Presidência da CNBB pede união dos cristãos católicos no amparo às famílias enlutadas e desabrigadas, vítimas das chuvas em Petrópolis (RJ)
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou mensagem nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, por ocasião das fortes chuvas que caíram em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, provocando dezenas de mortes.
A presidência afirmou que a tragédia envolve-nos em profunda tristeza. “Essa consternação toca a nossa fé cristã, impelindo-nos a agir solidariamente. Unamo-nos, em comunhão, a dom Gregório Paixão e ao amado povo de Deus na diocese de Petrópolis. As nossas preces levam o nome de cada irmão e irmã, vítimas dessa tragédia, ao coração de Jesus”, diz.
Na sequência, a presidência convoca todos a testemunhar a fé, exercendo a solidariedade:
“Pedimos a cada cristão católico, aos homens e mulheres de boa vontade, que se compadeçam daqueles que perderam o pouco que possuíam, vítimas da tragédia climática. Especialmente, levemos amparo às famílias enlutadas e desabrigadas. A nossa Igreja já se mobiliza para ajudar. Sigamos todos juntos”.
O texto diz, ainda, que este clamor por iniciativas de amparo às vítimas precisa ser acolhido especialmente por governantes. “Trata-se de compromisso cristão e irrenunciável tarefa daqueles que ocupam cargos nas instâncias do poder. Petrópolis pede ajuda urgentemente!”, exorta.
“Convictos de que somos corresponsáveis uns pelos outros, possamos exercer a amizade social, conforme sempre nos orienta o amado Papa Francisco. Assim, ainda mais firmemente, seguiremos os passos de nosso Mestre Jesus”.
Confira a mensagem da presidência na íntegra:
Brasília-DF, 16 de fevereiro de 2022
Saúde e paz, amados e amadas de Deus!
A tragédia provocada pelas fortes chuvas na cidade de Petrópolis (RJ), com dezenas de mortes, envolve-nos em profunda tristeza. Essa consternação toca a nossa fé cristã, impelindo-nos a agir solidariamente. Unamo-nos, em comunhão, a Dom Gregório Paixão e ao amado povo de Deus na Diocese de Petrópolis. As nossas preces levam o nome de cada irmão e irmã, vítimas dessa tragédia, ao coração de Jesus. Somos todos convocados a testemunhar a nossa fé, exercendo a solidariedade: pedimos a cada cristão católico, aos homens e mulheres de boa vontade, que se compadeçam daqueles que perderam o pouco que possuiam, vítimas da tragédia climática. Especialmente, levemos amparo às famílias enlutadas e desabrigadas. A nossa Igreja já se mobiliza para ajudar. Sigamos todos juntos.
Este clamor por iniciativas de amparo às vítimas precisa ser acolhido especialmente por governantes – trata-se de compromisso cristão e irrenunciável tarefa daqueles que ocupam cargos nas instâncias do poder. Petrópolis pede ajuda urgentemente!
Convictos de que somos corresponsáveis uns pelos outros, possamos exercer a amizade social, conforme sempre nos orienta o amado Papa Francisco. Assim, ainda mais firmemente, seguiremos os passos de nosso Mestre Jesus.
Fraterno abraço, com muito apreço,
D. Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte, MG
PresidenteD. Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-PresidenteD. Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-PresidenteD. Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral
Campanha da Fraternidade convida clero e fiéis à educação integral que promova cultura do encontro
Em 2022, o tema da CF será “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26). Tradicionalmente, na Diocese de Marília, padres e agentes de pastoral recebem formação nas Regiões Pastorais. De acordo com o padre assessor, a iniciativa “tem como objetivo educar para a fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho, a fim de que todos tenham vida, e vida em plenitude”.
Com a celebração da Quarta-feira no próximo dia 2 de março, a Igreja inicia o período da Quarema. No Brasil, todos os anos desde a década de 60, este momento litúrgico, marcado pela oração e convite à conversão, recebe a Campanha da Fraternidade (CF) como base para a reflexão dos fiéis.
Para a CF, sempre “um tema social é escolhido para ser debatido, refletido e principalmente assumido, como compromisso de vida, para a transformação da sociedade, a partir das interpelações que estes temas nos provocam”, indicou o Pe. Danilo Nobre dos Santos, assessor da CF na Diocese. Em 2022, o tema da CF será “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26).
Segundo o sacerdote, a iniciativa “tem como objetivo educar para a fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho, a fim de que todos tenham vida, e vida em plenitude”. Realizada em todos os anos, o sacerdote explicou que a CF “convoca a todos os cristãos e os homens de boa vontade a viverem autenticamente o período quaresmal como um caminho de renovação interior que incide na vida do próximo”.
Para que o clero e os fiéis conheçam a abordagem da CF e sejam propagadores da proposta junto à reflexão quaresmal, há anos a Diocese de Marília oferece momentos formativos para o clero e agentes nas regiões pastorais. No dia 09 de fevereiro, os padres e consagrados da Região Pastoral III estiveram no Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena, para a reflexão. Na mesma cidade, mas no domingo, dia 13, foi a vez dos agentes de pastoral na Paróquia Nossa Senhora Aparecida.
Hoje, dia 16, em Parapuã, o clero e religiosos da Região Pastoral II se reuniram para o estudo. No próximo domingo, dia 20, serão os agentes de pastoral estarão no mesmo local para a formação.
Na próxima semana, a experiência formativa da CF será na Região Pastoral I. No dia 23, em Vera Cruz, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, será a vez dos padres e consagrados e, em Marília, o domingo será de reflexão para os leigos e leigas em Marília, na Paróquia Santo Antônio.
“Convidamos todos os agentes de pastoral ligados à CF, os profissionais da educação e a todas as pessoas interessadas pelo tema, que participem conosco destes momentos formativos, a fim de que desenvolvamos bem esta nova Campanha em nossa Diocese com o compromisso de nossa participação concreta na Coleta da Solidariedade, prevista para o dia 10 de abril, Domingo de Ramos, em todas as comunidades paroquiais”, afirmou o Pe. Danilo.
EDUCAÇÃO
Em entrevista, o assessor disse que “é a terceira vez que a Campanha abordará o tema da Educação”. A primeira, em 1982, foi acompanhando o nascimento da Pastoral da Educação e, em 1998, mais uma vez a CF abordou o temática “fazendo lembrar o papel da família como primeira educadora da sociedade”, explicou.
Neste ano, a proposta da CF é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, inspiração do Papa Francisco, com uma convocação para que todos os atores envolvidos no processo educativo, isto é, “as famílias, as Igrejas, as escolas e toda a sociedade, assumam uma educação integral que promova a cultura do encontro para uma sociedade mais sustentável, respeitosa dos direitos humanos e que cuide do planeta, nossa Casa Comum”.
A informação e a interatividade foram levadas em consideração na estruturação do website que recebeu um visual mais contemporâneo que se alinha com os novos recursos tecnológicos. Pela página da internet, fiéis poderão fazer seus pedidos de oração de modo reservado.
Neste dia 16 de fevereiro, a Diocese de Marília celebra seus 70 anos de criação. A instalação, porém, ocorreu no dia 12 de outubro de 1952. Por isso, para comemorar a Bodas de Vinho, uma série de atividades estão sendo programadas ao longo de 2022, como a visita missionária das relíquias de Santa Teresa de Lisieux.
Como primeira atividade da celebração dos 70 anos, a Diocese lança hoje seu novo site. Com o objetivo de proporcionar mais interatividade entre o clero, os fiéis e a sociedade, o website da Diocese de Marília ganhou uma repaginação completa que buscou a melhoria da ergonomia de navegação e a ampliação da cadeia de dispositivos que podem acessá-lo.
O novo layout, desenvolvido pela Adora Comunicação, agência católica especializada em comunicação eclesial, recebeu a cooperação dos colaboradores do Departamento de Comunicação da Diocese e do Centro Diocesano de Pastoral (CDP).
“Com nossas ações na área da comunicação, aliadas ao esforço evangelizador de toda a Diocese, queremos instaurar cada vez mais uma comunicação que integre as paróquias, pastorais, movimentos e organismos para gerar a comunhão, pressuposto básico da missão eclesial!”, disse o Pe. Tiago Barbosa, assessor da Pastoral da Comunicação (Pascom).
Para o publicitário Vinícius Cruz, colaborador do Departamento de Comunicação, a informação e a interatividade foram levadas em consideração na estruturação da página na web com um visual mais contemporâneo que se alinha com os novos recursos tecnológicos, e ressaltou uma novidade: “contamos com uma área onde os internautas podem fazer seus pedidos de oração”.
Os pedidos têm caráter reservado e, por isso, não se tornarão públicos. Levados aos alteres de toda a Diocese, “estaremos sempre unidos também nas preces”, enfatizou o Pe. Tiago.
IDENTIDADE VISUAL
A logo das Bodas de Vinho acompanhará todas as atividades programadas para a celebração ao longo do ano. Conheça os elementos que integram a identidade visual das sete décadas de evangelização da Diocese de Marília:
- Ao centro, o círculo na cor vinho lembra a aliança de Deus para com a humanidade e, como os 70 anos remetem as Bodas de Vinho, o roxo simboliza que há sete décadas a aliança de Deus é manifestada no território diocesano por meio da ação evangelizadora da Diocese;
- Cruz: centro da fé e sentido primordial do esforço de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas, leigos e leigas ao longo dos 70 anos de história;
- os elementos dos 70 anos e cruz, juntos, lembram a comemoração e suas cores as três regiões pastorais que compõem a Diocese de Marília. O azul remete a Região Pastoral III e recorda o Rio Paraná que marca fortemente das cidades que integram este limite territorial; já a cor vermelha simboliza o solo e a agricultura, base da economia da Região Pastoral II, sobretudo o café, o amendoim e a pecuária; e, por fim, a cor amarela sinaliza a indústria alimentícia que caracteriza a Região Pastoral I;
- a indicação da Diocese e dos anos em torno da aliança reforçam o compromisso na efetivação do Reino de Deus por meio da evangelização;
- lema “Comunhão, Participação e Missão”, o mesmo do Sínodo 2021-2023, enaltece a eclesiologia e o comprometimento da Diocese para com o Magistério eclesial e com o Papa Francisco.
Dom Pedro Brito: 2º aniversário da “Querida Amazónia”
O arcebispo de Palmas (TO) avalia que três pontos positivos estão acontecendo na Amazônia e que vem do Sínodo, da sua preparação e da recepção da Querida Amazônia: a reunião, a revisão e a recriação.
No dia 12 de fevereiro celebrou-se o aniversário de dois anos da publicação pelo Papa Francisco da exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazónia”, documento no qual o Santo Padre compartilhou, a partir das reflexões do Sínodo especial sobre o bioma, os sonhos em relação à situação eclesial e socioambiental no território, como também em toda a Igreja universal.
Para marcar esta data, o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou uma série de entrevistas com bispos que atuam no bioma e com os presidentes dos regionais presentes no território. O primeiro deles é o arcebispo de Palmas (TO) e presidente do regional Norte 3 da CNBB que engloba os estados do Tocantins, o sudeste do Pará e o nordeste do Mato Grosso, dom Pedro Brito Guimarães.
O arcebispo avalia que três pontos positivos estão acontecendo na Amazônia e que vem do Sínodo, da sua preparação e da recepção da Querida Amazónia: a reunião, a revisão e a recriação. “Me parece que estes três pontos estão em processo de entendimento e de implantação. São processos lentos, graduais, invisíveis, mas estão sendo formatados no coração da Igreja e dos fieis na Amazônia em relação a este bioma”, afirmou. Conheça, abaixo, a entrevista na íntegra.
Passados dois anos, desde a exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”, do Papa Francisco, qual a percepção do senhor em relação à presença e as respostas da Igreja no Brasil à realidade vivido pelo Bioma? Percebe alguma mudança?
O tempo corre veloz. Já se forma dois anos da publicação da encíclica do Papa Francisco, “Querida Amazónia”. Fazendo uma retrospectiva da chegada desta Encíclica, a leitura e a compreensão demandou tempo porque ela chegou quase no início da pandemia da Covid-19. Foi uma agradável surpresa esta carta. Primeiramente pelo estilo. Na verdade, esta carta que chamo de registro gramatical, é uma verdadeira carta de amor à nossa região, à região Amazônica com todas as suas belezas, riquezas, debilidades, conflitos, problemas e desafios.
Eu queria destacar este gênero literário. Quando todo mundo esperava um documento dogmático, canônico, de permissão e proibição, como é o estilo de nós todos. E chegou uma carta de amor, o que para alguns foi um banho de água fria mas para nós que temos este viés mais poético, aliás ela está cheia de poesia, este viés mais místico e contemplativo, esta carta o grande significado e mudança está no estilo, no gênero literário e nas abordagens, sobretudo, dos sonhos. Isto parecia pouco para muita gente. Porque sonho é uma coisa tão normal que as pessoas não dão muito valor. A partir de agora as pessoas consideram que sonho é uma coisa de quem não tem o que fazer e está dormindo num travesseiro, numa cama. Sonho é querer, é sede e desejo. Aí da pessoa, organismo e instituição que não tenha sonhos ou quem não sonhe mais. Quem não sonha mais morreu.
A mudança não foi da encíclica para a realidade, mas da realidade para com a encíclica. A assimilação, o discernimento, nós ganhamos muito na compreensão na forma de olhar a natureza, essa região e bioma, na perspectiva afetiva, com um olhar menos intelectual e racional, mas guiado por uma teologia do coração.
Quais os desafios ainda permanecem em relação à presença da Igreja no Brasil no Bioma?
Eu destacaria que no mesmo território, e bioma, existem vários atores em vários setores, competindo, querendo seu espaço, tempo, seu ganho, a sua presença. Isto cria um desafio. Eu diria que o maior desafio da Amazônia é o desafio da missão, maior desafio da Igreja. Não existe outro desafio maior que este. O dinheiro por exemplo não é um desafio tão intransponível quanto à missão. Recentemente lemos a cura da filha da cananeia. Se a gente olhar aquele texto, a gente olha para o lado do costume. Mas ali está o desafio da missão numa das primeiras vezes que Jesus sai do território sagrado dos judeus, da terra prometida e vai ao limite do paganismo. Como se dialoga com o pagão? Como a gente vence as barreiras das religiões e dos entendimentos? O desafio da Amazônia é o desafio da missão da Igreja. No dia em que a Igreja vencer este desafio pode dizer que acabou sua missão, apagar as luzes, fechar as portas e deixar de existir. Mas isto também é o combustível para o missionário. Quanto maior o desafio, maior a paixão e a vontade de fazer acontecer dos missionários.
Quais os pontos positivos o senhor destacaria da presença da Igreja no Bioma?
Eu vou usar três palavras para descrever a nossa disposição com relação ao serviços da Igreja na Amazônia. Eu diria que a nossa missão na Amazônia tem que ser a partir da concepção de reunião. “Reunião” significa dizer que alguma coisa não está articulada e reunida e que nós vamos fazer uma reunião. Esse é o conceito. A Igreja precisa reunir o disperso, o tempo perdido, os conflitos, os pareceres, deixar esta emoção muito forte de lado e colocar os pés no chão e fazer esta reunião. Uma segunda palavra é “recriar”, refazer. A gente tem que criar algo novo, a mentalidade, a cultura, a esperança, fé e a paciência. Estas duas palavras descrevem bem o que queremos fazer em relação à Amazônia. A terceira palavra é “revisão” que significa ver de novo, a partir de um discernimento e um olhar diferente. Ver novamente, com olhos novos.
Eu diria que os três pontos positivos positivos que estão acontecendo na Amazônia e que vem do Sínodo, da preparação do Sínodo e da Querida Amazônia são a reunião, a revisão e a recriação. Me parece que estes três pontos estão em processo de entendimento e de implantação. São processos lentos, graduais, invisíveis mas estão sendo formatados no coração da Igreja e dos fieis na Amazônia em relação este bioma. Espero que com uma reunião, revisão e recriação a gente dê um salto de qualidade para a missão da Igreja na Amazônia. É o que eu penso.
Fonte: Dom Pedro Brito: 2º aniversário da “Querida Amazónia” - Vatican News
O Papa: o cristão é como São José, deve proteger
"Ser cristão não é apenas receber a fé, confessar a fé, mas proteger a vida, a própria vida, a vida dos outros, a vida da Igreja", disse Francisco na Audiência Geral.
"São José, padroeiro da Igreja Universal" foi o tema da última catequese do Papa Francisco sobre São José, na Audiência Geral desta quarta-feira (16/02), realizada na Sala Paulo VI.
Segundo o Papa, "estas catequeses são complementares à Carta apostólica Patris corde, escrita por ocasião dos 150 anos da proclamação de São José como Padroeiro da Igreja católica pelo Beato Pio IX". "Mas o que significa este título? O que significa que São José é padroeiro da Igreja?", perguntou Francisco.
No final de cada história em que José é o protagonista, o Evangelho observa que ele toma consigo o Menino e a sua mãe e faz o que Deus lhe ordenou. A tarefa de José é proteger Jesus e Maria. Jesus, Maria e José são o núcleo primordial da Igreja. Citando ainda a Patris Corde, o Papa disse que «sempre nos devemos interrogar se estamos protegendo com todas as nossas forças Jesus e Maria, que misteriosamente estão confiados à nossa responsabilidade, à nossa guarda». Aqui há "um traço muito bonito da vocação cristã: proteger. Proteger a vida, proteger o desenvolvimento humano, proteger a mente humana, proteger o coração humano, proteger o trabalho humano... O cristão é - podemos dizer - como São José: ele deve proteger. Ser cristão não é apenas receber a fé, confessar a fé, mas proteger a vida, a própria vida, a vida dos outros, a vida da Igreja".
"O Filho do Altíssimo veio ao mundo numa condição de grande fragilidade. Ele quis precisar ser defendido, protegido e cuidado", frisou Francisco, acrescentando:
Deus confiou em José, como fez Maria, que encontrou nele o esposo que a amava e respeitava e sempre cuidou dela e do Menino. «Neste sentido, São José não pode deixar de ser o Guardião da Igreja, porque a Igreja é o prolongamento do Corpo de Cristo na história e ao mesmo tempo, na maternidade da Igreja, espelha-se a maternidade de Maria. José, continuando a proteger a Igreja, continua a proteger o Menino e sua mãe; e também nós, amando a Igreja, continuamos a amar o Menino e sua mãe.
Segundo o Papa, "nós devemos aprender com José a “guardar” estes bens: amar o Menino e a sua mãe; amar os sacramentos e o povo de Deus; amar os pobres e a nossa paróquia. Cada uma destas realidades é sempre o Menino e a sua mãe".
Hoje é comum, é de todos os dias criticar a Igreja, para apontar as suas incoerências, os seus pecados, que na realidade são as nossas incoerências, os nossos pecados, porque a Igreja sempre foi um povo de pecadores que encontra a misericórdia de Deus. Perguntemo-nos se, no fundo do coração, amamos a Igreja. De fato, só o amor nos torna capazes de falar plenamente a verdade, de uma forma não partidária; de dizer o que está errado, mas também de reconhecer toda a bondade e santidade que estão presentes na Igreja, começando precisamente por Jesus e Maria. Amar a Igreja, proteger a Igreja e caminhar com a Igreja. Mas a Igreja não é aquele pequeno grupo que está perto do padre e manda em todos, não. A Igreja somos todos, todos nós. A caminho. Guardar um ao outro, guardar reciprocamente. Esta é uma boa pergunta: quando tenho um problema com alguém, tento protegê-lo ou condená-lo imediatamente, falo mal dele, o destruo? Proteger. Proteger
O Papa encorajou os fiéis a pedirem a intercessão de São José nos momentos mais difíceis de suas vidas e de suas comunidades. "Onde os nossos erros se tornam um escândalo, peçamos a São José que nos dê coragem para dizer a verdade, pedir perdão e recomeçar humildemente".
Onde a perseguição impede que o Evangelho seja proclamado, peçamos a São José a força e a paciência para suportar abusos e sofrimentos por amor ao Evangelho. Onde quer que os meios materiais e humanos sejam escassos e nos façam experimentar a pobreza, especialmente quando somos chamados a servir os últimos, os indefesos, os órfãos, os doentes, os descartados da sociedade, rezemos a São José para que seja Providência para nós
Fonte: O Papa: o cristão é como São José, deve proteger - Vatican News
Pascom-Brasil divulga o terceiro podcast da série especial sobre a CF 2022 com reflexão sobre o “Discernir”
A educação na fé, o papel da família no processo educativo e os horizontes da educação cristã integral. Esta é a abordagem do terceiro episódio da série especial CF 2022. A conversa sobre o Discernir é com a jornalista e professora universitária, Suzana Coutinho, e o coordenador do setor de Animação Pastoral da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), Gregory Rial. Quem comanda o bate-papo é o coordenador-geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius.
A íntegra da conversa está disponível no Spotify e outros agregadores de podcast.
Confira aqui: T1E3: Discernir · Pascom Brasil (spotify.com)
A fé no processo educativo e a educação cristã integral
“Educação na fé, pois a fé é algo pessoal e cada pessoa vai se educando. É lá que eu vou buscar os meus princípios, o discernimento dos sinais que acontecem ao nosso redor, à luz da fé”, esta é a consideração da professora Suzana sobre a importância da fé no processo educativo. Ela alerta que ela que a tomada de decisões na vida nem sempre é fácil, mas a partir da experiência de fé.
Gregory, que também é professor de Filosofia, destaca que integral é um contraponto ao fragmentado, do rompido e que a educação cristã forma a pessoa em todas as dimensões.
“Falar de uma educação cristã integral, na perspectiva do cristianismo, é assumir uma visão de ser humano muito diferente das visões humanísticas clássicas. O humanismo divide o homem em mente e corpo, espírito e matéria. O cristianismo, especialmente no pós-Vaticano II, está recuperando esta visão integral do ser humano. A antropologia cristã dos séculos XX e XXI tem dado conta de que é preciso compreender o homem em todas as suas dimensões.”
A família
Suzana Coutinho, que também atua na Pastoral da Educação, destaca a gravidade da terceirização do papel educador que a família, às vezes, transfere para outras instâncias. Ela também destaca, a partir das reflexões do Papa Francisco, a importância dos atos que são praticados em família, pois são capazes de motivar as crianças no processo educativo.
“A família é a primeira educadora em todos os sentidos: na vida de fé, nas questões sociais e morais. O papel educativo é muito mais amplo do que pegar um papel e ensinar.”
O coordenador de Animação Pastoral da ANEC reforça que muitas famílias terceirizam para a escola a sua tarefa formativa e alerta para os riscos da frase “a escola ensina e a família educa”. Segundo o educador, as crianças são seres que não dissociam os espaços. “A escola é um tipo de continuidade do ambiente doméstico, que reproduz discursos, aprendizados, comportamentos culturais e vice-versa. Também se leva para a família outros aprendizados que a escola permite ter”, afirma.
Educação para todos
O texto-base destaca a educação como direito universal e que esta é, inclusive, a compreensão da Igreja (cf. Texto-base CF 2022, 187). Gregory destaca que a falta de recursos na educação pública, cortes orçamentários são questões que nos fazem pensar se a educação é realmente prioridade no nosso país.
“Há uma incongruência entre o plano nacional de educação, que é muito bem pensado e é monitorado por diversos órgãos, e as propostas de governos que nós vimos nos últimos anos. Nós temos muitas propostas difusas e pouco recurso. Isso sinaliza que a educação no Brasil não é uma prioriedade. Nós temos projetos de governo para a educação, mas não temos projeto de Estado.”
O educador ainda destaca as disparidades por regiões do Brasil e por áreas. Segundo Gregory, o Anuário Brasileiro da Educação Básica, publicado pela Organização Não-Governamental Todos pela Educação, revela dados tristes.
“Hoje nós temos mais ou menos 15% das escolas rurais que não têm água potável, cerca de 10% não têm energia elétrica e 10% não têm banheiro.Como que você quer dar uma educação de qualidade, se você não tem um espaço minimamente estruturado para que estas pessoas tenham acesso à educação? É muito cômodo levar a discussão da educação para um lado ideológico, discutir visões de mundo e pedagogias, e esquecer de coisas tão básicas e elementares como água e energia na escola.”
Conheça os outros dois podcasts:
Primeiro podcast sobre a CF 2022 aborda quaresma, educação e diálogo – CNBB
Escutar os apelos da realidade educativa é o tema do segundo episódio da série CF 2022 – CNBB
O Papa transfere para os bispos competências reservadas à Santa Sé
Com um motu proprio, Francisco estabelece que os ordinários das Igrejas locais poderão intervir na gestão dos seminários, na formação sacerdotal, na redação de catecismos e em outras áreas sem requerer aprovação do Vaticano, mas uma confirmação mais simples
Uma possibilidade análoga é concedida aos bispos em relação à formação sacerdotal (os bispos podem adaptá-la "às necessidades pastorais de cada região ou província") e à incardinação dos sacerdotes, que a partir de agora podem ser incardinados – para além de em uma Igreja particular ou um em um Instituto religioso - também em uma "associação pública clerical", reconhecida pela Santa Sé, a fim de evitar "clérigos acéfalos e vagantes". O critério de descentralização, mas também de "proximidade", também se reflete no alongamento de 3 para 5 anos do período de "exclaustração", ou seja, a possibilidade que autoriza um religioso a viver fora de seu próprio Instituto por razões sérias. O motu proprio, assim como sobre a competência das Conferências episcopais para publicar catecismos, intervém transferindo da Santa Sé para a responsabilidade das Igrejas locais as decisões sobre possíveis reduções no número de Missas a serem celebradas com relação às intenções e recebimentos.
O bispo dom Marco Mellino, secretário do Conselho de Cardeais e membro do Pontifício Conselho dos Textos Legislativos, explica os princípios gerais que inspiraram o motu proprio do Papa:
O Motu proprio, com o qual algumas normas dos dois Códigos da Igreja católica - o Código de Direito Canônico para a Igreja latina e o Código dos Cânones das Igrejas Orientais para a Igreja oriental - são alteradas, é mais uma peça que se une ao trabalho de reforma que o Papa Francisco começou desde o início de seu pontificado e está prosseguindo.
Responde ao espírito de "descentralização salutar" indicado na Exortação apostólica Evangelii Gaudium, n. 32, com o objetivo de favorecer e valorizar a dinâmica de proximidade na Igreja, sem com isso comprometer a comunhão hierárquica.
A intenção que o anima é profundamente pastoral e está bem delineada no proêmio introdutório do texto, no qual se diz que, tendo em conta a cultura eclesial e a mentalidade jurídica própria de cada Código, certas competências até então atribuídas à Santa Sé, e portanto exercidas pelo governo central, estão sendo "descentralizadas", ou seja, designadas aos Bispos (diocesanos/eparquiais ou unidos em Conferências episcopais ou segundo Estruturas hierárquicas orientais) e aos Superiores Maiores dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica com a intenção precisa de fomentar sobretudo o sentido da colegialidade e da responsabilidade pastoral, bem como de satisfazer os princípios da racionalidade, da eficácia e da eficiência.
É evidente, de fato, que quando a autoridade tem um conhecimento direto e mais próximo das pessoas e dos casos que exigem uma ação pastoral de governo, esta ação, em virtude da própria proximidade, pode ser de mais rápida eficácia.
Neste sentido, portanto, as mudanças normativas que estão sendo feitas com este Motu Proprio refletem ainda mais a universalidade compartilhada e plural da Igreja, que inclui as diferenças sem homologá-las, garantida, no que diz respeito à sua unidade, pelo ministério petrino próprio do Bispo de Roma.
Fonte: O Papa transfere para os bispos competências reservadas à Santa Sé - Vatican News
Divulgado o tema do II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida divulgou, nesta terça-feira, 15, o tema da II Jornada Mundial dos Avós e dos Idosos, a ser celebrada por toda a Igreja no dia 24 de julho de 2022, um domingo. O tema escolhido pelo Papa Francisco para a ocasião é “Dão fruto mesmo na velhice” (Sl 92, 15), e pretende destacar o quanto os avós e idosos são um valor e um dom, tanto para a sociedade quanto para a comunidade eclesial.
O tema é também um convite a reconsiderar e valorizar os avós e os idosos, “tão frequentemente deixados às margens das famílias, das comunidades civis e eclesiais”, segundo o Dicastério. “A experiência de vida e de fé deles pode contribuir, com efeito, para construir sociedades conscientes das suas próprias raízes e capazes de sonhar um futuro mais solidário”, salienta no comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Pelas redes sociais, o perfil do Papa Francisco explicou que a escolha do tema deve-se à intenção de “promover o diálogo entre as gerações, especialmente entre avós e netos”.
“É muito importante unir a sabedoria dos idosos e o entusiasmo dos jovens. O encontro entre avós e netos é um encontro-chave, principalmente neste momento de crise econômica e social que a humanidade atravessa. Os idosos devem ser cuidados como um tesouro da humanidade: são a nossa sabedoria, a nossa memória. É fundamental que os netos permaneçam ligados aos avós, que são como raízes, das quais extraem a linfa dos valores humanos e espirituais”.
O convite a dar ouvidos à sabedoria dos anos revela-se particularmente significativo no contexto do caminho sinodal que a Igreja tem empreendido, segundo o Dicastério.
Paróquias, dioceses, associações e comunidades eclesiais do mundo inteiro são motivadas a encontrar as modalidades para celebrarem essa Jornada, cada qual no seu contexto pastoral. Para isso, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida vão disponibilizar ferramentas pastorais destinados e pensados para auxiliar nas celebrações.
Fonte: Divulgado o tema do II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos - CNBB
Formação Missionária: Centro Cultural Missionário dá início ao primeiro curso do ano de 2022
Teve início na terça-feira, 14 de fevereiro, de forma online, o curso de formação missionária, promovido pelo Centro Cultural Missionário, o CCM. A iniciativa segue até a próxima quinta-feira, 17, e conta com mais de cem pessoas inscritas.
Participam cristãos leigos em geral, agentes de pastoral, membros de grupos, pastorais e movimentos, participantes dos Conselhos Missionários e das Pontifícias Obras Missionárias (POM), seminaristas, consagrados, ministros ordenados, membros de Congregações religiosas, institutos, catequistas, líderes de comunidades e novas comunidades.

Ao iniciar o curso, o diretor do CCM, padre Djalma Antônio da Silva, desejou as boas-vindas a todos. E enfatizou a temática trabalhada no primeiro dia “A missão, paradigma de toda obra da Igreja. O porquê do Programa Missionário Nacional (2019-2021)”.
Na ocasião dom Odelir José Magri, presidente da Comissão para a Ação Missionária da CNBB, saudou a todos e enfatizou que o curso se realiza dentro do âmbito de datas celebrativas, como o Ano Jubilar Missionário, por exemplo. O bispo relembrou que se celebra a criação dos 50 anos do Conselho

Missionário Nacional, o Comina; os 50 anos das Campanhas Missionárias e também os 50 anos do projeto Igrejas-irmãs, entre outras iniciativas.
“Queria desejar que esse momento seja muito bonito, forte de informação no sentido de capacitação, de preparação também para a relação missionária, onde atuamos, mas também no enriquecimento pessoal e formação espiritual e missão e isso nos coloca na dinâmica de que toda experiência formativa na dinâmica missionária possa aquecer o coração e se o coração aquece, os pés se movem”, disse.
Com o propósito de oferecer aos participantes um bom conhecimento do Programa Missionário Nacional 2019-2023, além de uma reflexão aprofundada sobre seus conteúdos, o curso busca favorecer o crescimento da consciência missionária e motivá-los a serem agentes ativos no processo de conversão pastoral e na concretização desse Programa nos ambientes de sua atuação.
Ademais, busca contribuir para que a missão seja, de fato, parte integrante da vida do cristão católico e dos organismos eclesiais.
O curso conta com a assessoria de dom Esmeraldo Barreto, bispo de Araçuaí (MG); Aparecida Alves – Pedagoga, neuropsicopedagoga ; missionária leiga e membro do GT Formação; padre Édipo Campos – Vigário paroquial da Paróquia São Benedito em Itajubá (MG); padre Jadson Barbosa e Silva – Pároco da Paroquia Nossa Senhora da Penha em São Luís do Maranhão e padre Mauricio da Silva Jardim – Diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM).
Confira a programação completa (AQUI).
Fonte: Formação Missionária: Centro Cultural Missionário dá início ao primeiro curso do ano de 2022 - CNBB
Assembleia do clero elege Conselho de Presbíteros para o biênio 2022-2023
“Ninguém trabalha sozinho!”, observa Dom Luiz Antonio Cipolini durante reunião que ocorreu na Casa Pastoral Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina, e que compôs o grupo que tem o papel de auxiliá-lo na condução dos trabalhos da Diocese de Marília.
O balancete financeiro da Cúria Diocesana, alguns encaminhamentos do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), como o Sínodo 2021-2023, convocado pelo Papa Francisco, figuraram entre os assuntos do encontro que teve como ponto alto a eleição do Conselho de Presbíteros para o biênio 2022-2023.
O grupo de padres, composto por membros indicados pelo bispo e eleitos pelos próprios sacerdotes, tem a missão de auxiliar Dom Luiz na condução da Diocese a fim de promover o bem pastoral do povo de Deus.
Antes das escolhas, o bispo diocesano dirigiu-se aos integrantes do último Conselho que tem vigência até o próximo dia 31 de dezembro. “Diante da pandemia, os senhores me ajudaram nas decisões tomadas, agradeço-os pelo empenho em sempre fazer o melhor!”, disse.
Os novos vigários episcopais, que coordenam os trabalhos nas três regiões pastorais, foram apresentados por Dom Luiz após consultar o clero: para a Região Pastoral I, que compreende as paróquias entre Garça e Quintana, Pe. Anderson Messina Perini, na Região Pastoral II, que engloba as comunidades paroquiais entre Herculândia e Adamantina, o missionário passionista, Pe. Rogério de Lima Mendes, CP, e para a Região Pastoral III, o Pe. Rui Rodrigues da Silva auxiliará nas atividades pastorais entre as cidades de Flórida Paulista e Panorama.
Os padres Marcelo Feltri Ribeiro, Willians Roque de Brito, José Afonso Maniscalco, Wagner Antonio Montoz e André Luiz Martins dos Santos foram, respectivamente, eleitos pelo presbitério mariliense.
Em seguida, os padres José Ribeiro da Silva e José Orandi da Silva aceitaram compor o grupo como designados do bispo. O vigário geral, Pe. Maurício Pereira Sevilha, o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, e o Pe. Luiz Henrique de Araújo, representante dos presbíteros, também integram o Conselho.
“Ninguém trabalha sozinho! O Conselho de Presbíteros exerce um grande bem na vida da Diocese”, finalizou Dom Luiz Antonio ao agradecer os padres conselheiros eleitos e, retomando as palavras de São Paulo Apóstolo, afirmou “que a escolha concorre para o bem daqueles que amam a Deus (cf. Rm 8, 28)”.