán); Santos Abril y Castelló, (San Ponziano); Antonio Maria Vegliò, (San Cesareo in Palatio); Giuseppe Bertello, (Santissimi Vito, Modesto e Crescenzia); Francesco Coccopalmerio, (San Giuseppe dei Falegnami); João Braz de Aviz, (Santa Elena fora de Porta Prenestina); Edwin Frederick O’Brien, (San Sebastiano al Palatino); Domenico Calcagno, (Anunciação da Santíssima Virgem na Via Ardeatina); Giuseppe Versaldi, (Sagrado Coração de Jesus em Castro Pretorio).


A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB disponibilizou para os jovens um Planner Quaresmal

Seu dia é um reflexo do amor de Deus? O período quaresmal é tempo de graça e de reflexão para toda a Igreja a partir da oração, jejum e caridade. Neste ano, a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) traz uma proposta para todos os jovens: o Meu Planner Quaresmal.

Ele funciona como um guia diário para registrar a rotina do jovem nos dias da quaresma. Clique aqui para fazer o download.

A proposta é ajudar as juventudes do Brasil para uma vivência mais íntima neste tempo litúrgico que nos prepara para a Semana Santa e Páscoa e que nos estimula à conversão, à melhoria de nós mesmos, e isso não é possível sem revermos a qualidade das nossas relações fraternas.

O bispo auxiliar da arquidiocese de Belém e membro da CEPJ, dom Antônio de Assis Ribeiro, SDB, bispo auxiliar na Arquidiocese de Belém e membro da CEPJ, convida os jovens para esse tempo favorável para conversão do coração para não caírem no individualismo, na violência, nos vícios e na indiferença aos outros.

“Assim como não existe verdadeiro amor a Deus sem o amor ao próximo, também não existe autêntica conversão sem nos educarmos para a fraternidade. A conversão profunda passa por um processo de educação de cada um de nós como mudança de mentalidade que reorienta a nossa vida, que gera atitudes novas e promove o nosso desenvolvimento integral”, afirmou.

O prelado, em nome da Comissão para a Juventude, deseja uma Santa quaresma as jovens brasileiros. “Que seja um tempo caracterizado por um forte esforço em vista do crescimento pessoal para ser mais sereno e equilibrado consigo mesmo e mais humano para com os outros, sobretudo, para com os parentes, amigos e colegas de estudo ou trabalho”, exorta o bispo

 

Como o “Meu Planner Quaresmal” funciona?

Ele está dividido em blocos que ajudam a organizar as ações. Duas partes são reservadas para anotações para iniciar o dia e outro em seu término, chamados de “Manhã” e “Noite”, onde o jovem irá anotar o que fez o seu dia mais próximo de Deus e aos irmãos e seus agradecimentos. Outros três blocos são reservados à oração e reflexão. Há o local do jovem colocar suas intenções de oração do dia, qual passagem do Evangelho irá ler e o que esta lhe disse ao coração.

Clique, baixe e imprima agora mesmo: Meu Planner Quaresmal

Os jovens e a CF 2022

O bispo de Valença (RJ) e presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, dom Nelson Francelino Ferreira, conclama os jovens de todo o país para um protagonismo desse novo cenário de educação que há de brotar com todo empenho em busca de uma educação que gere vida e vida em plenitude.

O prelado afirma que, neste momento da pandemia, a construção de um ‘novo normal’ desafia as juventudes. Segundo ele, o cenário de medo, insegurança e apreensão “nos fez reencontrar nossa fragilidade, impotência, humanidade. Vejo com alegria no cenário juvenil do nosso Brasil esse brotar de novas atitudes, iniciativas e mentalidades sobretudo em relação ao meio ambiental, economia, justiça, verdade, autenticidade, coragem, profetismo”, afirma.

Por outro lado, dom Nelson afirma que essa realidade não aparece na grade curricular estudantil e nas salas de aula. De acordo com ele, “estamos com uma educação muito direcionada para o sucesso profissional, de conseguir dinheiro e conquistar um lugar de destaque na sociedade. Sentimos falta, contudo, de valores como vida, cuidado e responsabilidade, como vemos no apelo do Papa Francisco na Christus Vivit”.

Os jovens neste contexto, segundo o presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, são convidados a lançar cenários e horizontes esquecidos por diversos interesses, mas chamados ao protagonismo da cultura do cuidado, da paz, que pode frear essa perspectiva da ambição e desumanidade.

“Conclamo toda a juventude o Brasil a fazer parte, organizar esse modo de pensar para um mundo que sonhamos e do qual temos condições de assumir o protagonismo e reparar os equívocos que esquecem o ser humano na sua essência. Assim, estaremos dando nossa contribuição na construção do Reino de Deus com uma juventude conectada, criativa e inspiradora que não abre mão de seus valores”, exorta.

Subsídio da CF 2022 para os jovens

O bispo lembrou que  a Edições CNBB lançou um subsídio específico para os jovens vivenciarem a Campanha da Fraternidade. O material é destinado aos grupos de jovens e idealizado para ampliar a reflexão sobre a indispensável relação entre fraternidade e educação, com o objetivo de encorajar o engajamento desse importante público nas questões apresentadas pelo tema e pelo lema da campanha. O subsídio está disponível para compra no site da editora. Clique aqui para acessar.

Gesto concreto: Coleta Nacional da Solidariedade

A Campanha da Fraternidade tem como gesto concreto a Coleta Nacional da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos nas comunidades de todo o Brasil. Os recursos são destinados aos Fundos Diocesanos e Nacional da Solidariedade, os quais apoiam projetos sociais relacionados à temática da campanha. Em 2021, o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da CNBB, apoiou 80 projetos, nos quais as entidades que se candidataram se comprometeram, entre outros aspectos, a prestar contas periódicas de sua efetivação e resultados.


Ucrânia: Papa Francisco pede que cessem os ataques e prevaleça a negociação e o bom senso

O Papa Francisco lançou no domingo, 6 de março, após a oração mariana do Angelus, um novo apelo em favor da Ucrânia, para que seja garantido o acesso às zonas de guerra e sejam assegurados os corredores humanitários. O pontífice agradece a todos os envolvidos no acolhimento de refugiados e aos jornalistas comprometidos em relatar a crueldade da guerra. Francisco relança a ação diplomática da Santa Sé para as negociações de paz.

“Correm rios de sangue e lágrimas na Ucrânia. Não se trata apenas de uma operação militar, mas de guerra, que semeia morte, destruição e miséria. As vítimas são cada vez mais numerosas, assim como as pessoas que fogem, especialmente mães e crianças. A necessidade de assistência humanitária neste país atormentado está crescendo dramaticamente a cada hora”

Assegurar corredores humanitários

O Pontífice dirigiu seu veemente apelo a fim de que sejam realmente assegurados os corredores humanitários e para que seja garantido e facilitado o acesso das ajudas às zonas sitiadas, para oferecer o socorro vital aos oprimidos por bombas e pelo medo.

“Agradeço a todos aqueles que estão acolhendo refugiados. Acima de tudo, imploro que os ataques armados cessem e que prevaleçam a negociação e o bom senso. E um retorno ao respeito ao direito internacional!”

Agradecimento aos jornalistas

O Papa dirigiu um agradecimento particular aos jornalistas que, colocando em risco a própria vida, contam a dura realidade da guerra:

“E também gostaria de agradecer às jornalistas e aos jornalistas que colocam suas vidas em risco para garantir a informação: obrigado, irmãos e irmãs, por seu serviço! Um serviço que nos permite estar perto da tragédia daquela população e nos permite avaliar a crueldade de uma guerra. Obrigado, irmãos e irmãs”.

Esforço diplomático da Santa Sé a serviço da paz

O Papa concluiu ressaltando o esforço diplomático da Santa Sé para colocar-se a serviço da paz:

A Santa Sé está pronta para fazer tudo, para colocar-se a serviço desta paz. Nestes dias, dois cardeais foram à Ucrânia, para servir o povo, para ajudar. O cardeal Krajewski, esmoleiro, para levar ajuda aos necessitados, e o cardeal Czerny, prefeito (interino) do Dicastério (para o Serviço) do Desenvolvimento Humano Integral. Esta presença dos dois cardeais ali é a presença não só do Papa, mas de todo o povo cristão que quer se aproximar e dizer: ‘A guerra é uma loucura! Parem, por favor! Vejam esta crueldade.


Subsídio Campanha da Fraternidade 2022 - Diocese de Marília

Todos os anos, a Igreja no Brasil proporciona a Campanha da Fraternidade (CF) como indicação de reflexão para gerar conversão entre os fiéis. Sempre com um tema social, a CF buscar unir a fé à ação para que os católicos espalhados pelo país sejam sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-14).

Em 2022, o tema proposto é Fraternidade e Educação e o lema “Fala com sabedoria, escuta com amor” (cf. Pr 31, 26). Em vídeo, lançado hoje nas redes sociais, o Pe. Danilo Nobre dos Santos, assessor diocesano da CF, motiva que a proposta neste ano quer estabelecer “diálogos em vista de uma educação que seja humanizadora para a prática integral da caridade”. As produções, feitas em parceria entre a Pastoral da Comunicação (Pascom) Diocesana, Pascom da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, de Marília, e equipe diocesana da CF, divulgará nas redes sociais vídeos explicativos nas quartas-feiras da Quaresma e na Oitava da Páscoa.

A Diocese de Marília também preparou um subsídio com cinco encontros de meditação da CF 2022, com a Oração da Via-Sacra e um roteiro de celebração penitencial. “Nosso objetivo é proporcionar aos nossos fiéis a prática da oração quaresmal unida à reflexão a fim de gerar vida à sociedade”, explicou o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, ao indicar que o material foi entregue às 65 paróquias durante o mês de fevereiro e concluiu: “reze conosco e façamos desta Quaresma uma oportunidade de conversão que nos configure cada vez mais a Nossa Senhor Jesus Cristo!”.


Missas com imposição de cinzas marcam a abertura da Quaresma

Celebrações recordam o diálogo de Deus com Adão após o pecado: “Pois tu és pó, e ao pó tornarás” (Gn 3,19). No Brasil, a Igreja inicia também a Campanha da Fraternidade (CF) que, em 2022, terá a educação como temática. Na Diocese de Marília, um subsídio e uma série de vídeos auxiliarão os fiéis na reflexão.

Hoje, dia 2 de março, em todo o mundo, a Igreja inicia o Tempo litúrgico da Quaresma com a celebração da Quarta-feira de Cinzas. O rito de imposição das cinzas quer lembrar o diálogo de Deus com Adão após o pecado: “Pois tu és pó, e ao pó tornarás” (Gn 3,19).

Segundo o assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, Pe. Anderson Messina Perini, as cinzas recordam os fiéis três verdades fundamentais: “que somos nada, que somos pecadores e a morte”. O sacerdote indicou também que receber as cinzas na cabeça ajudam os católicos a reconhecerem a pequenez humana diante de Cristo e, com isso, buscarem a conversão no período quaresmal.

A Quaresma é uma faixa de tempo da liturgia eclesial que se inicia na Quarta-feira de Cinzas e se estende até o entardecer da Quinta-feira Santa com o objetivo de preparar os fiéis para a Solenidade da Páscoa do Senhor. Em entrevista, o Pe. Anderson explicou dois pontos importantes para a compreensão e vivência do Tempo quaresmal: “primeiro redescobrir a identidade cristã mediante o conhecimento e encontro pessoal com Jesus Cristo por meio dos exercícios penitenciais da oração, jejum e da caridade; e segundo, nossa conversão será ainda maior mediante uma contínua meditação da Palavra de Deus nos oferecida neste tempo favorável para iluminar nossa consciência diante do pecado e infundir em nós a confiança na misericórdia divina”.

Procure a comunidade paroquial mais próxima e participe da Santa Missa da Quarta-feira de Cinzas!

 

FRATERNIDADE

Todos os anos, a Igreja no Brasil proporciona a Campanha da Fraternidade (CF) como indicação de reflexão para gerar conversão entre os fiéis. Sempre com um tema social, a CF buscar unir a fé à ação para que os católicos espalhados pelo país sejam sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-14).

Em 2022, o tema proposto é Fraternidade e Educação e o lema “Fala com sabedoria, escuta com amor” (cf. Pr 31, 26). Em vídeo, lançado hoje nas redes sociais, o Pe. Danilo Nobre dos Santos, assessor diocesano da CF, motiva que a proposta neste ano quer estabelecer “diálogos em vista de uma educação que seja humanizadora para a prática integral da caridade”. As produções, feitas em parceria entre a Pastoral da Comunicação (Pascom) Diocesana, Pascom da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, de Marília, e equipe diocesana da CF, divulgará nas redes sociais vídeos explicativos nas quartas-feiras da Quaresma e na Oitava da Páscoa.

 

 

A Diocese de Marília também preparou um subsídio com cinco encontros de meditação da CF 2022, com a Oração da Via-Sacra e um roteiro de celebração penitencial. “Nosso objetivo é proporcionar aos nossos fiéis a prática da oração quaresmal unida à reflexão a fim de gerar vida à sociedade”, explicou o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, ao indicar que o material foi entregue às 65 paróquias durante o mês de fevereiro e concluiu: “reze conosco e façamos desta Quaresma uma oportunidade de conversão que nos configure cada vez mais a Nossa Senhor Jesus Cristo!”.


Hoje é Dia de oração e jejum pela paz

Na Audiência geral desta quarta-feira o Papa Francisco falou da sua tristeza sobre o agravamento da situação na Ucrânia e convocou um Dia de oração e jejum pela paz.
"Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional". Dessa maneira o Papa Francisco no final da Audiência Geral, falou sobre a situação na Ucrânia, apelando "aos que têm responsabilidade política para fazer um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra" e que "quer que sejamos irmãos e não inimigos". "Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte".
Tenho uma grande tristeza em meu coração com o agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, cenários cada vez mais alarmantes estão se abrindo. Como eu, muitas pessoas ao redor do mundo estão experimentando angústia e preocupação. Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte. Gostaria de apelar aos responsáveis políticos para que façam um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra, o Pai de todos, não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos e não inimigos. Peço a todas as partes envolvidas que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional.
E o Papa Francisco fez um apelo a todos, crentes e não crentes:
Jesus nos ensinou que à insistência diabólica, à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus: com a oração e o jejum. Convido a todos a fazerem no próximo 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, um dia de jejum pela paz. Encorajo, de modo especial os crentes a se dedicarem intensamente à oração e ao jejum naquele dia. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra.

O Papa: a confiança não deve ser colocada nas armas

Em sua conta no Twitter @Pontifex, Francisco recorda uma frase da Encíclica "Fratelli tutti" para sublinhar a brutalidade da guerra e mais uma vez escolhe comunicar tanto em ucraniano quanto em russo.

Uma vela é a imagem escolhida para acompanhar o tuíte do Papa Francisco da segunda-feira (28/02), mais uma vez também em ucraniano e russo, extraído do número 260 da Encíclica Fratelli tutti.

As razões da paz são mais fortes do que todo o cálculo de interesses particulares e toda a confiança posta no uso das armas.

Junto com a frase, também as hashtags #RezemosJuntos e #Ucrânia

Diplomacia e diálogo para a paz

"Resistamos na oração" é o comunicado cotidiano do chefe da Igreja greco-católica ucraniana, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, que fala também das atrocidades e do rosto desumano de quem mata, de uma guerra sangrenta, desumana e cruel. Lembrando que é o primeiro dia da Quaresma para quem segue o calendário gregoriano, Shevchuk destacou que será um tempo muito especial na espera da Ressurreição. Mais uma vez, agradeceu ao Papa pela proximidade expressa no Angelus e a todos aqueles que estão ajudando a Ucrânia. Há um forte apelo pelo fim da guerra que tem como alternativa a diplomacia e o diálogo, caminhos para alcançar a paz. “É preciso sentar-se à mesa das negociações”, concluiu o arcebispo.

As orações de Bartolomeu

Na conversa telefônica de segunda-feira com o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, o presidente ucraniano, Zelensky, "descreveu a situação em seu país após a invasão militar da Rússia". O presidente Zelensky expressou gratidão pelas "demonstrações de apoio do Patriarcado Ecumênico à sua nação atribulada".

Fonte: O Papa: a confiança não deve ser colocada nas armas - Vatican News