Diocese de Marília

A missa, acompanhada por mais de sete mil internautas, celebra a Festa da Divina Misericórdia, como foi instituída pelo Papa São João Paulo II sempre no domingo após a Páscoa.

Em sua reflexão, o bispo diocesano explicou que Cristo ressuscitado “quer alcançar as feridas de toda a humanidade para medicá-las”. Disse também que a maldade humana pode abrir no mundo o vazio do amor e da bondade, e diante dos acontecimentos trágicos da história, como a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), as pessoas muitas vezes recorrem ao pecado como maneira de suprir tal vazio, e completou: “a nós é impossível; só Deus pode preencher com misericórdia a falta que o mal abre em nossos corações”.

Após lembrar o testemunho anônimo dos profissionais da saúde e destacar que enquanto inúmeros pacientes estão sendo curados por meio do silencioso esforço de médicos, enfermeiros e voluntários que estão ao lados dos infectados pelo vírus e sofrem pelas mazelas da doença, Dom Luiz recordou que muitos políticos que deveriam cuidar do bem comum estão brigando entre si.

“Existem interesses de esquerda, de direita, de partidos, empresários, banqueiros e religiões. São pessoas e grupos imediatistas que querem o poder para si, mas poucos querem o bem comum”, disse antes de concluir com a motivação de que “é preciso pensar no Brasil, alargar os horizontes e fazer renúncias para o bem de toda a população”.

De portas fechadas, a celebração contou com a participação de poucos colaboradores, entre leitores e músicos, e com a presença do administrador paroquial da Igreja Catedral, Pe. José Orandi da Silva, e do Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, coordenador diocesano de Pastoral.

O bispo diocesano apresentou a vida de Santa Dulce dos Pobres e pediu aos católicos que, motivados pelo exemplo do Anjo Bom da Bahia, como é conhecida, “a fortalecer a revolução do cuidado, do zelo, da preocupação mútua pela vida. Não nos acomodemos, pois Jesus venceu a morte e derrotou o pecado. Nele, com Ele e por Ele, também nós o faremos, reconstruindo os laços, unindo os corações, as mentes e a sociedade”.

Nesta noite, para impedir a aglomeração de pessoas nas Igrejas, milhares de fiéis acompanharam de suas casas o rito em toda a Diocese por meio das redes sociais e de emissoras de rádio e televisão.

As paróquias, cada qual segundo sua realidade, fizeram transmissões desta celebração que é considerada a Mãe de todas as Vigílias, pois congrega os fiéis na alegre esperança da ressurreição de Cristo, como idicou o Dom Luiz, “com gratidão e alegria, neste ano em nossas casas, junto de nossos familiares, nossa ‘Igreja Doméstica’”.

No domingo pela manhã, dia 12, também na Catedral, o bispo diocesano acolheu Dom Osvaldo Giuntini, bispo emérito de Marília, para a Missa da Páscoa do Senhor. Na oportunidade, após a celebração, ambos emitiram as felicitações pascais aos fiéis por meio de um vídeo disponível nas redes sociais da Diocese.

O momento celebrativo contou com a Litirgia da Palavra, adoração da Santa Cruz e a distribuição da Sagrada Comunhão aos poucos colaboradores que, presencialmente, auxiliaram os padres no decorrer do rito. O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu a ação litúrgica na Catedral São Bento.

Em sua reflexão, o bispo diocesano falou aos fiéis por meio da transmissão nas plataformas Facebook e YouTube que a Sexta-feira Santa é um dia de jejum, abstinência e também de silêncio que, “nestes tempos de distanciamento social parece ser ainda mais sentido por todos”, ressaltou.

Dom Luiz Antonio explicou a ligação bíblica entre o pecado e a morte evidenciando que “o pecado é contrário à natureza humana e à vontade divina, mas além disso ele é, para nós, o caminho da morte”, e disse que Jesus embora inocente, assumiu até o fim a condição dos pecadores, provando a morte com todos eles, pois “o castigo merecido pelo pecado humano recaiu sobre Cristo”.

Diante da pandemia, o bispo ainda lembrou dos médicos, enfermeiros e profissionais da saúde que correm o risco de contaminação para salvar os infectados. Disse que o testemunho deles “indicam o sentido do mistério da Cruz de Cristo: doação e serviço”, finalizou.

No período da noite, Dom Luiz Antonio e alguns agentes de pastoral da Igreja Catedral meditaram a oração da Via Sacra, que narra os últimos passos Jesus até sua morte por amor ao mundo.

Logo mais, no período da noite, toda a Igreja celebra a Vigília Pascal. Procure o horário de transmissão de sua Paróquia e celebre com seus familiares a alegre espera da Ressurreição de Cristo.

Sem a presença do povo e com a Catedral de São Bento com as portas fechadas, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu a missa que pode ser acompanhada pela página do Facebook e canal do YouTube da Diocese.

“Somos chamados a redescobrir o valor da Eucaristia, que une todos os membros da Igreja. Unidos a Cristo, não estamos sozinhos, mas formamos um único corpo, do qual Ele é a cabeça”, disse o bispo diocesano ao ressaltar a importância da comunhão espiritual vivida pelos fiéis nos últimos dias.

Desde o início da proliferação do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil, a Diocese de Marília busca unir esforços à sociedade civil para que a pandemia não seja disseminada. Por isso, desde então, as celebrações com a presença do povo foram suspensas e os padres celebram frente às câmeras para que os fiéis acompanhem os momentos de fé de suas casas.

Dom Luiz Antonio fez um alerta para as falsas notícias que, em meio à pandemia, confundem a população. “Devemos estar atentos ao uso das informações que recebemos. Existe um uso instrumental e doentio das notícias, chegando ao ponto de criar uma falsa narração”.

O bispo conclui com um pedido de oração e agradecimento: “rezemos especialmente pelos padres para que neste momento tenham a força de acompanhar, confortar e estar perto daqueles que sofrem. Agradeço a todos que rezam conosco e espero que esta pandemia não nos faça esquecer os doentes e os pobres, que mais sofrem neste momento”.

Logo mais, às 15h, haverá a Celebração da Paixão do Senhor, momento litúrgico que lembra a morte de Cristo pela humanidade. Às 19h, Dom Luiz rezará a oração da Via Sacra. Acesse as redes sociais de sua paróquia e una-se a toda Igreja que contempla hoje os últimos passos de Jesus para a redenção de todos.

O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu a celebração do Domingo de Ramos na Catedral Basílica de São Bento no início da manhã. Com transmissão ao vivo pela Página do Facebook e canal do Youtube da Diocese, a missa da Catedral somou mais de 23 mil acessos e contou com o serviço de interprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A celebração que dá início a Semana Santa recorda a entrada de Jesus em Jerusalém e também lembra Sua entrega redentora em favor da humanidade. Por isso, na homilia, o bispo diocesano afirmou que, em vida, “Jesus foi até o fim das exigências do amor que inspira serviço, dando sua vida pela redenção da multidão de pecadores”.

Após, Dom Luiz evidenciou que todos os fiéis são chamados a praticar a gratuidade ensinada por Cristo, e indagou: como viver a nossa vocação de serviço neste tempo de pandemia? Como servir a Deus com fidelidade e generosidade? Para responder e motivar os fiéis que acompanharam a celebração de suas casas, o bispo diocesano falou do exemplo das costureiras de Marília que, pelas redes sociais, se uniram na confecção de aventais para os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à epidemia.

Os padres das demais 64 paróquias da Diocese também rezaram missas. Com a maioria das celebrações transmitidas de algum modo, a estimativa é que mesmo sem a presença física nas Igrejas, milhares de fiéis viveram o Domingo de Ramos em seus lares.